𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Vocês estavam brincando e o mesmo conta-lhe uma história da família Arellano.

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

A MENINA CORRIA atrás do garoto que ria da mesma. Robin e S/n resolveram brincar de correr um atrás do outro perto de suas casas, os amantes tinham convidado Finney, porém o mesmo recusou o convite para passar mais tempo com sua namorada, Donna.

O mexicano sempre foi um garoto atlético e está acostumado a correr por longos minutos sem sentir-se cansado. Diferente dele, sua namorada não é muito de perder seu tempo correndo e sempre usava a desculpa que o caminho que percorria da sua casa até a escola já era um exercício.

— Meu... Meu Deus... Acho que eu estou começando a ver a luz... — dramatiza ofegante a garota e o mesmo rir dela.

— Claro que está vendo a luz, ainda é de tarde — debocha o mexicano e a menina o olha mortalmente.

O garoto gostava de caminhar e passar pequenos momentos com sua namorada, mesmo que a maioria das atividades sugeridas pelo mesmo fosse criticadas pela garota.

— Robin! Vamos parar... Meus pés vão me matar se continuarmos — exagera e o seu namorado rir.

— Claro, hermosa. Vamos parar — fala e senta-se na sacada da casa da menina.

A garota descansa sua cabeça no ombro do menino, que não deixou de sentir-se nervoso com a mesma tão próxima a ele.

Mesmo sendo namorados, eles ainda são novos demais para lidar com o misto de emoções que sentem. Robin que pediu a menina em namoro e ela aceitou, já que o seu coração pertence somente ao mexicano, porém ainda são iniciantes nesse assunto.

— Descansou, gatita? — perguntou o moreno encarando a menina que olha a rua hipnotizada.

A estrada praticamente deserta , já que quase não passa nenhum carro pela rua. As casas estão longes de serem as mais luxuosas da pequena cidade, mas ainda roubava a atenção da garota. Tudo naquele lugar combinava, as cores, o céu, a rua, as pessoas, absolutamente tudo. Parecia uma pequena utopia bem planejada.

— Porque... Você resolveu morar aqui? — perguntou a garota de forma repentina. O mesmo a olhou com uma certa confusão por causa da pergunta, mas respondeu.

— Minha família quis se mudar para os Estados Unidos, então eu apenas aceitei — responde e recebe um olhar negativo da garota acompanhado por um suspiro longo da mesma.

— Eu quis dizer... Porquê aqui, em Denver? — reformula e olha para o garoto.

O mexicano também não sabia muita coisa sobre sua mudança de um país para outro, ele apenas obedeceu às ordens vindas dos seus pais e foi junto a eles para os Estados Unidos. Porém, sabia que seus pais não tinham a menor intenção de ficar em Denver.

— Meus pais precisavam de dinheiro e ficariam um tempo com o meu avô enquanto isso. Até que um dia... Ele saiu de cena? — diz rindo abafado — Aí, achamos não deixar a casa.

O olhar de compaixão foi direcionado ao moreno, que revirou os olhos por causa do gesto empático da sua amada. O garoto não gostava quando essa história era contada para as pessoas, pois elas sempre olhavam para o garoto e diziam suas frases clichês. Isso chateava o mesmo.

— Não precisa sentir pena, é... Até que divertido, tenho minhas memórias com ele — explica e agora é a vez da garota revirar seus olhos.

— Jamais irei sentir pena de você, mi amor. Apenas penso como é a dor de perder alguém, nem todos os olhares penosos são maldosos ou ruins.

— Nem todos os olhares são gentis ou bons — refuta o garoto e a menina bate nele levemente.

Os jovens levantam-se do banco que havia ali e logo voltam a correr pela estrada deserta.

O clima combinava perfeitamente com os sentimentos transmitidos pelo casal. Nem tão belo ou melancólico, nada tedioso ou animado demais. Eles estão em perfeita harmonia e gostam disso, com toda a absoluta certeza foram feitos um para o outro.

Ninguém da terra iria supor ou dizer algo que contrário, posso garantir a todos.

•━━━━━━ END ━━━━━━•

𝗖𝗮𝗽 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘇, 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝘃𝗼𝗰𝗲̂𝘀 𝗻𝗮̃𝗼 𝗮𝗰𝗵𝗮𝗿𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝘀𝗼𝘂 𝘂𝗺𝗮 𝘀𝗮́𝗱𝗶𝗰𝗮.

𝗞𝗶𝘀𝘀𝗲𝘀

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora