Finney sabia que ambos se gostavam, mas não queriam admitir um para o outro. Então, o loiro resolveu juntar os dois.
━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━
FINNEY OBSERVAVA entediado seus amigos secretamente apaixonados. Os sorrisos tímidos, os elogios hesitantes, os flertes disfarçados de brincadeira, os olhares frequentes e etc. Tudo era um claro sinal que se gostavam, mas nenhum deles tinha a coragem necessária para declarar-se um para o outro, e isso já estava cansando o amigo.
Robin falava da menina todos os dias para o loiro, que muitas das vezes gostava de aconselhar o mesmo e rir das metáforas de filmes que o mexicano assistia, mas sempre voltava para o mesmo ponto: "Eu não gosto dela, somente acho ela bonita."
Essa frase fazia o menino revirar os olhos e querer desaparecer no mesmo segundo que escutava, mas ele não poderia fazer muita coisa além de respeitar a vontade do amigo.
— Ahhhh, essa aula não acaba nunca! — reclama a garota ao lado de Robin que rir — Matemática é a pior matéria do mundo! — diz exagerada.
— Quando você não sabe, é mesmo — fala o mexicano confiante recebendo um olhar debochado da garota.
— E por acaso, você sabe? — pergunta ao moreno e seu sorriso se desmancha aos poucos, o que tira risadas da garota.
Todas as brincadeiras ou provocações do garoto eram correspondidas pela mesma e sempre acabava do mesmo jeito, risos bobos de ambos jovens junto com olhares tímidos e apaixonados, mas eles nunca perceberam isso — ou fingem muito bem. Todos os horários das aulas acabam e agora o trio de amigos vão em direção a suas casas conversando.
Como sempre, Robin discutia sobre seu segundo filme favorito com a menina, que gostava mais de outro famoso na época, enquanto o loiro apenas observava rindo. S/n não curtia tanto filmes de terror violento, a mesma gostava de filmes de suspense ou terror psicológico, aprendia muitas técnicas com ele e quase sempre testava no Arellano.
— Ok, mas vocês sabiam que se perguntarmos coisas aleatórias para as pessoas, e fazermos a pergunta real depois, ela provavelmente vai dizer a verdade? — fala a garota animada para seus dois amigos.
Ao ouvir a nova descoberta da amiga, Finney sorrir pois graças a essa informação ele poderia juntar o casal sem o menor problema. O garoto sugere que eles testem no de bandana que o olha desconfiado, mas logo aceita.
— Quantos anos você tem? — pergunta a menina e o garoto responde.
— Qual a sua data de aniversário? — pergunta Finney e o mexicano o olha.
— 2 de Fevereiro; você não sabe a minha data de aniversário? — supõe surpreso e o amigo sorri — Maninho... Eu sei a sua!
— Desculpas! Não é a minha culpa! — defende-se e S/n apenas rir de ambos garotos.
A garota e o amigo continuaram a interrogar o Arellano, perguntas como "Seu sorvete favorito" ou "Quem da escola você odeia?" Foram feitas para o moreno e que respondeu todas com uma sinceridade de dar inveja a qualquer um.
A menina disse que poderiam parar com as perguntas por ali, já que não tinha nada que queria saber para o mexicano ou apenas tinha vergonha de perguntar explicitamente ao mexicano de quem ele gostava, porém o loiro queria ir até o fim, então fez a tão esperada pergunta.
— Quem você gosta? — perguntou o loiro rápido e recebe um olhar mortal da menina.
— S/n — responde de forma automática o amigo e logo percebe o que falou, assim parando de andar.
A menina estava totalmente paralisada pela revelação involuntária, ela não esperava por isso. O loiro comemorava secretamente que tinha conseguido fazer seu amigo declarar-se para a menina, e apenas faltava a confissão da mesma em relação aos seus sentimentos pelo moreno.
O mexicano xinga a si mesmo e mentalmente xinga Finney, todos os psicólogos e filmes de mistérios criados por toda a história, mas nunca xingaria a sua amada, isso jamais.
— Droga... — o moreno fala e olha para a menina desesperado — Olha, não! Eu não gosto de você; q-quer dizer, eu gosto de você, mas não desse jeito, não... sim! Eu gosto desse jeito, mas... Tipo, sabe... — o moreno gagueja e isso tira risadas de Finney.
A menina não sabia o que dizer, o que falar. Ela não tinha a menor ideia de como dizer ao mexicano que também gostava dele, mesmo depois de saber os sentimentos dele. A garota dar uma desculpa qualquer e corre o mais rápido possível em direção a sua casa que não era tão longe dali, deixando ambos os garotos confusos.
Robin suspirou e encarou Finney bravo, muito bravo, o moreno nunca havia olhado o mesmo daquela forma e ele sabia que tinha feito besteira, não foi intencional, ele queria apenas ajudar o seu melhor amigo.
— Obrigado, Finney! — diz Robin e começa a andar rápido.
— Ei! Desculpas! Não foi a minha intenção, eu juro! — fala Finn correndo atrás do mexicano que revira os olhos.
— Ah, claro! Nunca é a sua intenção Finney Blake, nunca é! Esse é o seu problema! Eu nunca! Nunca mesmo! Disse para a Donna que você gostava dela, nunca me meti em seus interesses românticos e nunca tentei te expor ou algo assim para ela... Porque você não ficou longe disso, ein? Agora... Você estragou minha amizade com ela, ela nunca mais vai olhar para minha cara...
- Ei... Maninho, des... - o loiro é interrompido pelo olhar marejado do mexicano. Uma parte pelas ideias que passava sobre a menina nunca mais falar com ele e outra por estar brigando com seu melhor amigo.
— Nunca mais... Me chame de maninho... Finney Blake — diz ríspido e volta a andar para sua casa sozinho.
Os olhos de Finney começaram a lacrimejar assim que ouviu a frase dita pelo mexicano. Eles sempre foram amigos, desde que o moreno mudou-se para Denver e falou com ele na escola pela primeira vez.
Agora tudo havia acabado e ele era o culpado disso.
•━━━━━━ END ━━━━━━•
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𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒ
FanfictionUm pouquinho de ilusão para vocês que precisam disso, eu sei que vocês precisam disso. Eu nem sei pq tô fazendo isso. ʚ Nada de hot, sério, se você ler isso com pessoas de menor ou que explicitamente pediram para não serem sexualizadas, deveria proc...