𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Você acaba descobrindo que seu pai é o sequestrador e acaba recebendo um último pedido de uma das vítimas - 5

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

O MENINO ENCARAVA PENSATIVO SUA AMIGA, ela havia acabado de lhe contar que é filha do homem que, em suas próprias palavras, lhe sequestrou e dopou. Ele sentiu-se completamente dividido no momento em que ouviu a revelação da garota quando questionada a forma que entrou no lugar fechado; uma pequena parte sua começou a odiar a menina, mas a outra gritava implorando para ele lembrar-se que aquele era um pequeno e insignificante detalhe. Ele sabia qual dos lados era certo de se ouvir.

A garota encarava o chão, pois o olhar do mexicano queimava sob ela, ele parecia analisar todos os momentos que passou com a menina e ela sabia disso; sentia isso em sua pele, somente pelo olhar do moreno. Ela não poderia esconder esse detalhe do menino, não faria diferença; tanta diferença, ao menos para ela. A mesma apenas não sabia como o seu amigo — amado, impulsivo reagiria a toda essa revelação, mas sua mente lhe garantia que seria melhor trabalhar com a verdade, já que entende que o mexicano é alguém naturalmente desconfiado.

— Robin, pelo amor de Deus, para de ficar me encarando...! Essa sua mania deveria ser revista! — reclama a menina tentando esconder o nervosismo que sente.

— ... Sabe, não é sua culpa — fala o menino e a menina o questiona sobre o que ele falava — Se martirizar pelo o que seu pai está fazendo... O que ele faz não é a sua culpa — comenta sorrindo para a menina levemente, depois, caminha em sua direção e pega em suas mãos.

Aquele gesto foi o suficiente para a menina sentir um nervosismo crescente, além de sentir suas bochechas arderem pela vergonha que sentia de estar tão próxima ao menino que amava. Robin, ele gostava dessas pequenas demonstrações de interesse da menina, como a mesma reagia com os pequenos gestos receosos do menino.

Mi hermosa, não quero que se culpe pelo que ele está fazendo; ele é o homem mal! Você... Você é uma benção enviada para me ajudar a passar por isso, alguém que está fazendo o certo. Não posso imaginar a dor que está passando em descobrir que aquele filho da pu...! Digo, aquele filho do homem, é seu pai. Eu não imagino como deve está sendo para você, es muy fuerte para eso.

As palavras de carinho do mexicano, foi como o mundo para a menina que sentia-se tão perdida, foi como se alguém tivesse lhe dado permissão para chorar, para ser humana, como se alguém lembrasse a mesma que ela era apenas uma criança que não merecia estar passando por aquilo, ela não merecia a vida que tinha.

Lembrar que o que acontecia não era culpa dela; lembrar ela não é ele, e que os erros do mais velho eram apenas dele. Foi um peso retirado das costas da mais nova, que desabou em lágrimas abraçando o menino.

Nós vamos sair daqui, ele não vai te machucar. Eu prometo, prometo isso acima de tudo, meu amor, não se preocupe — dizia o garoto acariciando as costas da menina que não parava de chorar em seu ombro.

O moreno até tinha esquecido das dores que sentia, sabia que elas não eram importantes agora, não neste momento que sua amada precisava dele. S/n, lembrou-se após alguns minutos que tinha que voltar, que precisava voltar, mas não podia levantar suspeitas do seu pai. Isso seria uma missão um tanto que difícil, porém ela iria dar um jeito.

A garota caminha pelo lugar observando cada parte e vendo a pequena janela que tinha ali; Robin, não estava concentrado nisso, mas suspeitava da porta aberta e não queria subir de jeito nenhum, sabia que era uma armadilha.

A menina encara um pedaço de fio que saía da parede e foi até o mesmo, e puxou, tirando um longo cabo que estava escondido naquele pequeno canto; a mais nova também lembra-se do buraco que alguém havia cavado e estava escondido, aquilo deu uma perfeita ideia para a menina.

[...]

O homem esperava sentado o mexicano aparecer em sua frente, ao seu lado, havia um chicote recém comprado, que ele havia aproveitado para pegar quando foi a loja pegar os materiais de sua filha para o trabalho. O mais velho foi elogiado pelo atendente, dizendo que ele era um pai bastante amoroso e que com toda a certeza sua filha deveria amar ele, pois, poucos sairiam aquela hora para ajudar seus filhos. Cômico, de fato.

O mais velho ouve barulhos da escada e levanta-se preparado para bater no menino que vinha, contudo, o homem sem querer acabou batendo nos braços da menina que tentou proteger o seu rosto da chicotada do mesmo, fazendo ele se desesperar por ter machucado a garota e por se questionar o que ela tinha visto no porão.

— Ah, meu amor... Está machucada — pergunta analisando o braço da sua filha que nega, após ver que tinha apenas a marca do objeto. Um arrepio cruzou a pele da menina, ao pensar que aquilo era para o seu amigo — O que fazia lá embaixo...? — pegunta desconfiado.

— Estava... Me escondendo — mente a menina para o mais velho que olha a mesma curioso — Eu ouvi um barulho de grade... Nos fundos... Deu muito medo, também tinha uma voz... Parecia que resmungava alguma coisa... Também vi um reflexo na janela, então eu fui para o porão — explica a mesma.

O homem questiona como sua filha amada não tinha visto o moreno, bom, ele sabia que ela era muito observadora, não é a toa que ele dispersava a sua atenção quando precisava... Bom, ela era uma menina atenta aos detalhes. A curiosidade do mais velho o consumiu por inteiro, e o fez descer até o porão.

A menina perguntava ao mais velho o motivo dele descer até o porão, mas suas dúvidas não foram respondidas. Chegando no espaço, não havia ninguém ali, apenas a grade da janela amarrada em uns fios soltos, também tinha marcas de sapato na parede, o que ele soube apenas por causa da sua filha que lhe disse.

O homem resmunga após ter visto todo o espaço e manda a garota deixar o local, e faz o mesmo, deixando a porta aberta e instruí a menina ir para o quarto, pois ele teria que dar uma rápida saída.

•━━━━━━ END ━━━━━━•

𝗧𝗲𝗺 𝘂𝗺 𝗮𝘃𝗶𝘀𝗼 𝗻𝗼 𝗺𝘂𝗿𝗮𝗹, 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗾𝗺 𝗾𝘂𝗶𝘀𝗲𝗿 𝘃𝗲𝗿.

𝗞𝗶𝘀𝘀𝗲𝘀.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora