𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒ

𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

Vocês não se conhecem e nem tem amigos em comum, a única coisa que poderia unir vocês; seria o amor de Finney por Donna - 3

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━━

OS MESES FORAM SE PASSANDO e os dois jovens ficavam cada dia mais próximos um do outro, mesmo sem saber qual o sentimento que estava sendo nutrido em seus corações. Para Robin, não era necessário nomear esse sentimento, contando que faça-lhe bem, já S/n, sentia-se muito confusa e buscava saciar suas dúvidas através de todos os livros que seus pais lhe deram durante toda sua vida — que ficam em uma estante minuciosamente limpa.

Donna, já tinha lhe dito o nome desse sentimento e até respondido às perguntas não ditas pela a amiga, mas a mesma nunca iria admitir que gostava do mexicano, acho que o mais próximo que a garota chegava da conclusão de Donna, é que eles eram ótimos bons amigos. Qualquer coisa que cruzasse o limite da amizade, não iria ser permitido pela a garota e seria reprimido de modo instantâneo, não importando quem a mesma teria que magoar.

— Então, era assim que você se sentia quando via Donna? — questiona o mexicano deitado olhando para o céu azul.

— É... — o loiro deixa um sorriso bobo escapar — Vai se declarar, Robin? — pergunta ao garoto.

Robin, gostava da ideia de admitir seus sentimentos para a amiga, que agora para o mesmo, o mais certo seria chamar a garota de amada. Um medo comum rodeava a cabeça do menino, o medo de sofrer uma rejeição da garota, pois com meses de aproximação conseguiu ver o perfil da família da mesma, que era extremamente rígida com a jovem.

— Não maninho, vou me declarar quando você se declarar para a Donna — disse dando uma cartada ao loiro, que o olhou de imediato.

— E-Eu? Isso não tem nada haver comigo! É sobre você e não eu! — o garoto usava um tom levemente alterado e trêmulo com a proposta do menino, que estava entediado de ver o amigo escondendo de maneira péssima o que sentia por Donna.

— Então, também não vou! — Robin fala firme para o loiro e volta seu olhar ao céu que tanto o acalma.

Finney queria muito declarar-se para a jovem, que em suas palavras, tinha uma beleza indescritível, mas não conseguiria por causa das suas inseguranças. O menino já era zoado sem ter feito nada demais, imagine se sofresse uma rejeição, não teria nenhum momento de paz em sua escola.

S/n encontrava-se andando um lado para o outro ansiosamente, e as duas garotas em sua cama assistiam à cena da mesma. Gwen foi apresentada para a menina há pouco tempo, mas se tornou muito querida por ela e por sua melhor amiga.

A menina logo foi introduzida aos assuntos e criou um forte laço de intimidade com as garotas, que contaram sobre suas paixões, quer dizer, somente uma contou, a outra ela teve que descobrir por conta própria. O que não foi muito difícil.

— S/n, você vai cavar um buraco no chão desse jeito! — alerta Donna para a garota — Você não vai encontrar nada, sem ser teorias nesses seus livros — fala calmamente folheando um dos livros que estão espalhados pela cama da amiga.

— Eu não estou tentando encontrar nada, apenas quero provar para você que não há amor nenhum! — retruca a menina para a amiga.

— Se não há, então porquê quer tanto provar!? — pergunta Gwen impaciente.

Gwen, tinha argumentado algo que não era possível a menina refutar, fazendo a mesma cair em si. Qual a razão dela querer tanto provar que não existe amor nenhum entre ela e o mexicano? Poderia dizer que era as provocações das amigas, mas isso era tão fraco quanto dizer "porque sim". A garota senta-se com as outras e direciona seu olhar ao chão do seu quarto.

— Droga... Eu gosto dele — admite depois de muito, muito e muito tempo mesmo. Gwen e Donna olham uma para a outra, depois olham para a menina com cabelos levemente bagunçados.

A campainha da casa da garota é tocada por Finney e Robin. Finney queria ir à casa da amiga para ajudá-la com a declaração que faria para sua amada, enquanto Robin, o garoto de bandana, estava apenas lá para fazer companhia ao amigo e impedi-lo de voltar atrás, já que cogitava ir para sua casa muitas vezes. A porta é aberta por Gwen, que se surpreende com a visita dos dois garotos e, graças a isso, fecha a porta na cara deles e sobe para falar com as amigas

S/n olha ao redor de seu quarto, que tinha livros com títulos como "A psicologia do amor" ou "O amor - E como os humanos são mentirosos", logo se dá conta que isso entrega mais do que mil palavras ditas sobre o assunto. Gwen volta e abre a porta novamente, os convidando a entrar e dando uma desculpa qualquer sobre o motivo de ser batido a porta na cara deles. Obviamente, eles não acreditaram, mas do que adiantaria saber o verdeiro motivo?

— S/n! Eu preciso de sua ajuda para- — o mexicano tampa a boca do loiro imediatamente e sussurra sobre a acompanhante da garota em seu quarto — D-Donna? — o mesmo engole seco pensando, sobre o que aconteceria se o amigo não estivesse ali.

Donna sentia suas bochechas queimarem, já que minutos antes dos garotos chegarem, falava de Finney com suas amigas e usou até metáforas belas para descrever como sentia-se em relação ao garoto. S/n sentia vontade de sair do quarto e correr o mais longe possível, já que acabou de descobrir um sentimento, um bom sentimento, algo que precisava ser explorado, mas a mesma não conhecia nenhum método que não fosse a teoria ou uma fórmula para ser seguida.

Robin deitou-se na cama da garota e logo sentiu algo em suas costas, algo que o deixava bem desconfortável, o mesmo mexeu no lugar e viu um livro com o título "Love Story" que está fazendo bastante sucesso, mesmo depois de 8 anos do seu lançamento. O garoto sorriu levemente, pois sabia o enredo da história de tanto que os outros comentavam e seu olhar foi a garota que sorria por causa das falas de Gwen imitando seu irmão.

O menino está perdidamente apaixonado por ela e ela está gostando do sentimento que está surgindo em seu coração, mesmo eles não sabendo como expor isso em palavras, podem simplesmente curtir o momento. Eles terão bastante tempo para falar seus sentimentos um para o outro.

•━━━━━━━ END ━━━━━━━━•