Depois de 2 anos o Arellano volta e mata o sequestrador, mas ele não era mais o mesmo - 3
━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━
O MORENO RESPIRA enquanto seus amigos encaram preocupados. A ideia de explicar tudo que havia passado para eles tinha criado uma sensação de euforia no menino, que pensou em todas as possibilidades desastrosas possíveis e isso acabou criando uma enorme sensação de ansiedade no mesmo. Ele aperta a mão da sua amada e tem sua cabeça apoiada no ombro da amiga, enquanto o loiro pega os remédios do menino dentro da sua mochila.
— ACHEI! — diz o garoto desesperado e leva o remédio para o menino, que toma rapidamente e bebe a água que já estava ali. Finney olha penoso para o mexicano cansado e senta perto do amigo novamente. Ambos olhavam o mesmo preocupado, mas tentavam o máximo respeitar o seu espaço.
— Olha... Não precisa contar se não quiser... — a garota é interrompida pelo menino que assenti em explicar toda a situação.
Não vamos mentir, ela ficou animada em saber o que havia acontecido com o mexicano durante o longo período que ele estava fora, mas também sentia-se incomodada por pensar que ele poderia está fazendo isso por estar sendo pressionado. O mesmo endireita a sua postura e começa a explicar tudo que tinha acontecido.
— Ele joga um jogo chamado... — diz e os amigos completam o nome que o moreno iria dizer — Isso... E-Eu passei por quatro das cinco fases... Quatro fases daquele jogo idiota!
— Como era... As fases? — o loiro pergunta por causa da curiosidade que sempre sentiu em saber e não recebe um olhar bom do mexicano.
O moreno explica que a primeira fase que era subir às escadas, assim o jogo começaria; a terceira fase era a da tortura, tanto física quanto mental; a quarta fase era quando ele deixava a vítima fraca, não dando mais comida para a mesma, e a última... A morte.
Os amigos escutaram calados o menino explicar como eram as fases do jogo e como ele passou por todas elas, contudo, sentiram uma enorme curiosidade ao perceberem que o moreno havia pulado a segunda fase do jogo, que ambos não sabiam qual era. Finney nem chegou a subir às escadas para se deparar com o homem e começar o jogo, e o mais velho não jogava esse jogo com a garota.
— Robin... Qual era a segunda fase? — Finney pergunta fazendo o mexicano gelar e engolir seco — Cara... Tá tudo bem? — pergunta.
— A-A segunda fase... E-Ela... A segunda fase é... — o menino não conseguia pronunciar as palavras, em sua mente passava tudo que havia acontecido naquele porão com detalhes horripilantes —... Finn, você conhece a história da Medusa? — pergunta ao menino, lembrando do modo que "seu" irmão mais velho havia explicado para ele.
— Medusa... Sei apenas que ela é uma deusa... Qual a história dela? — diz e a menina que parecia lembrar de algo finalmente percebe o que o amigo se referia.
A menina olha surpresa o mexicano que tinha lágrimas em seus olhos e o abraça rapidamente, apertando o menino para que ele se sentisse seguro no abraço, as mãos da mesma sobem para sua cabeça, acariciando seus fios soltos. Robin retribui o aperto da amiga e começa a chorar em seu ombro, fazendo Finney julgar-se mentalmente e aumentar ainda mais a preocupação que tinha.
— Robin... Desculpas por não estar lá... Mil desculpas... — a menina diz para o moreno que continua a chorar no ombro da menina. O loiro se aproxima e abraça o garoto, fazendo um abraço grupal se formar ali.
[...]
— Então... Se sente melhor — pergunta a menina e o garoto assenti — C-Como você escapou... Da última fase? — pergunta segurando forte a mão do mexicano que olhou nos olhos da menina. Por pequenos segundos eles ficaram encarando-se, mas logo voltaram a realidade.
— Eu fiquei lutando para sair de lá, então a única opção dele era me dopar para me matar. Eu fingi que tomei a água que ele tinha me dado no meio da manhã, então, ele me carregou e me levou para o lado de fora... Ele abriu a porta de uma outra casa e me levou até o porão, me jogando em uma cova que tinha cavado, quando ele ia me matar, por algum motivo, o cachorro dele começou a latir feito louco e quando ele saiu para ver, eu... Eu peguei o corpo do Bruce... E coloquei na minha cova, depois fiquei quieto. Ele não notou a diferença, já que era bastante escuto... Eu vi ele... Ele dar várias facadas no corpo do Bruce... É; ele deu facadas no corpo morto do Bruce...
O menino conta que esperou até o anoitecer para fugir daquele porão e começou a correr reto o mais rápido possível para sair daquela quadra aonde encontrava-se a casa do seu sequestrador. Ele acabou parando em um lugar muito longe e pegou carona com uma mulher que observou o estado que ele se encontrava, depois foi para um trailer aonde a mesma disse que ficaria apenas para visitar o seu pai.
Ele conheceu um garoto que tocava guitarra e acabou se interessando, assim o menino pediu para seu pai se o mexicano poderia ficar com eles, o pai aceitou a morada do mexicano, contanto que, ele contasse toda a história. Assim, ambos ficaram próximos e o acastanhado considerou o mexicano como o seu irmão mais novo, dando-lhe sua bandana favorita, junto com a sua paleta em formato de corrente, além de aconselhar sempre que surgia uma dúvida na cabeça do moreno.
— Eles parecem ser muito legais — a garota comenta e Robin assenti sorrindo lembrando dos momentos que passou com os homens da outra cidade.
— É... Eles eram sim — fala sorrindo — Eu voltei para cá, determinado para matar aquele filho da puta... Quando eu vi sua cara estampada no jornal, dada como desaparecida, eu... Bom, vocês sabem o que aconteceu.
O trio encontra-se em silêncio e pensativos. Tudo que ele havia dito era pesado demais, detalhado demais, acima de tudo, pessoal demais. Ao longo da conversa, eles se sentiram como se conversassem com o Robin que conheciam antes de toda a tragédia.
•━━━━━━ END ━━━━━━•
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𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒ
FanfictionUm pouquinho de ilusão para vocês que precisam disso, eu sei que vocês precisam disso. Eu nem sei pq tô fazendo isso. ʚ Nada de hot, sério, se você ler isso com pessoas de menor ou que explicitamente pediram para não serem sexualizadas, deveria proc...