𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Vocês não se conhecem e nem tem amigos em comum, a única coisa que poderia unir vocês; seria o amor de Finney por Donna - 4

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

O ALMOÇO NA CASA DA GAROTA era sempre silencioso, seus pais não gostavam de barulhos na hora da refeição, gostavam apenas de escutar sua boa e velha música clássica. A mais nova tinha se acostumado com isso, pois nunca tinha experimentado comer na casa de outras pessoas, quem se surpreendeu de verdade foram seus amigos que não conseguiam entender como alguém poderia suportar aquela música desde que se entende por gente.

Eu quero me matar — Gwen sussurra para Donna enquanto os pais da amiga não olham. Donna concorda com a amiga e olha para S/n, a menina sentia-se tranquila comendo no espaço elegantemente barulhento.

O mexicano não era acostumado a comer comidas de fora, o menino teve apenas contato com comidas mexicanas e americanas, pois era o ambiente que vivia, mas na casa de sua amada teve que experimentar comer comida brasileira pela primeira vez. Finnye sentia medo em comer na casa de outras pessoas que não sentia-se seguro, mas o mesmo forçou-se a comer para não parecer ser mal-educado na frente dos pais da amiga de Donna e a amada de Robin.

— Então, o que acharam? — quando a música para de tocar e a mais velha finaliza sua refeição, pergunta aos novos acompanhantes daquela tarde.

— Estava delicioso Sra. — Gwen falou para a mais velha que sorri para a menor.

Que bom, eu fiquei meio receosa, confesso — a mais velha ajeita sua saia e levanta-se da mesa — S/n, leve seus amiguinhos para brincarem no quarto, não quero ver você saindo com tantos sequestros acontecendo — disse a mais velha pegando os pratos e colocando na bandeja que a empregada da família segurava.

— Tudo bem. Até mais tarde pai! — a menina disse enquanto o mais velho saía de casa, que em retribuição acenou para a menor.

Apesar dos jovens terem subido para o quarto da garota, ainda sentiam-se muito desconfortáveis com o que acabou de acontecer, achavam aquilo um inferno e culpavam-se por não gostarem que nem a garota. Robin odiou fortemente aquele momento da refeição, não conseguia entender como pessoas que não gostavam de barulho faziam tanto barulho.

— Temos que salvar a S/n dessa tortura — Gwen diz enquanto a garota está no banheiro escovando os dentes.

— Temos que entender que esse é o modo de viver dela, não podemos interferir — Donna fala e suspira profundamente.

— Aquilo não é viver ou um estilo de vida, é um bando de pais patéticos que querem imitar séries patéticas — Robin fala indignado.

— Sinceramente, não acho patético, começa é ser bom quando você presta atenção — a garota que antes estava no banheiro, saiu e ouviu o que Robin disse.

A menina entendia os amigos, isso era bom fora da realidade, mas quase todos de sua família tinham sido criados assim e os membros que foram chegando tiveram que se adequar ao estilo de vida que era seguido, não tinha nada que a mais nova podia fazer que alteraria isso. Robin entendia os sentimentos da menina e até achava meio arrogante da sua parte julgar o estilo em qual foi inserida desde nova, mas não entrava em sua cabeça como alguém possa perder a maior parte da infância com aulas e ouvindo instrumentais clássicos.

— Desculpas, não foi nossa intenção — Finnye fala olhando para a garota que termina de encarar-se no espelho.

— Que nada gente, não se preocupem com isso — tranquilizou a menina — Vocês vão ao Drive-in hoje? — perguntou a garota.

Robin se empolgou de imediato, aquilo era um assunto que o mesmo dominava melhor que todos naquele quarto. Finnye assistiu o filme uma vez e não queria assistir novamente, o garoto disse ao pai que iria assistir uma animação famosa e somente por isso que o pai deixou o garoto sair, fora que ele ainda teve que revelar sua paixão por Donna para pressionar ainda mais o pai.

Gwen não se interessava muito em filmes de terror e seu pai não queria deixá-la assistir filmes desse gênero, então apenas ignorou a pergunta da amiga e seguiu mexendo na estante. Donna elogiou bastante a experiência anterior e amaria repetir novamente, só que com outro tipo de filme, pois a menina não conseguiu dormir por um tempo e às vezes tem medo que o carro de seus familiares quebre no meio do nada com uma família de canibais perto.

— Você vai S/n? — perguntou o mexicano aparentando indiferença, mas por dentro estava torcendo que a menina falasse "sim".

— Eu gostei bastante do filme, fora que tem uma das minhas atrizes favoritas, então vou ver se meus pais deixam — a menina responde e Robin comemora internamente e agradece todos os serem celestiais que conhece.

A mãe da menina parecia relutante com a ideia da garota ir sozinha com dois homens, na verdade, um homem e uma criança, ela não confiava em ninguém daquela vizinhança. A mais velha tomou a decisão da garota ir com ela acompanhada, o tio de Robin aceitou tranquilamente a proposta da mais velha e Robin pareceu desanimar um pouco, já que essa seria uma chance perfeita para se declarar. A mulher já estava arrumada e a menina também, esperavam apenas os Arellanos em frente a casa deles para guiar o caminho do Drive-in.

— Esse filme é extremamente violento, não sei como seu sobrinho gosta tanto disso — a mais velha fala com o tio do garoto. O homem revira os olhos e escorava-se no balcão de compras.

— A senhora está aqui para reclamar ou me ajudar? — pergunta o homem olhando em direção a mulher que se sentiu ofendida, mas ele não estava totalmente errado nessa questão.

Enquanto os adultos trocavam farpas como crianças, as crianças estavam sentadas no carro da mulher, pois a combe do tio de Robin infelizmente quebrou no meio do caminho e fazendo os Arellanos irem com as garotas, mesmo a mãe da menina relutante com a ideia. A garota estava muito próximo a Robin e sua cabeça estava apoiada no ombro do garoto, o menino sentia-se animado de está sendo útil para o conforto de sua amada e isso até lhe deu coragem para fazer algo que pensava a muito tempo.

S/n! — o garoto chama a menina que estava concentrada no filme, mas logo sua atenção é voltada ao garoto de bandana — Toma — diz entregando um papel para a mesma.

Era uma carta, uma bela carta...

━━━━━━━ END ━━━━━━━•

𝗤𝘂𝗲𝗿𝗶𝗮 𝘁𝗲𝗿 𝘁𝗲𝗿𝗺𝗶𝗻𝗮𝗱𝗼 𝘁𝘂𝗱𝗼 𝗻𝗲𝘀𝘀𝗲 𝗰𝗮𝗽? 𝗦𝗶𝗺, 𝗺𝗮𝘀 𝗶𝗿𝗶𝗮 𝗳𝗶𝗰𝗮𝗿 𝗹𝗼𝗻𝗴𝗼 𝗱𝗲𝗺𝗮𝗶𝘀, 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗱𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗷𝗮́ 𝗲́, 𝗲𝗻𝘁𝗮̃𝗼 𝗿𝗲𝘀𝗼𝗹𝘃𝗶 𝘀𝗲𝗽𝗮𝗿𝗮𝗿 𝗲𝗺 𝗱𝘂𝗮𝘀 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗲𝘀... 𝗞𝗶𝘀𝘀𝗲𝘀

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora