Você acaba viajando para 1978 e agora tem que aprender a conviver naquele tempo - 4
━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━
A GAROTA DEITA-SE cansada em sua cama, suspirando profundamente cada segundo, aproveitando a breve sensação da passagem do oxigênio em seus pulmões. Os olhos da menina passeavam pelo teto do quarto da sua avó e os pensamentos mais sombrios rodeavam a sua cabeça. Pensamentos julgadores; pensamentos ruins; pensamentos que fazem a menina repensar tudo que havia feito em sua vida.
A garota levanta-se e tenta pegar o seu celular, que não parava de vibrar silenciosamente em seu bolso por causa das notificações. Antes da mesma conseguir pegar o aparelho, uma batida leve e gentil foi dada em sua porta, atraindo o seu olhar para a mesma e concedendo a permissão da pessoa de adentrar no cômodo.
Vance aparece sorrindo meigo para a garota. Havia curativos em seus braços, por causa dos arranhões que sofreu enquanto escapava do sequestrador, agora preso. O menino segurava um saco de ervilha congelada e entregou a garota para ela colocar em sua cabeça, pois o homem havia dado uma pancada forte no local dolorido.
— Obrigado — diz o loiro e a mesma sorri forçado — Eu fui um belo de um imbecil ficando lá. Aquilo não foi coragem, foi burrice! — a menina rir por causa do comentário do cacheado.
— Essas palavras não são do Vance Hopper, são da Margaret Hopper — analisa a menina e o garoto levanta seus braços em sinal de redenção, e concorda com a garota.
Ela havia escolhido salvar Vance, mas ainda sente-se em dúvida se fez a escolha certa e se isso havia modificado alguma coisa no futuro — o que certamente aconteceu. A garota estava com um semblante desanimado e isso era nítido, mas todos acham que por causa do que acabou de viver voltando para a casa.
Outra batida na porta foi escutada por ambos e o loiro disse para a pessoa entrar — mesmo sem ter a mínima ideia de quem era. O mexicano aparece em frente a porta sorrindo levemente sem mostrar os dentes e em sua mão segurava um filme, ao seu lado, estava o resto dos seus amigos; que não tiveram a coragem do moreno de aproximar-se da menina acompanhada do cacheado ao seu lado.
— E aí? — pergunta tímido para a garota, mas logo o seu olhar direciona ao loiro — Você poderia nós deixar a sós?
— Não — responde ríspido e isso faz Finney engolir seco, já que ele que havia pedido para o moreno perguntar isso.
S/n riu do amigo e pediu gentilmente para Vance se retirar do cômodo, e por algum motivo desconhecido, o loiro não conseguiu negar o pedido da menina, por isso acabou saindo. Contudo, deixou os amigos avisados que se acontecesse algo com a garota, ele faria questão de quebrar a cara de todos em frente da delegacia.
— Eu trouxe um filme... É de terror... Não sei se você gosta — Robin diz quebrando o silêncio que havia ficado.
— Ah, sim... Gosto de uns, como Chucky, O Telefone Preto, A órfã, Bird Box, O retorno do Leatherface. Quer dizer, esse último não faz tanto sentido, mas é bom — fala a menina sendo encarada estranho pelos amigos — O que é? — pergunta.
— Eu nunca ouvi falar desses filmes em toda a minha vida... — Robin comenta com a garota desconfiado.
A mesma percebe que havia falado filmes que ela tinha assistido, mas assistido em sua época, em seu tempo. A garota engole seco revendo olhares desconfiados dos seus amigos, pois a menina havia ficado um tempo considerável calada após o comentário do moreno.
— Ah... É que são filmes regionais! É! Filmes regionais, da minha cidade... Por isso você nunca ouviu falar — mente e o menino concorda com ela.
[...]
A tarde havia sido divertida para os jovens. Passaram assistindo filmes que haviam ali e os que o próprio mexicano trouxe, Finney comentava que o amigo nunca tinha levado filmes para ele ver quando estava machucado e começou a dizer que o ele estava apaixonado pela menina, tirando risos falsos do moreno que bateu em seu braço e também recebeu um tapa na nuca do loiro que estava ali.
Com o tardar da noite, a mãe de Vance ligou para os pais dos amigos que aceitaram de bom grado eles dormirem no local, claro, ninguém iria negar um favor a Sra.Hopper, pois a mulher era muito falada na cidade e bastante respeitada também.
No meio da noite, S/n sentiu seu celular vibrar e lembrou das mensagens que não tinha respondido. A mesma saiu de casa e se distanciou um pouco da sacada, assim ficou próximo a floresta. A mensagem era do seu pai, dizendo que a mesma poderia voltar para sua casa, bastava apenas ir para o mesmo ponto que acordou quando tinha ido para os anos 70.
A garota sente-se aliviada por voltar, mas triste por deixar os seus novos amigos, contudo, ela tinha noção que não fazia parte daquele tempo e que não iria conseguir acostumar-se com a vida que levava no lugar, por isso, caminhou em direção a floresta e parou bem no lugar que deixou seu pingente cair.
— Ok... Agora é só mandar mensagem para meu pai... E voltar — relembra.
— Sabia — a mesma ouve uma voz sair da escuridão e olha em direção ao Arellano na mata — Eu sei todos os filmes de terror do mundo, não me subestime — brica com a garota assustada.
— Olha... Não con... — o menino a interrompe tranquilizando a mesma e chegando mais perto da menina, abraçando a mesma sorridente e a mesma retribui o seu gesto.
— Só... Não se esquece da gente, ok? — lembra a menina que rir. O garoto retira sua corrente e entrega para a menina, logo depois, se despede da mesma e caminha de volta para a casa. Chegando lá, todos estão acordados procurando ambos jovens preocupados.
— Aonde você 'tava? — pergunta Finney abraçando o amigo com lágrimas nos olhos — E cadê S/n? Ela não foi sequestrada, não é? — pergunta.
O mexicano acaba rindo do amigo e o tranquiliza, logo depois inventa uma história muito verídica. O moreno disse que o pai da menina acabou encontrando a mesma enquanto a garota conversava com ele do lado de fora, assim a mesma foi com o mais velho e disse que não queria incomodar ninguém, mas que não se esqueceria de nenhum deles.
Claro, todos ficaram tristes com a partida da menina, mas ficaram felizes pela mesma ter conseguido encontrar os seus pais. De fato, um golpe de sorte.
•━━━━━━ END ━━━━━━•
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𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒ
FanfictionUm pouquinho de ilusão para vocês que precisam disso, eu sei que vocês precisam disso. Eu nem sei pq tô fazendo isso. ʚ Nada de hot, sério, se você ler isso com pessoas de menor ou que explicitamente pediram para não serem sexualizadas, deveria proc...