𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Você acaba viajando para 1978 e agora tem que aprender a conviver naquele tempo - 2

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

O MEXICANO ENCARA aborrecido a sua mão reclamando do ardor que sentia, mesmo após ter feito o seu curativo rotineiro. Finney estava junto ao moreno, mas o seu foco não estava no amigo ou em sua mão ferida, mas sim, na menina do outro lado da arquibancada, a novata que ninguém sabia da onde era e o porquê da mesma chamar tanta a atenção simplesmente por ser ela.

— Cara... Ela é... Linda — fala Finney mordendo o seu sanduíche encarando a menina. Robin olha para a menina que já ficou popular entre o grupinho de garotas que existiam na escola. O moreno revirou os seus olhos e encara confuso o amigo.

— Pensei que gostasse da Donna — insinua e o loiro o encara indignado.

— Eu amo a Donna! — responde ao seu amigo que rir do menino — Mas essa menina ela... Não sei te dizer, mas ela é perfeita — diz e encara o garoto desinteressado — Não sente-se nenhum pouco atraído, mexicano? — pergunta rindo debochado para o amigo.

Robin encarou o chão pensativo. Ele não a conhecia e nem fazia questão de saber quem era a mesma, a única coisa que intrigava-lhe era a estranha sensação que teve ao ver a menina pela primeira vez.

A sensação era esquisita; estranha; bizarra e sem sentido algum, mas era boa... Não! Essa palavra é muito pequena e superficial para descrever o que ele sentiu naquele momento, contudo, o menino ainda não achou a palavra certa, quando achar, saberá como falar.

Às vezes, a garota olhava rapidamente o mexicano, ela sentia uma enorme vontade de ir lá e conversar com o moreno briguento. O interesse que também rodeava a sua cabeça, era saber quem ele era ou a quem o mesmo lembrava. Isso havia tornado-se importante para a menina, abaixo somente do seu desespero em achar uma solução para voltar ao seu tempo.

O moreno levanta decidido e caminha em direção ao grupinho de meninas aonde a viajante conversa alegremente. Todas as meninas ali tinham uma opinião sobre o menino, algumas apenas falavam da sua beleza e outras comentavam da sua personalidade. A mais nova amiga apenas observava calada, pois a única curiosidade que tinha sobre ele, nenhuma delas entenderiam.

— Olá, será que posso falar com você? — pergunta o menino acompanhado do loiro.

— Claro... — concorda desconfiada e caminha em direção a um canto mais afastado aonde os meninos estavam.

O garoto encara a menina encostado na parede que havia ali. Fazia minutos que eles estavam parados apenas se observando. O mesmo queria interrogar a garota, mas sabia que o loiro não permitiria, além que, ele poderia passar uma impressão errada para a menina. A mesma ajeita a sua bolsa e encara ambos meninos confusa, pois nenhum deles falava nada.

— Então...? — pergunta S/n direcionando seu olhar aos amigos.

— Você... É irmã do Vance Hopper? — pergunta o mexicano encurtando a distância entre os dois.

— Não, eu sou uma... Intercambista; que mora com a família dele — mente e fixa seu olhar aos do moreno.

O loiro estava sendo involuntariamente ignorado pelos jovens ali, nenhum importava-se com a presença obrigatória do menino no lugar, mas se ele saísse, o mexicano iria atrás, por isso que o mesmo fica e observa a tensão que havia tedioso.

A garota que antes analisava cuidadosamente cada parte do rosto do mexicano desiste, pois sabe que nunca se lembrará de quem está a atormentar a sua mente. O mesmo aconteceu ao mexicano, que revirou os seus olhos e desistiu.

— Eu sou Robin Arellano... — apresenta-se o menino quando a mesma pergunta o seu nome e estende sua mão em direção a menina.

— S/n Hop... S/s — corrige-se e o mesmo encara a menina desconfiado.

Antes de Robin poder falar alguma coisa, a mesma escuta Vance lhe chamar para irem para casa. Isso surpreendeu até Finney, que nunca havia visto ele se preocupar com a própria irmã mais nova.

O cacheado estava ao lado da sua irmã mais nova, a mesma olhava a menina sugestiva e perguntando-se o que ela estava fazendo com o Arellano, até supôs que a garota já gostava do menino, mesmo sendo informada que acabaram de se conhecer. Vance revirou os olhos e mandou a irmã parar de perturbar a garota. Ele não queria ser grosso, mas é porquê não gostava de ouvir que a mesma pode gostar do Arellano.

— Está com ciúmes dela? — pergunta a irmã do menino enquanto a menina andava mais a frente dos irmãos.

— Não... É mais parecido como... Uma sensação de que tenho proteger ela. É como quando tenho que brigar com alguém para te tirar de uma burrada — explica o mesmo e a menina concorda.

— Tive essa mesma sensação, é tão esquisito — rir.

S/n observava as ruas e pensava como as coisas estavam mudadas no futuro, ela passou pela casa que sua melhor amiga morava e por muito pouco não gritou a garota. A mesma sente uma vibração no bolso da sua saia e desabotoa, encarando o celular que havia ali, fazendo a menina assustar-se.

— Vocês podem ir na frente? É que eu vi uma pessoa conhecida... Preciso ir! — fala apressada a garota acenando para os irmãos que deixa a mesma ir.

A garota chega em um beco e pega seu telefone, vendo que há várias mensagens do seus amigos preocupados e do seu pai que perguntava se ela por algum acaso havia mexido na máquina. S/n começa a chorar de alívio, pois isso significa que ela não estava totalmente presa naquele tempo.

Seu pai instruiu a mesma ficar nesse tempo sem levantar suspeitas ou modificar muito na vida das pessoas, enquanto ele resolvia o problema junto a mãe da menina, a mesma concorda e desliga o telefone.

Uma sensação de alívio percorre o corpo da mais nova que sentia uma enorme vontade de chorar, já que além de sair daquele tempo, a garota pôde ter uma breve conversa com os seus pais e ela sentia falta disso, muita falta disso. A menina enxuga as lágrimas em seu blazer e guarda o celular silenciando ele para que ninguém o escute, depois caminhando em direção aos irmãos... Mais sorridente do que nunca.

•━━━━━━ END ━━━━━━•

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora