𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒ

𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

Você era a irmã mais nova mimada de Vance Hopper e isso faz você ser a popular da sua escola - 5

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

A GAROTA CHORAVA no colo do garoto. Os irmãos já tinham perdido a conta dos dias em que estavam trancados naquele porão. Eles não podiam gritar, já que ninguém do lado de fora escutaria eles e nem poderiam sair pela porta, pois aquilo era somente uma emboscada do sequestrador.

— Eu quero morrer... — a garota fala e seu irmão tampa sua boca de imediato.

O loiro sentia uma dor enorme quando ouvia a garota dizer frases como aquela. Ele não queria que a mesma perdesse o que há de mais belo na vida, como o amor que ele sabia que ela nutria pelo mexicano.

— Fica quieta! — fala o garoto e olha para um canto da sala — Vamos pensar em alguma coisa! Não se preocupe — fala sorrindo para a menor.

A ansiedade estava cada vez mais presente no cotidiano da garota prisioneira. O homem sabia com maestria como fazer uma perfeita prisão mental com seus maiores medos, ele manipulava ambos os jovens graciosamente, podemos dizer que ele seria um político muito invejado pelo seus concorrentes.

Vance analisa cada canto daquele porão e já perdeu as contas de quantas vezes tentou falar com alguém pelo telefone desativado, pois pensava que como poderia receber ligações, poderia ligar também, infelizmente a lógica utilizada pelo loiro não estava correta.

— Vamos fazer um acordo com ele — sugere Vance e a menor assusta-se — Calma... Eu vou conversar com ele e...

Antes do mesmo poder completar, a garota dá um tapa na cara do loiro e com suas lágrimas ainda mais descontroladas. Ouvir aquelas palavras sendo pronunciadas, aquela sugestão de fazer um "acordo" com seu sequestrador, isso a mesma não poderia aceitar de maneira alguma. Para ela, a única coisa que pode ser sugerida para o homem era a sua morte.

— SUA MALUCA, QUEM VOCÊ PENSA QUE É PIRRALHA? — pergunta o loiro levantando-se e encarando a garota chorosa.

— SUA IDEIA É ESTÚPIDA! VOCÊ ACHA QUE ELE VAI FAZER UM ACORDO COM A GENTE? SEU IDIOTA! ELE NUNCA VAI FAZER ISSO! — a mesma grita com uma voz um pouco rouca — ACEITA QUE ESSA É A PORRA DA SUA NOVA REALIDADE!

Vance impulsivamente levantou o braço para bater na irmã, mas logo caiu em si quando viu a mesma proteger-se da mesma forma que fazia quando seu pai ia bater nela e o loiro tomava a frente.

O garoto suspirou profundamente abraçando a mais nova e acariciando seus cabelos, conseguindo ouvir mais de perto suas reclamações sobre estar presa e que não aguentaria passar mais um dia no inferno em que estão.

Na escola muitos comentavam sobre o desaparecimento dos irmãos Hoppers, claro todos também viviam perguntando ao Arellano como ele se sentia em relação ao desaparecimento da sua acompanhante, que muitos não sabiam que é a sua amada, porém ele desviava de qualquer questão relacionada ao assunto.

— Eu sei aonde eles estão, mas não conto para a polícia porquê quero ver o circo pegar fogo — diz um dos garotos e Robin escuta, o que faz o mexicano revirar os olhos.

— Estúpido — sussurra para Finn e o loiro rir do comentário do amigo.

Finney não sabia como o amigo sentia-se em relação ao desaparecimento da garota, ele não demonstrou nenhuma mudança perceptível de comportamento e isso matava Finney de curiosidade.

A menina havia ganhado um grande espaço no coração do mexicano, mas ele nunca deu muita abertura para a garota, pois queria que ela se afastasse e ela acabou de afastando, mas não do jeito que ele esperava.

A noite chegou na cidade de Denver e o mexicano assistia TV na sala. Seu tio não queria incomodá-lo, o mais velho sabia que o mesmo passava por um dos momentos mais tristes da sua vida e não queria abrir-se com ninguém, deixando tudo ainda mais difícil. O telefone da casa toca e Robin foi atender o mesmo.

O mexicano atende e ouve uma voz masculina do outro lado da linha, porém não sabe quem é o dono da voz, mesmo que soasse familiar. A voz dita 5 números para o garoto, formando o número 23317.

O menino não sabia o significado daqueles números e por isso perguntou a voz o que significava, mas apenas continuou ouvindo frases indecifráveis, assim o mesmo desligou o telefone e anotou os números com medo de esquecer.

O garoto continuava a pensar aonde tinha visto esse número e sabia que aquele era o endereço de alguma casa por causa da quantidade de números ditos, claro, não fazia muito sentido como ele chegou nessa conclusão, mas o importante era que mesmo está certo. Robin saí de casa e começa a andar em busca do endereço.

— Robin!? — Gwen chama o garoto que passa de carro com seu pai — O que você 'tá fazendo aqui fora, ainda mais nesse horário? — pergunta a garota.

— Eu... É; pode ser meio bobo, mas eu estou seguindo uma ligação — explica e a menina o olha confusa — Uma pessoa me ligou e deu o endereço de uma casa. E, estranhamente, sinto que já vi essa casa em algum lugar.

Gwen analisa o papel e percebe que Robin procura a mesma casa que ela. A mais nova sorrir e diz para o mexicano entrar no carro do pai da mesma, e instruí educadamente seu pai a seguir as coordenadas dadas pela mexicano.

Enquanto a sua irmã dormia, Vance pensava um modo de sair do porão. O loiro lembrava-se de pequenas informações dadas ao mesmo através do seu sequestrador. O garoto coloca seu ouvido na parede para vê se consegue escutar algo do exterior, já que as paredes isolava somente o interior do cômodo.

O loiro consegue ouvir leves tremores de terra e pensa que é um carro estacionando, logo depois escuta barulhos de sirene e junto uma luz vermelha e azul atravessando a janela com grades.

— Temos que chamar atenção dos policias... — diz Vance e caminha em direção a sua irmã, acordando a mais nova sonolenta.

— O quê? — pergunta brava.

O loiro explica seu plano para a mais nova que rir do irmão, mas acaba aceitando pois querendo ou não, havia um resquício de esperança em sair do lugar.

As escadas era a única passagem para sair do lugar, mas ele esperava os jovens. Ou eles arranjam outro jeito ou ficam presos até a morte.

•━━━━━━ END ━━━━━━•