𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Você acaba descobrindo que seu pai é o sequestrador e acaba recebendo um último pedido de uma das vítimas - 4

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

ROBIN FOI ENCONTRADO DORMINDO pela garota, nem aparentava que ele havia sido sequestrado, pela calma que ele dormia e como sua respiração estava lenta e cansada; ele precisava dessas noites de sono; isso era o que ela achava que acontecia, que seu amigo estava cansado. A menina não queria acordar o garoto, mas ela sabia que não teria muito tempo ali embaixo pois seu pai logo voltaria do mercado.

A garota balançou levemente o moreno, porém ele não acordou, o que fez mesma estranhar, já que o menino tinha um sono bem leve, sabia disso por causa das suas aulas de matemática com o menino, aonde qualquer barulho o acordava. Robin não estava em um sono normal, um sono por causa do seu cansaço excessivo ou qualquer outra coisa, ele estava dormindo porquê foi dopado; o pai da menina havia feito isso.

S/n suspirou cansada; ela sabia que não poderia deixar o menino ali; sabia que ele poderia ser morto por seu pai e não queria isso; não queria isso acontecesse com mais ninguém, contudo, ela não conseguia acordar o menino e a culpa não era dele. A garota ouve a porta de cima ser aberta e seu pai parece resmungar, então, logo tratou de encostar a porta do porão e esconder-se no corredor que tinha no espaço, torcendo para que ele não viesse verificar como estava a sua vítima.

— Aí, porra! — reclama o mais velho após ter tropeçado no último degrau da escada, logo abrindo a porta — Ah, você ainda está aqui — fala.

O homem senta-se e pela primeira vez, a menina de relance conseguiu ver a máscara que ele usava. Aquela máscara não era assustadora para ela; aquela máscara foi uma relíquia de família, algo que seu falecido avô tinha dado como presente quando seu pai era mais novo; não sabia quais eram as utilidades dela, mas sempre gostou de admirar... Agora não mais.

Robin, aos poucos, acorda do seu sono induzido e tenta o máximo se esforçar para sentar-se, contudo, seu corpo parecia não querer obedecer o menino. Ele sentia dores em suas costas, não sabia se era pelo cansaço ou por outra coisa, além que seu braço ardia graças aos arranhados que tinha conseguido na luta, o moreno também lembra que seu pé doía por causa que tinha prendido ele na porta da van.

— Tudo bem? — o moreno ouve a voz do mais velho e no mesmo instante afasta-se ainda mais para a parede — Ei, eu não vou te machucar garoto — diz para o menino que rir.

— Claro... Só me sequestrou e me dopou — fala sorrindo para o mais velho que revira seus olhos atrás da máscara — Me deixa sair daqui! — pede.

O garoto sabia que o mais velho não iria soltar ele, mas ainda havia uma pequena parte sua esperançosa para que o homem lhe deixasse sair daquele pequeno espaço; uma parte sua queria que ele simplesmente aceitasse e liberasse o mexicano dali, mas ele sabe que isso não acontecerá, sabe que as outras vítimas do homem deve ter pedido o mesmo para ele.

S/n pedia mentalmente para que seu pai fosse para o primeiro andar e deixasse o moreno em paz, já que assim ela poderia ir para cima sem ser vista pelo homem, contudo, ele parecia gostar de deixar o mais novo com dúvidas crescentes e com receio do que ele poderia fazer com o garoto questionador.

— FALA ALGUMA COISA HIJO DE PUTA — ordena o mais novo e isso chama a atenção da menina; que olha de relance para seu pai sentado perto da porta, mas logo volta a sua posição totalmente escondida.

— Falar... O quê? — pergunta fazendo o moreno calar-se.

O homem sorriu ao ver a dúvida aparecer nos olhos do mais novo, ele sabia o menino se encontrava confuso com o que acontecia. Ele não queria que o homem lhe desse uma explicação, ou ele falar do porquê faz isso, ou qualquer outra coisa do tipo; ele não sabia o que queria ouvir, mas sentia que precisava ouvir alguma coisa que tranquilizaria sua mente turbulenta.

A garota suspirou cansada por esperar tanto tempo, mas não iria deixar seus impulsos de aparecer e puxar o moreno para fora tomar conta do seu corpo, então, apenas tentou distrair a sua mente analisando o corredor entediada. A menina percebeu que um dos pisos estavam soltos e uma parte da parede não estava velha, na verdade, tinha sido reformada.

— Se vai ficar calado; deveria me deixar sozinho — sugere o garoto passeando o olhar pelo telefone — ¡Estúpido idiota! Apuesto a que si hablo español no lo entenderás, ignorante de cojones. Espero que mueras.

Yo hablo español chico — o homem fala e isso chama a atenção do menino — Aprendi em uma das minhas viagens para a Espanha.

— Eu sou mexicano, racista de merda — responde o menino sorrindo, mas aquilo não foi suficiente para tirar a tranquilidade absurda do mais velho.

A garota ouve o homem distanciando-se do porão e encostando a porta que dava acesso a escada, esse gesto foi percebido pelo garoto. Contudo, antes dele se levantar, a menina fez primeiro aparecendo em sua frente e deixando-lhe confuso.

Ele nunca ouviu uma menina ser sequestrada, os cartazes não mostravam nenhum rosto feminino e todos sabiam do padrão que o mais velho seguia, porém não queria ser indelicado e perguntar isso para a sua amiga. O moreno caminhou até a mesma e abraçou a menina, apertando de um modo que não iria machucar ela, era somente uma forma dele mostrar que sentia saudades.

A mesma não queria mentir para o seu amigo, mas sabia que se falasse que era filha do homem que lhe sequestrou abalaria sua relação com o garoto, deixando a menina em um dilema que não parecia bom em nenhum dos lados da situação.

•━━━━━━ END ━━━━━━•

𝗡𝗼 𝗘𝗨𝗔, 𝗻𝗮̃𝗼 𝗲𝘅𝗶𝘀𝘁𝗲 𝗼 𝘁𝗲𝗿𝗺𝗼 "𝘅𝗲𝗻𝗼𝗳𝗼𝗯𝗶𝗮", 𝗽𝗼𝗿 𝗶𝘀𝘀𝗼, 𝗲𝗹𝗲𝘀 𝗰𝗵𝗮𝗺𝗮𝗺 𝗮𝘀 𝗽𝗲𝘀𝘀𝗼𝗮𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗲𝘁𝗲𝗺 𝗲𝘀𝘀𝗲𝘀 𝗮𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗲 "𝗿𝗮𝗰𝗶𝘀𝘁𝗮𝘀".

𝗨𝗺𝗮 𝗯𝗿𝗲𝘃𝗲 𝗲𝘅𝗽𝗹𝗶𝗰𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼, 𝗰𝗮𝘀𝗼 𝘃𝗰 𝗲𝘀𝘁𝗲𝗷𝗮 𝗰𝗼𝗺 𝗱𝘂́𝘃𝗶𝗱𝗮.

𝗞𝗶𝘀𝘀𝗲𝘀.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora