𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Depois de 2 anos o Arellano volta e mata o sequestrador, mas ele não era mais o mesmo - 5

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

A MENINA SUSPIRAVA cansada por tudo que havia passado. Sua mente estava nublada de tantos pensamentos pessimistas que tinha cotidianamente sobre a volta do mexicano e como lidaria com seus sentimentos confusos. Dylan, muitas das vezes aconselhava a mesma e mostrava os seus pontos sobre o garoto que acabou de conhecer.

O menino ressaltou os pontos positivos do moreno, portanto, ele também gostava de falar sobre o longo período que ele ficou de fora, suas brigas sem sentido visível, sua possível perturbação mental e como ele seria péssimo na vida da menina; que sabia que todas as falas com a intenção de ajudar ela, eram tão falsas quanto os seus sentimentos por ele.

Robin, tentava ao máximo esquecer o fato de sua amada estar em um relacionamento, que para ele, parecia ser bastante feliz e com sentimentos mútuos. Ele não queria atrapalhar isso, não queria atrapalhar o momento mais deslumbrante da vida da menina, contudo, ele não poderia dizer que estava feliz ao ver a menina abraçada com o moreno.

Robin! — Finney chama a atenção do seu amigo que demora segundos para encarar o loiro — Para de encarar! Isso está dando medo até em mim! — fala e o mexicano dá de ombros.

— É que é meio... Não sei te explicar, não gosto de vê-la com ele... Com qualquer outro garoto, na verdade — sussurra a última parte e recebe um olhar confuso de Finney.

— O que você disse? — pergunta e o moreno nega, falando para o amigo continuar andando em direção a escola.

Dylan era um garoto popular entre a maioria dos alunos do primeiro andar, pois ficava a maior parte do tempo ali e era poucos os horários que faziam o mesmo ir para o segundo andar da escola, aonde sua namorava estudava.

Robin tinha seus primeiros horários do dia com o menino animado e fez uma anotação mental que o garoto não tinha culpa dele ter sumido, nem sua amada tinha culpa por ter se apaixonando por outro.

Hola, chico mexicano — cumprimenta o moreno que o encara confuso e ao mesmo sente uma enorme vontade de bater no rosto do garoto.

— Você sabe que eu também falo inglês, não é? — Robin diz sarcástico, o que tira risos do menino animado.

— Eu sei, mas eu estou fazendo aulas de espanhol. Queria ter como treinar, mas não há muitos estrangeiros nessa escola; e entre nós, os professores de espanhol daqui são piores do que os alunos — comenta junto ao menino que sorri por causa do comentários de Dylan, que acompanha o mexicano.

Dylan era dono de uma personalidade cativante, carismática e de certa forma, enjoativamente simpática, fazendo um tanto que difícil fazer as pessoas não gostarem dele — ou suportarem sua presença. Ele não era como aqueles garotos de séries clichês, que amava a menina de forma possessiva e por isso, afetaria todos que se aproximassem dela, não, isso não era dele, não era da sua personalidade.

Robin, com o passar dos minutos, começou a retirar todas as más expectativas que tinha colocado no menino mais cedo, pois ele era muito diferente do que havia pensado, o que também causava-lhe medo.

— O boneco assassino! Esse sim! Esse é o melhor! — Dylan fala aos pulos, debatendo com o mexicano enquanto subia às escadas — Robin! Pelo amor, esse filme era bom somente nos anos 78 e 79, agora estamos nos anos 80!

— É, mas um boneco possuído não é tão assustador — protesta o Arellano.

Os garotos caminham e continuam a discutir sobre seus filmes de terror favoritos, mas param no momento em que encontram a menina, que rapidamente cumprimentou seu amigo e seu namorado. Robin acena para a mesma e acompanha com o olhar ela abraçar e beijar seu namorado, mas logo desvia ao perceber que aquilo poderia ser um tanto que estranho, além que pode causar uma má impressão.

— Hoje a aula foi muito chata, amor — o garoto diz para a menina com seu braço envolta ao seu pescoço — O seu amigo, Robin, ele é muito legal — fala e olha para o Arellano.

Uma estranha sensação se passou pelo corpo do menino, um nervoso tomou conta do seu estômago, junto a um bolo que formou-se em sua garganta, ele sentia seus lábios superiores começarem a tremer e por isso, morde seus lábios inferiores, depois abaixa a sua cabeça. S/n não notou o comportamento nítido do menino, já que falava tediosa sobre suas provas, parou somente quando Robin disse que teria que sair dali.

A mente do menino está nublada, seus pensamentos estão confusos e tudo que ele pensa é que não poderia atrapalhar o casal, não por causa do egoísmo dos seus sentimentos idiotas — palavras dele. O moreno abre a porta do banheiro e manda todos os garotos que haviam ali sair, e claro, todos saem por medo do mexicano, ele caminha em direção a pia e lava o seu rosto diversas vezes para ver se isso retira sua vontade repentina de chorar.

O menino passa um tempo encarando-se no espelho e logo observa ao seu redor, vendo o banheiro em que teve sua última conversa com Finney e a primeira logo depois da sua volta a escola. O loiro aconselhou o menino sobre seus sentimentos e garantiu que S/n sentia-se do mesmo modo que ele, confusa demais e ansiosa demais.

O moreno havia resolvido ignorar seus sentimentos, ele tinha tomado essa decisão junto ao seu irmão, mas quando voltou, percebeu que esse plano não iria funcionar, por causa dos seus sentimentos que estavam mais fortes... Ele se odiava por isso.

Atrapalhar o casal não é o que ele queria, na verdade, ele nunca iria querer isso. O garoto desejou que Dylan fosse um babaca por completo, da cabeça aos pés, ele admitiu isso; contudo, o menino era uma pessoa do bem, além que...

O moreno ficou ao lado dela, diferente dele.

•━━━━━━ END ━━━━━━

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora