𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒ

𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

Depois de 2 anos o Arellano volta e mata o sequestrador, mas ele não era mais o mesmo.

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

A GAROTA CORRIA EM DIREÇÃO aos seus pais, mas é pega pelo Grabber que coloca uma faca em seu pescoço ameaçando toda a polícia que cercava sua casa. O homem pensava que podia utilizar a menina como moeda de troca e assim consegui a sua liberdade salvando-se das autoridades, mas não contava com o garoto que atirou de modo certeiro em sua cabeça.

A menina sente o peso em suas costas e o sangue do mais velho escorrer em sua nuca, logo afasta-se do mesmo e encara o homem cair brutalmente no chão, a garota olha e ver o mexicano com uma espingarda mirando na cabeça do homem, mas logo baixa a arma encarando todos ali.

O menino estava com uma blusa regata preta com um casaco xadrez amarrado em seu quadril e com sua bandana de sempre, seus cabelos pretos estavam mais longos que a dois anos atrás e molhados também. O garoto aproximou-se do homem e atirou mais uma vez em sua cabeça, como forma de garantia da morte do homem.

— R-Robin? — a menina olha desacreditada para o garoto. Sua aparência não era mais a mesma, a última vez que se viram o menino tinha um rosto um pouco mais juvenil, mas agora está com o rosto de um adolescente.

Finney caminhou para frente dos policiais e ficou uma certa distância do menino, o encarando por um bom tempo, mas logo correu e puxou S/n para irem em direção ao amigo até então morto. Os amigos abraçam o mexicano que não retribui o gesto, mas ambos podiam sentir o coração do moreno acelerado.

A dupla tinham muita curiosidade para saber como ele estava vivo e como ele falou com Finney, já que o telefone falava apenas com as outras vítimas mortas do Grabber. Todos tinham perguntas, todos queriam respostas, mas o menino não falava nada, apenas pedia para que seu tio aparecesse e o levasse para sua casa, sua tão amada casa.

[...]

— Então, não vai falar nada? — pergunta ao garoto que olha a rua passar pela janela do carro — Sabe, você sumiu do nada e achamos que você estava morto, pode ao menos dar uma explicação, não é? — perguntou o tio do menino.

— Eu fugi do porão e voltei — respondeu o mexicano seco com seu olhar ainda focado nas ruas.

— Isso é bem vago.

— Isso é o que você precisa saber! — diz o mexicano e pela primeira vez encara o seu tio — Foi mal... Um dia eu te conto, mas por enquanto; apenas me deixa em paz. Pode ser? — pergunta e seu tio que assenti.

O menino sentia um misto de emoções, ele sabia que todos iriam perguntar sobre o seu sumiço e que nada seria como antes, ele estava apenas preparando-se psicologicamente para essa mudança.

Robin ainda se lembrava com detalhes o dia que foi sequestrado.
O garoto namorava S/n e iria se encontrar com seus amigos para ajudá-lo em matemática, contudo, ele nem chegou a casa do seu amigo, Finney, por causa do homem daquela maldita van.

Ele não gostava de lembrar o que havia vívido, mas ainda sim não queria deixar aqueles que amava com dúvidas e teorias rodeando suas cabeças, portanto, queria esperar um pouco para contar, pois isso fazia o mesmo mexer em uma lembrança, uma bem dolorida de se reviver.

A garota saí do carro do tio do garoto, já que acompanhou eles ao lado do loiro. O menino saí sem falar nada e caminha em direção a casa rodeada de vizinhos curiosos. O garoto larga a arma que carregava do lado de fora da casa e entra na residência, indo direto para seu quarto.

— Não é ele, eu sinto isso — fala o loiro encarando às escadas que dão acesso ao segundo andar - Ele 'tá muito diferente S/a, eu tenho certeza!

— É...

— O que você vai fazer agora? Tipo, em relação ao seu namorado — pergunta o loiro.

Ah, sim! O namorado da garota, um namorado que ela não amava de verdade e apenas tinha começado o relacionamento para suprir sua carência, fora que o menino aproximou-se dela quando a mesma estava em um momento de vulnerabilidade e quando sentia-se perdida pela suposta morte do mexicano.

Agora com a volta do moreno, ela não sabia o que fazer, continuar com o menino parecia errado, quer dizer, desde o começo já era errado, mas ela não sabia se gosta dessa nova personalidade distante do Arellano. Ela não sabia como iria resolver isso, mas sabia que sua vida amorosa era o de menos agora e queria apenas saciar sua curiosidade sobre o mexicano.

— I need someone to show me
The things in life that, i can't find... — cantarola o moreno a música que ouvia nos fones de ouvido e fazendo batuques em seu joelho.

Essa havia tornado-se sua música favorita desde que tinha saído de Denver e descoberto a banda de rock. Ela o tirava da realidade e acalmava sua mente conturbada, ele não sabe o porquê voltou para a pequena cidade, mas ainda sim, gostou de ter voltado para sua família e amigos.

Principalmente, ter voltado para uma pessoa tão especial para ele e que ainda continuava nas suas melhores lembranças, e essa pessoa sentia o mesmo em relação ao garoto.

•━━━━━━ END ━━━━━━•