Você investigava o repentino desaparecimento de uma mulher, mas acaba se envolvendo em algo maior.
━━━━━━ S/N ━━━━━━
Falo isso por experiência própria, nunca intrometa-se em assuntos que não foram explicitamente solicitada a sua presença, entendi isso da pior forma possível.
Miguel Cazarez Mora, filho da Duquesa Wendy Mora, vindo de uma longa linhagem de duques progressistas que lutam por uma sociedade mais justa... Eu acho. Um verdadeiro símbolo de beleza para a alta sociedade e um exemplo de ética, bom senso e moralidade... É o que dizem, nada confirmado.
Contudo, não estava afim de saber quem ele era ou de quem ele se tratava, mas acabou que por inconveniência do destino; acabei deparando-me com ele e sua família em um dos meus casos. Agora, por causa de uma pequena boba mentira, sou uma dama da alta sociedade de um país distante que é desconhecido até nos mapas.
— Ah, mais que inferno! — falo tentando fechar o espartilho que as empregadas haviam me entregado — Aposto que a pessoa que criou esse símbolo de opressão e submissão feminina fazia bico de torturador! — reclamo enquanto tento fechar a peça e finalmente consigo.
Não posso ficar muito tempo neste lugar, não mesmo, ainda tenho um caso dos grandes para resolver. Depois de me vestir devidamente como uma dama, abro a porta e vejo o garoto a minha frente.
Para todos, Miguel Cazarez é um exemplo que todos deveriam seguir, mas para mim, ele é apenas um garoto chato, mimado e que fez todas as minhas chances de resolver o caso diminuírem a partir do momento em que se meteu em minha vida!
— Querido Lord — falo sorrindo forçado, sinceramente, eu deveria fazer teatro de tão boa atriz que sou — O que te trás até o meu quar... Meus aposentos — corrijo-me.
— Nada... Queria apenas falar com você — sorri e concordo. O moreno convida-me para um passeio noturno do lado de fora e aceito, pois quase nunca durmo cedo e essa família é tão regrada que chega a ser cansativo.
Saímos da casa exageradamente grande da família e caminhamos até os jardins próximos. O jardim ele é simplesmente mágico, eu não tenho palavras para descrever tamanha perfeição que é este lugar e quanta calma ele transmite para mim.
Enquanto caminhamos, vejo uma carruagem chegar e analisando-a bem, mesmo que seja um pouco difícil por contar apenas com a iluminação da lua. Consigo ver que a mesma possui o mesmo logotipo que uma das minhas pistas.
— Sério!? — exclamo pela carruagem chegar somente agora no meu passeio. Observo o veículo ir em direção aos fundos da casa do moreno.
— Sim, andar a cavalo é horrível, tipo, eu caí duas vezes e meu irmão mais de 4 — diz rindo e eu o encaro confusa. Quando foi que começamos a falar sobre cavalos?
Reviro meus olhos quando o garoto encara-me confuso e começo a correr em direção a carruagem distante. O garoto segue-me e pergunta o porquê de estarmos correndo feitos malucos pela noite. Ignoro o moreno e continuo a correr, até que a carruagem para e escondo-me atrás dos barris.
O homem desce do veículo puxado a cavalos brancos e pega uma caixa fechada, isso desperta a minha curiosidade e também a do garoto que questiona o porquê do mais velho descarregar as cargas no porão da casa. Quando o homem desaparece da minha visita, caminho rápido para a carruagem e abro um dos pacotes para ver o que havia ali.
— Hm... Isso não é aqueles remédios que te colocam para dormir? — pergunto ao ver a embalagem e abro um dos frascos — Uau, não imaginava que tinha esse cheiro — falo ao sentir o odor que saía dali.
— Não; isso é cheiro de... Nerium Oleander — ouço o garoto dizer — É considerada a planta mais venenosa do mundo — diz e coloca o frasco no lugar.
— Porque a sua família tem um carregamento dessa planta venenosa? — pergunto, mas o mesmo não sabe o que me responder.
Antes de poder falar algo, o homem chama a nossa atenção, então corremos rapidamente para fora dos portões enquanto o mesmo perseguia a gente na carruagem. Continuamos correndo um longo caminho por minutos incontáveis, até acabo caindo e sentindo uma dor enorme em meu tornozelo.
— Não! — esbravejo levando a minha mão ao local, mas assim que encosto sinto a dor aumentar ainda mais. O garoto que estava a minha frente, volta e agacha-se.
Queria muito poder dizer que não estava chorando e que não estava cansada de correr do homem que ainda deve está perseguindo nós dois, mas as lágrimas em meu rosto entregavam toda a dor e angústia que sentia naquele momento. O moreno respira fundo e me carrega para um canto escuro que tinha ali.
— Olha... Eu preciso que você não chore agora... Vai ficar tudo bem, tudo bem, e-eu sei que não parece, mas vai ficar. Prometo para você — ouço o garoto dizer enquanto limpava minhas lágrimas.
— Meu tornozelo está doendo e você 'tá pedindo para eu não expor a minha dor? É sério? — sussurro para o menino que sorrir e levanta um pouco do tecido que cobria meus pés, não sem antes pedi a minha permissão.
O garoto rasga uma pequena parte do tecido da sua calça e coloca envolta aí meu tornozelo, acho que não adiantará muita coisa, mas o seu gesto é tranquilizante. Antes de poder agradecer ao menino, o garoto coloca sua mão na minha boca e sussurra que o homem estava perto.
Eu juro, que depois desse caso, eu nunca mais irei mentir em toda a minha vida.
•━━━━━━ END ━━━━━━•
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𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒ
FanfictionUm pouquinho de ilusão para vocês que precisam disso, eu sei que vocês precisam disso. Eu nem sei pq tô fazendo isso. ʚ Nada de hot, sério, se você ler isso com pessoas de menor ou que explicitamente pediram para não serem sexualizadas, deveria proc...