𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Depois de 2 anos o Arellano volta e mata o sequestrador, mas ele não era mais o mesmo - Final.

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━

A MENINA SENTA-SE na arquibancada ao lado do garoto quieto. A diretora deixou os mais novos irem para casa, pois sabia que algo poderia estar se passando com o mexicano, por causa do histórico que carregava nesses últimos tempos. A mais velha não quis ouvir a história de como o garoto estava e não queria explicações do porquê ele estava naquele estado choroso, queria apenas que ele fosse para sua casa e repousasse tranquilo até que aquela dor passasse.

O alívio era o único sentimento que estava no corpo e ocupava grande parte da sua mente, ele não achava que poderia chorar tanto ao ponto da sensação de desidratação assumir o seu corpo, mas ele sabia que precisava daquilo; sabia que precisava chorar ao ponto que se sentisse desidratado.

A visão da quadra com a grama cortada, além da cor verde vivido que a mesma tinha, por causa da tonalidade natural do sol sob ela; transformava a paisagem em algo sereno, intocável e lindo. Ele sentia-se privilegiado em poder ver a paisagem ao lado da garota que mais ama em todo esse mundo, a garota que ele protegeria de absolutamente qualquer mal que poderia cair sob ela.

— Minha boca está seca... Muito seca — comenta o mesmo após minutos de silêncio constrangedor, ouvindo assim, uma risada da menina que fez sorrir também — O que foi? — pergunta.

— Esse silêncio não me incomoda Robin, sei que não lhe incomoda também — fala e encara os olhos profundos e avermelhados do moreno.

Ela tinha razão; ela sempre tem razão quando o assunto era o mexicano e como ele se sentia sobre suas preferências. Aquele silêncio era confortável e acolhedor, ele não era como os outros que ficava entre ele e a menina quando eram mais novos, ele era significativo, ele era barulhento de emoções.

— Sabe... Quando cheguei em Denver, achei que estaria diferente e pensei que vocês estariam tão felizes que não notariam a minha presença. Para ser sincero, uma parte de mim queria que fosse assim, por causa que seria mais fácil me mudar novamente... Contudo, vocês se importaram comigo, sentiram a minha falta... Desejaram que eu estivesse aqui novamente... Nossa, isso dificultou muita coisa, de verdade...

As palavras apenas saíram da boca do menino, ele sabia que ela não iria te julgar ou procurar soluções para seus problemas, ela iria apenas ouvir o que ele tinha para dizer calada, não iria esboçar nenhuma reação penosa ou de julgamento; isso tranquilizava o moreno.

— Eu... Eu passei por muita coisa e agora eu aceitei isso... Eu não queria ter visto vocês sofrerem, sabe? Vocês são meus amigos... Meus melhores amigos — diz o moreno e ambos se encaram — Não queria ter deixado o sequestrador vivo.

— Não queria que você vivesse tanto no passado — responde a garota direta fazendo um sorriso se formar nos lábios do menino — Robin, foi difícil, claro, sempre estará marcado em nós... Podemos viver no passado, ou podemos aproveitar o presente e planejar o futuro. Eu te amo muito para ver você sofrer.

A menina fala e recebe um olhar confuso do menino, depois a mesma percebe o que disse e tenta explicar-se. Eles sabiam, sabiam que se gostavam, apenas sentiam medo de admitir. O sorriso de canto característico do garoto aparece, a menina levanta-se ficando de frente para o garoto e continua a tentar explicar o porquê da sua frase ter saído um "Eu te amo."

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora