𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Finney sabia que ambos se gostavam, mas não queriam admitir um para o outro. Então, o loiro resolveu juntar os dois - 4

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

FINNEY ESCUTOU MAIS uma vez o telefone tocar. Ele já havia atendido as outras vezes e até tinha contado aos seus amigos o que lhe foi instruído pelo telefone, contudo, para os outros era um tanto que difícil acreditar no loiro, também perguntavam-se como o telefone iria tocar sendo que o mesmo estava desativado? Essas perguntas e a descrença fazia o menino revirar seus olhos com força e voltar o seu foco em outra coisa.

Robin recuperava-se aos poucos e também ficou surpreso ao ver o loiro no porão junto a eles, por impulso, abraçou seu amigo fortemente e desejou nunca mais separar-se dele, mas logo relembrou que não estava falando com o mesmo e voltou o seu comportamento teimoso de antes.

A menina que convivia com os dois amigos brigados já estava farta em ficar com eles no mesmo cômodo, pois estava sendo feita de correio pelos garotos que não queriam se falar diretamente.

— S/n, fala para o Blake que cavar um buraco não vai ajudar em porra nenhuma — fala o mexicano em pé encarando o menino convencido.

— S/n, fala ao super inteligente aí, que eu sei o que eu estou fazendo. Obrigado — diz o loiro e joga a terra sem querer na calça do menino — D-Desculpas, Robin, não foi a minha...

O moreno estava surpreso, já que achava que o menino havia feito isso de propósito e estava apenas fingindo inocência, por isso, o mesmo agachou-se e pegou a terra que havia no chão, jogando no cabelo do loiro que reclamou de imediato.

Os meninos começaram uma guerra de terra ali enquanto a garota olhava para os dois confusa, perguntando-se se aquela terra era segura.

Por um pequeno momento, os dois se esqueceram da briguinha que tiveram entre si e voltaram a ser amigos novamente, foi uma boa sensação e o mexicano tem que admitir, porém, o orgulho do mesmo é maior do que qualquer outra coisa.

— Eca! Caiu na minha boca! — diz Finney lavando a boca com a água da descarga.

O moreno ria do menino, que não parava de reclamar um segundo da terra em sua boca, mas também odiou saber que havia terra em seu cabelo.

— Ei... Maninho... — fala Robin e recebe um olhar surpreso do menino — Eu fui um completo babaca por tratar você mal naquele dia, sabe... Você sempre esteve do meu lado, me ajudando e até achou esse porão para tentar salvar a gente... Você pode me desculpar? — pergunta hesitante.

O loiro sentia às lágrimas chegarem aos seus olhos e saírem de modo involuntário. O mesmo corre em direção do amigo e o abraça fortemente, mas rapidamente lembra-se dos machucados do mexicano e até tenta folgar um pouco o aperto, porém seu amigo o tranquiliza em relação a isso.

— Cara... Maninho, eu... — Finney tentava dizer o que estava sentindo naquele momento, mas suas lágrimas não deixava o menino expressar-se, isso acaba tirando risos dos seus amigos que assistiam a cena — Parem de rir! É difícil falar assim...

— Finalmente, vocês dois se resolveram — a menina diz sorrindo.

Finney encara o amigo, que está com um sorriso bobo observando a menina distraída demais rindo do loiro e até imitando o mesmo. Antes de Finney poder implicar com o garoto, o telefone toca e o mesmo vai atender. O menino atendeu e perguntou quem era, diversas vezes na verdade, mas a voz do outro lado da linha não dizia nada.

— Eu sei quem você é, você é Vance Hopper, você me assustava — diz Finney recebendo a atenção dos seus amigos que apenas escutava um lado da conversa.

Todos naquele porão sabiam quem era o tão temido Vance Hopper, mas se ele morreu, como eles iriam sair dali? Um garoto tão forte como o loiro, não poderia ser morto facilmente, então eles teriam que ser muito mais espertos do que seu sequestrador.

A ligação é encerrada e o menino corre em direção ao sanitário, retirando a tampa da descarga e começando a bater a mesma na parede de concreto.

O menino explicava que Vance havia o instruído a fazer, ele não pode terminar o serviço já que... Bom, vocês sabem. Então há uma pequena esperança que o freezer leve eles até a saída daquele inferno, porém às esperanças dos mais novos desaparecem assim que percebem que a porta está trancada e não haveria como eles saírem.

— Merda! — diz Robin e Finney senta-se no chão — Não tem como mesmo destrancar? — pergunta ao amigo que chora.

— Não... Não tem... QUE DROGA! — grita o loiro batendo no chão de concreto e recebe uma pequena bronca do mexicano, já que ele não queria que seu amigo machucado.

A garota que horas atrás analisava cada canto do porão, olha para a tampa e o telefone. Ela sabia que aquela seria a última ligação que Finney iria receber, então o telefone não teria mais nenhuma serventia.

— E se... Usarmos o telefone e a tampa como armas? — sugere recebendo um olhar confuso dos garotos — Podemos deixar o telefone mais pesado, como um martelo. A tampa seria como um reforço a mais — diz.

— Só quem sabe brigar aqui é o Robin... S/a, com apenas ele vai ser impossível sairmos daqui! — o loiro fala levantando-se rapidamente.

— Eu te ensino... Ele não bate na S/n, então ela poderia chamar a atenção dele para cá e poderíamos bater nele... É, esse é um bom plano.

O mexicano sorri junto ao loiro e aproxima-se da menina para abraçar a mesma, já que estava um tanto emotivo, mas inconscientemente, o moreno acaba beijando a garota que o olha surpresa. O beijo foi rápido para quem estava de fora, mas foi o suficiente para ambos ficarem envergonhados.

Infelizmente, Finney não presenciou o momento que tanto ansiava para ver, pois sua concentração estava no telefone.

As mãos do Arellano continuou na cintura da menina e o moreno desculpou-se com ela de forma breve, um pouco forçado também, logo soltando suas mãos da cintura da menina e indo ajudar seu amigo.

Ele não tem o porquê desculpar-se, está apaixonado, apenas isso, e a menina também gostou do breve momento em que seus lábios se selaram pela primeira vez.

•━━━━━━ END ━━━━━━•

𝗚𝗼𝘀𝘁𝗮𝗿𝗮𝗺 𝗱𝗼 𝗰𝗮𝗽 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘇? 𝗘𝗻𝘁𝗮̃𝗼 𝘀𝗲 𝗽𝗿𝗲𝗽𝗮𝗿𝗲𝗺, 𝗽𝗾 𝗮𝗶𝗻𝗱𝗮 𝘁𝗲𝗺 𝗺𝗮𝗶𝘀.

𝗘𝘂 𝗱𝗶𝘀𝘀𝗲 𝗾𝘂𝗲 𝘀𝗲𝗿𝗶𝗮 𝘂𝗺 𝗰𝗮𝗽 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘇 :)

𝗞𝗶𝘀𝘀𝗲𝘀.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora