𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Você era a irmã mais nova mimada de Vance Hopper e isso faz você ser a popular da sua escola - 3

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

TODOS OS DIAS os irmãos brigavam pelo banheiro, já que sempre um acabava atrasando o outro e nenhum dos dois gostava disso, mas dessa vez foi diferente e sua mãe sabia o motivo. A mais nova ainda estava sonolenta por causa dos remédios, mas conseguiu fazer sua rotina matinal antes de ir para a escola.

Vance saí do carro com a irmã em seus braços. Ninguém ousaria perguntar ao loiro o porquê da garota está naquele estado de sono profundo, já que ninguém tinha coragem de encarar o mesmo — a maioria das pessoas, ao menos.

— O que aconteceu? — perguntou o mexicano e isso chamou a atenção de Vance, pois o mexicano nunca preocupou-se com nada que acontecia ao seu redor. Ele sabia disso, pois sua irmã vivia reclamando da sua dupla de matemática.

— Cuida da sua vida, imbecil! — respondeu educadamente o mexicano e foi andando em direção ao portão da escola.

— Não acha que trazer sua irmã para esse inferno e ainda mais desacordada seja um pouco perigoso? — provocou o loiro a sua frente.

O garoto tinha certeza que ninguém mexeria com sua irmã. Ele sabe que a garota é famosa e adorada na escola, mas sabe que todos tem seus inimigos e a lista da mesma é longa demais para somente um sobrenome a proteger, ainda mais no estado em que se encontra.

Vance instruí Robin a acompanhar ele até a enfermaria, aonde deixaria a garota dormindo e ele ficaria cuidando da mesma. O mexicano não teve a opção de escolher se iria ou não aceitar, já que o loiro ameaçou violentamente o mesmo.

[...]

— Essa maca é muito dura! — reclama a garota minutos depois de ter acordado. Robin continuava com sua expressão séria e tediosa, apenas observando os ataques de raiva da menina.

Que niña insoportable — fala em espanhol chamando a atenção da garota.

A menina fez alguns comentários irônicos e um tanto ofensivos sobre o menino, como achar que ele era mudo, pois nunca ouviu sua voz se não fosse próximo ao seu único e melhor amigo da escola.

— Vamos! — diz a menina puxando o garoto bruscamente, mas ela não foi para a sua sala como o esperado.

A garota andou tranquilamente até a saída da escola, sentindo uma sensação de liberdade e por causa disso dando um riso leve.

— Eu não posso matar aula! — fala firme o Arellano caminhando em direção ao portão, mas a menina o impede — O que é? — pergunta entediado.

— Vamos! Eu prometo que voltamos antes do 4° horário — implora a garota ao mexicano.

Ele também não gosta da ideia de passar a manhã inteira em uma escola, mas ele também não era fã de matar aula por puro prazer, isso acaba confundindo os pensamentos do garoto que aceita por causa da insistência da sua acompanhante.

A dupla caminhava tranquilamente pelo bairro rindo e tomando seus sorvetes. O mexicano acabou descobrindo um lado que era desconhecido da garota, um lado que a tornava um pouco mais suportável para conviver — palavras dele.

A menina nunca sentiu-se tão bem conversando com alguém, o mexicano era um bom ouvinte e estranhamente tem conselhos que fogem da sua personalidade, o que poderia ser assustador se ela não estivesse tão concentrada em falar.

— Não acredito que você toma sorvete de graça — diz surpreso — Eu vou expulsar todos os ladrões de lojas agora — brinca o seu mais novo amigo.

— É... Ficaria surpreso o que umas roupas assustadoras e má iluminação conseguem fazer.

— Imagino — fala rindo e dando mais uma colherada em seu sorvete — Sabe, você deveria ser assim na escola — sugere o mexicano recebendo um olhar confuso da mesma.

— Assim... Assim como? — pergunta ao garoto.

Pela primeira vez, Robin sentiu medo de falar algo que pensava, ele não queria magoar a garota ou fazer ela parar de falar com o mesmo.

— Na escola, você parece ser... Aquelas meninas forçadas de filmes clichês, sabe? Porém aqui, você é apenas uma garota normal.

A menina sabia que deveria sentir-se ofendida com isso, mas não se sentiu assim, na verdade, agradeceu ao mexicano pelo comentário e também elogiou sua personalidade fora do ambiente escolar.

A pulseira da menina acaba caindo no chão e a mesma tenta pegar o objeto, já que havia um valor emocional ali, portanto seu sorvete acaba caindo quando agacha-se, fazendo a mesma mudar de humor repentinamente. Isso poderia ser engraçado para Robin, mas não era nada para a menina, pois podia apenas pedir um sorvete por dia, hoje foi apenas uma excessão por causa do mexicano.

— Ei! Não precisa ficar assim. Toma hermosa — fala entregando o sorvete que tomava — Agora fica calada e vamos voltar para a escola.

— Você acha mesmo que eu vou tomar seu sorvete? Isso é nojento! —  reclama e o de bandana revira seus olhos, seguindo seu caminho.

Enquanto S/n reclama incansavelmente sobre seu sorvete e como tomar o sorvete do mexicano seria nojento, o garoto impaciente pegou a colher e colocou na boca da mesma, e falou grosseiramente para ela ficar calada até chegarem na escola.

[...]

— Amiga, você sabe que isso foi indiretamente um beijo, não é? - perguntou Jasmin a garota ao seu lado.

— Você tá maluca? Óbvio que não! — retrucou.

— Gata, beijar é meio que só trocar saliva... E ele antes 'tava tomando o sorvete, não é? — insinuou a cacheada.

A garota de pele negra está certa, para S/n, beijar era algo que pessoas apaixonadas faziam quando não conseguiam apenas abraçar uma a outra, porém isso funcionava somente na teoria, pois na prática não funcionava assim.

Vance escutou a conversa das meninas e por algum motivo, não sentiu raiva em saber que a menina teve — indiretamente, seu primeiro beijo, na verdade, ele gostou de saber que foi com o mexicano, já que o de bandana havia surpreendido o loiro com sua atitude naquela manhã.

Hopper sabia que o Arellano não iria fazer mal a sua irmã, e que iria tirá-la daquele inferno de casa e proteger a mesma das maldades do mundo a fora. Como sabemos, ele quer apenas o melhor para sua irmã.

•━━━━━━ END ━━━━━━•

𝗔𝗱𝗺𝗶𝘁𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗵𝗮́ 𝘂𝗺𝗮 𝗼𝗽𝗶𝗻𝗶𝗮𝗹 𝗽𝗲𝘀𝘀𝗼𝗮𝗹 𝗻𝗲𝘀𝘀𝗲 𝗰𝗮𝗽.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora