𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Você acaba viajando para 1978 e agora tem que aprender a conviver naquele tempo - 3

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

O LOIRO ENSINAVA técnicas para a menina que utilizava para ganhar no jogo. O mesmo convidou a garota para ir jogar com ele, pois soube que na cidade que a garota vivia, as máquinas eram um tanto que diferentes e ninguém nunca ouviu falar sobre Pinball. Claro, isso foi uma história inventada com uma meia verdade pela menina, e a mesma também sentia-se ansiosa para descobrir mais sobre o jogo que o loiro é tão viciado.

Chegando no local, os meninos que estavam jogando logo retiraram-se, dando todo o espaço que o loiro precisava. Ele estava com suas fichas na mão e colocou uma na máquina começando a jogar incansavelmente.

Aquilo não era tão divertido, não mais, já que a garota tinha descoberto que seu celular funcionava e que estava com a bateria totalmente carregada, e seu celular demorava de descarregar. Então, em teoria, a mesma tinha acesso a internet e ainda uma bateria "infinita" pelo tempo que ela estivesse nos anos 70. 

Acho que nunca mencionei isso para vocês antes, mas a garota tinha uma certa dependência pelo seu celular e tudo que continha nele. Isso aborrecia os seus pais que viviam dizendo que a mesma não aproveitava a sua vida como é o esperado por eles. A mesma nunca deu ouvidos ao mais velhos e não orgulha-se disso em algumas situações vividas por ela, mas em outras... Ela apenas não se importa.

— É! Isso! — o garoto observa a máquina e sorri. Seus colegas que acompanharam todo o processo sentiam-se orgulhosos pelo loiro e sorriam com o seu mais novo recorde.

Enquanto o menino comemorava, S/n conversava trancada no banheiro com as meninas. Elas sabiam de tudo o que estava ocorrendo na vida da garota e faziam questão de manter a amiga atualizada sobre os mais recentes acontecimentos no seu tempo.

— Nossa! Que nojo, Maddy! — reclama rindo para a menina em chamada de vídeo.

— Acha isso ruim? Espera até ver o que o Mason disse sobre essa situação — a menina instiga a curiosidade da amiga que rapidamente pergunta — Ele disse que se você beijar alguém aí, você vai beijar um monte de velhos!

A garota solta um pequeno gritinho por imaginar a cena, mas o seu protetor que estava ali, não pensou nisso e achou que a mesma corria algum perigo. O loiro bateu na porta e a menina despede-se das amigas, cortando Becca que tinha uma coisa importante para falar. Vance abre a porta a força e a menina o tranquiliza, até ri do garoto por achar que alguém focaria nela e não na partida épica de Pinball que acontecia. Havia um pouco de sarcasmo em sua atitude, mas não era perceptível.

Ambos saem do local em direção a casa dos Hoppers. O loiro fala animadamente sobre sua partida com a garota, já que a mesma teve que retocar a sua maquiagem no banheiro e acabou perdendo todo o jogo — isso é o que ele acha. Os jovens riam e a garota começou a interagir mais na conversa, desfocando sua mente do aparelho em seu bolso.

— É... De fato, muito incrível — o homem vira-se em direção aos mais novos que passavam ali. Eles já haviam visto a van preta quando estavam indo ao mercado e perceberam o olhar do homem neles, mas somente na volta que o mais velho resolveu falar com eles. Isso com toda a certeza é estranho.

Uma das coisas boas de vir do futuro, é que você tem informações privilegiadas sobre o que aconteceu, como aconteceu e que horas aconteceu. Isso é o suficiente para evitar desastres. A garota sussurra para Vance que não tem uma boa sensação sobre o homem e suas desculpas foram as piores possíveis, mas do mesmo jeito, o loiro acatou o que a mesma disse.

— Querem ver um truque de mágica? — pergunta sorridente. O loiro sussurra para a menina que quando ele tocasse levemente em seu braço era para ambos correrem o mais rápido o possível em direção oposta do sequestrador.

O menino respondeu o homem e tocou no braço da garota. A menina vira-se e corre rapidamente, mas percebe que o loiro não está atrás da mesma e sim, parado insultando o mágico, fazendo perguntas e até, supondo que o mesmo era o sequestrador, isso foi o suficiente para o mais velho perder a paciência e ir buscar o garoto a força, para fazer ele entrar em sua van.

— Merda! — a mesma fala correndo em direção ao menino, mas para aí lembrar-se do que o seu pai disse. Ela não poderia causar pequenas mudanças no espaço tempo, pois isso poderia mudar tudo que ela conhece naquele mundo e poderia até fazer a garota nem ter existido.

Agora, a mesma encontrava-se em um terrível dilema brutal. Ajudar o seu parente próximo e mudar o futuro de todos, isso inclui, o seu próprio. Ou deixar o mesmo ser sequestrado e viver com a culpa cruel de ter, indiretamente, matado alguém. Ela não tinha tempo para pensar qual seria a sua melhor escolha, a garota sabia que teria que se arriscar.

•━━━━━━━ END ━━━━━━━━•

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora