𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Você acaba descobrindo que seu pai é o sequestrador e acaba recebendo um último pedido de uma das vítimas - 6

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

O MAIS VELHO HAVIA SIDO PRESO, uma cena que foi acompanhada pela menina com um sorriso em seus lábios. Aquilo não era o que ela queria, mas era melhor do que ver seu pai a solta sequestrando outros garotos. Ele não entedia como a sua própria filha tinha tido a coragem de lhe trair; mesmo após tanto amor que ele tinha te dado, e dado todos os presentes que o mundo poderia proporcionar a mesma.

A garota estava com um cobertor ao lado dos seus amigos que também assistiam a cena, às vezes, o moreno provocava o mais velho, o que fazia ele perder a paciência e avançar para cima do mais novo, contudo, o tio do menino estava lá e encorajava as provocações do sobrinho que sorria feliz. Finney chegou no carro do seu pai, suspirando aliviado por ver o moreno e sua amiga bem, logo, abraçou ambos, mas soltou quando seu pai aproximou e fez um comentário sobre a proximidade dele com a menina.

— Eu acho que agora acabou — fala Robin encarando a garota e entrelaçando os dedos com os da menina — Pode respirar tranquila, hermosa — diz o menino sorrindo.

[...]

Todos assistiam o mexicano contar novamente a história de como eles escaparam, mas nunca era por vontade própria e sim, porquê seu amigo não cansava de ouvir o que ele dizia, e com os detalhes que ele contava. S/n apenas balançava a cabeça e concordava com o menino, muitas das vezes, Gwen, jogava um travesseiro para o garoto calar a boca e deixar a menina falar.

— ... DE NOVO! — pede o loiro e recebe um olhar de Donna, como se implorasse para o seu namorado calar a sua boca — O que foi? — pergunta para a menina que sorri e pede para contarem novamente a história.

— ... OK! — fala o moreno, levantando-se e ficando de pé no sofá, mas logo desce após receber uma advertência verbal do seu tio que passou de modo rápido pela sala.

O garoto começou a contar qual foi o grande plano que chegou em um momento repentino na cabeça da garota. Ele explica que nenhum dos dois tinham esperanças do moreno sair sem que o mais velho veja, contudo, a menina que observava calmamente os cantos do porão e admirava a janela, percebeu que havia uns fios escondidos na fresta aberta da parede ao lado da porta, chamando a atenção da mais nova e fazendo ela puxar os mesmos; na mesma hora, a menina pensou que poderiam criar uma ilusão que o mexicano teria conseguido escapar.

Robin teria que se esconder e criar uma pegada na parede para parecer ainda mais real a sua fuga. O menino tinha conseguido prender os fios na grade da janela e forçou a mesma a sair, depois fez uma pegada na parede para fingir que subiu e escapou. A garota pediu para ele se esconder no buraco que a vítima anterior havia cavado e ainda não estava tampado, o menino teve que ficar agachado enquanto a mesma fazia um teatro bem planejado para seu pai, mas aquilo não incomodou o menino.

O homem saiu para procurar o garoto que havia escapado, dando-lhe tempo para sair do porão e eles ligarem para os policiais. Robin, teve que se esconder novamente, mas no guarda-roupa da garota, pois o mais velho voltou para casa, contudo, minutos depois as autoridades bateram em sua porta e prenderam o homem.

O mais novo teve que dar o seu testemunho para os polícias sobre o que passou e como era a abordagem do mais velho, entre outras coisas. Dias depois, a irmã do seu melhor amigo; Gwen, havia sonhado com uma casa junto a uma das outras vítimas e falou saiu para procurar a mesma ao lado da sua amiga, então, acharam aonde o grisalho mantinha os corpos, já que ele não quis dizer a polícia aonde estava os cadáveres.

— O que está fazendo aqui sozinha? — pergunta o moreno após sair da casa do seu amigo e ver sua amada do lado de fora.

— Pensando... — responde distante a menina. O menino senta-se na calçada e a mesma apoia sua cabeça no ombro do garoto, fazendo um sorriso bobo sair dos seus lábios.

— No que está pensando? — pergunta hesitante; sabia que poderia estar relembrando os momentos que teve com o homem que antes considerava o seu pai, contudo, agora não passa de um assassino detido.

— ... Em minha mãe — responde sorrindo ao lembrar-se da última memória com a mais velha.

A mulher disse que teria que mudar-se para o Brasil, seus avós passavam por dificuldades e ela não poderia levar a menina por mais que desejasse do fundo do seu coração. A mesma sempre escreve cartas para a garota, enquanto esquece da existência do seu marido, ou melhor, ex-marido.

— Ela é a parente mais próxima que tenho... E que tem que me criar — complementa a menina e encara o garoto que parecia não entender de primeira o que significava, mas logo pareceu entender.

Aquilo significava que sua amada teria que se mudar para outro país distante, muito distante, e viver no Brasil até que sua mãe decida se irá ou não voltar para os Estados Unidos. Robin desmanchou o sorriso que tinha e encarou o chão, suspirando cansado e observando os olhos da menina que encarava o moreno.

Eles não queriam dizer nada, não era o momento de tentar dizer algo, já que caso dissessem, o mundo iria partir-se e toda a história desapareceria, sim, aquele era um momento frágil para o casal.

•━━━━━━ END ━━━━━━•


𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora