𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Vocês não se conhecessem e nem tem amigos em comum, a única coisa que poderia unir vocês; seria o amor de Finney por Donna - Spin-Off.

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━━

A GAROTA CONCENTRAVA-SE nos seus estudos extracurriculares. As famosas "férias de verão" já estavam chegando, o que deixava os alunos muito animados, já que isso era sinal que as aulas estavam acabando. Contudo, a menina sentia-se triste em saber que veria o mexicano somente se cruzassem por acaso as ruas da cidade.

Donna aconselhava a menina a não falar com seus pais sobre o namoro todas às vezes que a possibilidade surgia na cabeça da garota. A amiga sabia que o seu conselho não era os dos mais aceitáveis, mas era o único modo de preservar a pequena felicidade concedida a garota. S/n escutava Donna e levava seus conselhos a sério, pois sabia que a menina queria apenas o seu bem e confiava de olhos fechados na mesma.

A garota está concentrada em ler o seu livro sobre a principal filosofia de Sócrates, a menina acha o filósofo um tanto que tedioso, mas reconhece que é um homem sábio; do seu modo.
"Conheça a ti mesmo" essa era uma das frases que mais aparecia em seu livro de estudos.

Pequenas batidas são ouvidas em sua janela e isso desvia a atenção da garota, ela tinha bastante medo, mas dependendo da situação, a mesma achava até clichê e bonito — podemos dizer assim.

— O que você está fazendo aqui? — pergunta a menina sorrindo para o garoto que havia jogado pedrinhas na janela da mesma.

Robin não era uma das pessoas mais românticas ou que seguia um roteiro de filme clichê, porém aquele era o único modo dele vê-la antes da mesma passar suas férias trancada em seu quarto estudando.

— Não posso mais visitar mi hermosa? — perguntou rindo para a menina de semblante animado e um pouco desesperado, já que seus pais assistiam TV na sala.

O mexicano era confiante de si, essa era sua personalidade, ele sabia o que poderia fazer e se não pudesse... Faria da mesma forma. O garoto subiu na árvore próxima a janela da garota, deixando a mesma mais angustiada que antes.

"Você vai viver altas aventuras" ou "Ele é doido, mas confia nele." Isso era o que a menina ouvia dos seus amigos no começo do seu relacionamento, e eles tinham razão. Ele não é uma má influência como os pais da menina pensam, na verdade ele está apenas  ensinando a garota a viver, ver o que a mais de belo e escrever a sua história, não ler a de outras.

— Eu não estou acreditando nisso, Robin! Se meus pais te pegam aqui, você vai ser...

— Morto, aprisionado, torturado, humilhado, apedrejado, sufocado, afogado, apunhalado, esfaqueado e outras coisas a mais — cita o discurso famoso que a menina utilizava para ele não cometer nenhuma besteira.

A garota rir por causa que nem ela mesma sabia que dizia aquelas coisas, apenas repetia o que seu pai vivia dizendo o que aconteceria caso a mesma tivesse baixo rendimento nas provas ou caso se intrometesse em algo. A frase é um tanto que problemática, isso sem dúvidas é, porém a garota não via assim, via apenas como um incentivo da parte do mais velho.

O mexicano deita-se na cama bem arrumada da menina e começa a folhear um dos livros que estão na mesa ao lado. Ele nunca se interessou por livros didáticos, mas era o único passatempo que tinha quando estava com a garota, era isso ou os livros de romance e convenhamos que; ele não era o fã de casais apaixonados.

Os pais dela não suspeitavam do namoro da filha, eles não são burros ou nada parecido, apenas o namorado da garota que é um bom mentiroso. Ele mentia com facilidade e não gaguejava em suas mentiras, conseguia enganar os mais velhos olhando no fundo dos olhos dos mesmos. Isso poderia ser um dom... Um pouco maléfico, mas ainda sim um dom.

[...]

— Eu não aguento mais — sussurra a mais nova para si depois de passar horas decorando a biografia de Sócrates. O menino riu com a desistência da menina e logo foi em sua direção retirando o livro da frente da garota.

— Eu disse que passar a quinta em casa era bem pior — provoca o mexicano — Sei que não gostamos tanto do Moose, mas a festa dele seria bem melhor que passar a noite estudando.

Ah, sim! A festa de aniversário do garoto que brigava quase todos os dias com o moreno. Eles não se davam bem e todos sabiam disso, mas não seus pais, por isso o maior foi obrigado a convidar o mexicano que não recusou por estar na frente da mãe do mesmo. Ele passou uns minutos na festa e conseguiu fingir perfeitamente ter uma boa convivência com o menino, mas logo saiu e foi em direção a casa da sua amada.

S/n sabia que ele tinha razão, mas ela foi obrigada a recusar e disse que passaria a noite estudando, sua presença não fazia tanta diferença para o garoto, que apenas aceitou o não da menina.

— Vamos — diz o de bandana puxando a menina sem machucá-la em direção a janela — Vamos para a festa do Moose.

A garota nega de imediato, sabia que se não estivesse dormindo ou fazendo qualquer outra coisa trancada em seu quarto, os seus pais matariam a mesma. Robin suspirou e apenas sorriu para menina, ele sabia como tranquilizá-la e também sabia como mostrar claramente os problemas evidentes de sua vida para a garota, que dar-se por vencida.

Ambos saem pela a árvore que o mesmo subiu, não sem antes montar um corpo falso com travesseiros e deixar às luzes apagadas, e o quarto minuciosamente arrumado.

Eles eram diferentes um do outro, muito diferentes um do outro, mas ainda sim belos. É de se admirar o quanto eles se amam e quanto cuidado tinham um com o outro.

•━━━━━━━ END ━━━━━━━•

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora