𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Depois de 2 anos o Arellano volta e mata o sequestrador, mas ele não era mais o mesmo - 8

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

O GAROTO ENCARA O HOMEM que aparece em sua frente. Ele não podia mover-se muito bem por causa das torturas rotineiras que sofria, pois graças a elas seu corpo doía e sua mente não conseguia se concentrar em nada, nada além da dor que estava sentindo.

A porta de metal abre-se e o mexicano consegue ver o homem a sua frente, bom, ele não estava vendo muito bem por causa da sua visão embaçada com suas lágrimas, mas sabia que era o mais velho. Ninguém sabia que ele estava no porão; ninguém sentia a sua falta; ninguém procurou por ele; então, talvez ele merecesse isso.

— Robin! Sr.Arellano, acorde por favor! — pede sua professora despertando o moreno assustado do seu sono profundo.

Todos perceberam que o sono que o mexicano estava com toda a certeza não era algo utópico, na verdade, deveria ser o verdadeiro pesadelo para o menino. O garoto suava e sua respiração estava desregulada, a palpitação do seu peito também está acelerada, o que deixa mais evidente o que o menino sonhava e sentia.

A professora do garoto observa penosa o menino, que revira os olhos ao perceber como a mais velha o encarava. O mexicano levanta-se rapidamente e caminha em direção ao banheiro, para sua sorte, ninguém estava no corredor, então ninguém iria perguntar como estava o mesmo. Aquilo era insuportavelmente bom.

— Cadê? Cadê? — pergunta o menino procurando na sua mochila seus remédios que foi recomendado tomar — Porra! Cadê vocês!? Por favor! Por favor! — fala.

O moreno lembra-se que havia deixado eles junto com o seu caderno, no caso, na sala de aula e começa a praguejar-se por tudo que estava acontecendo. O garoto senta e as lágrimas começam a cair em seu rosto, fazendo o mesmo limpar as mesmas o mais rápido possível.

Ele não queria parecer fraco, vulnerável, entre outros sentimentos que ele julgava ser ruins. Por dois longos e inquietantes anos, o garoto teve que reprimir suas emoções de maneira que ninguém sabia como ele conseguiu, ele apenas fez; mas a sua volta para a cidade que carrega lindas e péssimas memórias, parece que destrancou uma parte do seu cérebro que era responsável pelas suas emoções, suas emoções reprimidas.

A menina que passava ao lado do banheiro masculino escutou um choro, queria até deixar quieto, pois era um momento de fragilidade da pessoa, contudo, repensou essa ideia quando ouviu a voz do garoto que tanto gosta. Robin não demonstrava quando estava triste por algo, então ela não sabia quais eram os motivos dele ter ficado repentinamente tão triste e também, não queria se meter em algo que não foi chamada.

Tantos "nãos", tantas negações na vida do garoto, que até ele estava farto disso. O mesmo levanta-se e pega a sua mochila, caminhando em direção em direção a porta e abrindo a mesma, dando de cara com a garota que observou os olhos molhados de lágrimas do menino paralisado. O moreno havia decidido mais uma vez sair de Denver em seu momento ansioso, era uma decisão impulsiva? Sim, de fato. Contudo, ele não poderia mais viver na cidade em que consegue viver apenas com suas memórias negativas.

— S/n... — fala cansado e sua voz um pouco trêmula — Olha, eu estou...

A menina interrompe o mesmo ao fazer sinal para ele se calar, o que causou estranhamento no menino. Ela sabia que sairia apenas mentiras da sua boca e como seria cansativo ter que ouvir a mesmas histórias dos outros que sofrem problemas. Ela entendia a sensação de não querer incomodar ninguém, ao ponto em que você precisa apenas desabar por alguns instantes e se recompor sozinho.

— Não fez nada de errado... Estava cansado, precisava disso. Acalme-se e chore — pede abraçando o garoto, depois de alguns minutos sente o seu ombro molhar e sorri — Você aguentou muita coisa Robin, eu também mas... Você passou por todas as fases, por todas as torturas e... Você merece isso, esse momento é seu, Robin.

As palavras da menina entravam na mente do garoto e tornava-se o antidoto para seus pensamentos tóxicos se afastarem, deixando sua mente vazia e suas emoções tomarem conta das suas ações.

Muitas coisas se passavam na mente do garoto. Ele passou muito tempo sendo forte tanto na cidade que estava, quanto na outra que recebeu tanto apoio. Ele não sabia o que esperava quando chegasse; sabia que iria ser sufocado por perguntas, mas não sabia que seria tão doloroso ouvir as mesmas.

— Eu... S/a, eu... Me desculpa! Por favor, me desculpa...! Se eu tivesse mandado aquele filho da puta pro inferno! — fala choroso — Se eu... Eu deveria ter feito! O Finn passou pra tudo aquilo por minha causa. Você passou por tudo aquilo por minha causa... Me desculpa! S/n, eu-

O garoto cala-se de imediato quando os macios lábios da menina se encontram com os dele, fazendo cessar todas as lamúrias que sua boca pronunciava. O mexicano ficou confuso nos primeiros momentos em que suas bocas se tocaram, mas depois posicionou sua mão sob a cintura da menina e a outra acariciou a bochecha da garota.

Aquele beijo não era convencional, não era típico, não era romântico, mas era o que eles tinham. Aquele beijo era apaixonado, mas também era triste, magoado, ressentido... Aquele beijo era real.

•━━━━━━ END ━━━━━━•

𝗖𝗵𝗼𝗿𝗲𝗶 𝗳𝗮𝘇𝗲𝗻𝗱𝗼 𝗲𝘀𝘀𝗲

𝗚𝗲𝗻𝘁𝗲, 𝗴𝗮𝗿𝗮𝗻𝘁𝗼 𝗾 𝗮 𝗽𝗿𝗶𝗺𝗲𝗶𝗿𝗮 𝘃𝗲𝗿𝘀𝗮̃𝗼 𝗱𝗲𝘀𝘀𝗲 𝗰𝗮𝗽 𝘁𝗮𝘃𝗮 𝗮𝗶𝗻𝗱𝗮 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝘁𝗿𝗶𝘀𝘁𝗲, 𝗰𝗼𝗻𝘁𝘂𝗱𝗼, 𝗼 𝘄𝗮𝘁𝘁𝗽𝗮𝗱 𝗻𝗮̃𝗼 𝘀𝗮𝗹𝘃𝗼𝘂 𝗲 𝘁𝗶𝘃𝗲 𝗾 𝗿𝗲𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃𝗲𝗿 𝘁𝘂𝗱𝗼 𝗱𝗻𝘃, 𝗳𝗶𝗾𝘂𝗲𝗶 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘇 𝗾𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗽𝗲𝗿𝗰𝗲𝗯𝗶 𝗶𝘀𝘀𝗼 😃

𝗝𝗮́ 𝗮𝗴𝗿𝗮𝗱𝗲𝗰𝗲𝗿𝗮𝗺 𝗮𝗼 𝗪𝗮𝘁𝘁𝗽𝗮𝗱 𝗵𝗷?

𝗞𝗶𝘀𝘀𝗲𝘀.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora