Você acaba viajando para 1978 e agora tem que aprender a conviver naquele tempo.
━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━
A MENINA OBSERVA assustada tudo ao seu redor. A floresta era densa e a mesma não era muito fã do anoitecer, não quando estava ao lado de fora da sua moradia. A garota havia feito uma besteira das grandes e sabia disso, porém não sabia o porquê tinha sido mandada para o meio da mata.
— Finalmente! — exclama aliviada ao ver uma mulher que fumava na sacada da sua casa do outro lado da estrada vazia.
A mais velha balançava-se na cadeira e concentrava a sua atenção em um canto escuro da mata, não o que a mesma estava, mas sim um aleatório e totalmente escuro, por isso chamava a sua atenção. A garota aproxima-se da mais velha e de alguma forma, sabia que a mulher era a sua bisavó.
— Olá, bis... Quer dizer, senhora — fala com a mais velha que encara a garota entediada — É-É... Pode ser meio louco, mas poderia me dizer em que ano estamos? — pergunta a mesma.
— 1978 — responde tediosa e a menina toma um susto — Tudo bem, pirralha? — pergunta e a garota tenta regular sua respiração.
A mulher encarava a garota e tinha uma estranha sensação sobre ela, como se tivesse que cuidar da mesma. Pelas as roupas da menina, a mulher achava que ela não era da cidade e por isso estava perdida, e com um sequestrador a solta, ela não podia ficar sozinha por aí.
A loira também pensou que poderia ganhar uma boa grana por cuidar da mesma, pois as roupas da menina, seus acessórios e o penteado eram muito diferentes de qualquer menina da cidade. A mulher manda a mesma entrar e fala que não é para ela ficar perambulando sozinha a noite.
S/n ficou encarando a mesma reflexiva, em teoria, a mulher não era desconhecida para a menina, mas não sabia se podia confiar em sua bisavó de 1978. A menina ignora seus pensamentos e entra na casa da sua família... Futuramente, sua família.
Margaret, sua avó no futuro, assistia sua série animada e às vezes gritava para seu irmão mais velho, Vance Hopper, parar com o barulho que fazia no quarto, mas quando sua mãe entrou, a menina voltou sua atenção para a menininha ao seu lado.
— Uau... Quem é essa? — pergunta o loiro encarando a menina. Ela era uma completa desconhecida para o menino, mas ele era conhecido pela menina que fez uma anotação mental para não deixar ele ser sequestrado.
Vance não sentiu o mesmo que sentia quando via outras garotas bonitas, não pensou em ficar com a garota ou qualquer outra coisa, na verdade, um tipo de sentimento fraterno surgiu pela garota, até o mesmo estranhou isso. A irmã mais nova do menino também encarou a menina, desconfiada, mas logo aproximou-se animada da menina.
— Esses são meus filhos, Vance e Margaret Hopper. O seu é...? — pergunta a mulher e a menina gagueja um pouco, mas logo fala o seu nome, mas mente o sobrenome.
— Diferente... S/s, é espanhol? — pergunta a mais nova e a garota nega.
— É brasileiro, na verdade — corrige a mesma. A menina segurava-se muito para não contar o que estava acontecendo, nem ela mesma sabia o que estava acontecendo, tudo que sabe sobre viagens no tempo é o que vê nos filmes e séries.
A mulher instruí a menina a dormir no quarto da sua filha mais nova e ela aceita sem relutar. A loira leva a menina animada para seu quarto e arruma só cobertores, pois não havia camas sobrando, então, elas iriam dormir juntas na espaçosa cama.
A menina sentia-se confusa sobre o que estava acontecendo, ela queria apenas voltar para sua casa, voltar para sua mãe, seus amigos, sua vida. Tudo estava acontecendo por causa da sua curiosidade boba, se não tivesse tocado na máquina do tempo como seu pai havia dito, não estava agora nessa situação avassaladora.
Com tantos pensamentos ansiosos fazendo barulho na cabeça da menina, a mesma não conseguiu dormir mesmo depois de minutos deitada, mas a loira ao seu lado colocou sua mão no cabelo da menina e começou a acariciar os fios.
— Não sei o motivo de estar fazendo isso, mas parece que você precisa — diz sonolenta e a garota ao seu lado tentava fortemente não chorar. O gesto acabou fazendo os pensamentos da mesma se acalmarem e ela conseguiu pegar no sono.
[...]
Vance reclamava pelo caminho sobre a escola, ele fazia um pequeno tutorial de sobrevivência para a menina. Margaret ria do seu irmão, mas não discordava do mais velho, por isso, falou que se precisasse de ajuda eles iriam até ela, a mesma tranquilizou os irmãos e logo mostrou o spray de pimenta que tinha na bolsa.
Apesar de ser cedo, podia-se ouvir crianças gritando por briga e fazendo suas torcidas entre si, uma pequena parte torcia para o mexicano e a maioria para o outro garoto. S/n pensou em ir ver, mas foi impedida pelo loiro na primeira vez, porém conseguiu convencer o mesmo que não se machucaria e apreciaria de longe a briga.
A garota não se aproximou muito, então não pôde ver muito da cena, suspirou frustada e virou-se em direção aos irmãos, contudo, um menino moreno que passou ao seu lado chamou a sua atenção.
Os jovens trocaram olhares rápidos e o menino até ficou olhando um tempo para a mesma, mas logo seguiu seu caminho observando sua mão visivelmente machucada.
Ela lembrou-se de alguém quando encarou o mexicano, contudo, era difícil colocar em palavras, ela queria saber quem era esse garoto e por algum motivo sentiu uma leve sensação familiar no peito ao encarar o menino.
•━━━━━━ END ━━━━━━•
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𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒ
FanficUm pouquinho de ilusão para vocês que precisam disso, eu sei que vocês precisam disso. Eu nem sei pq tô fazendo isso. ʚ Nada de hot, sério, se você ler isso com pessoas de menor ou que explicitamente pediram para não serem sexualizadas, deveria proc...