𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎

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Depois de 2 anos o Arellano volta e mata o sequestrador, mas ele não era mais o mesmo - 6

━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━

O LOIRO OBSERVAVA a casa em que havia sido mantido em cativeiro. Agora, a casa estava com acesso restrito somente para os policiais que investigavam o que o sequestrador fazia com seus vítimas, pois o mexicano não quis falar muitas coisas sobre o ocorrido, pronunciava apenas a mesma frase: Quero ir para casa. Isso foi cansativo aos policiais, já que seu trabalho não foi poupado pelo moreno.

Finney sentiu um estranho arrepio em sua nuca, virou-se vendo que um pouco distante dele encontrava-se o seu amigo encostado em uma árvore, na verdade, seu melhor amigo. Robin está sentado debaixo da árvore e está com doces em suas mãos, o mexicano faz gestos em direção ao loiro indicando para ele se aproximar e comer junto a ele, claro, o menino aceita passar o tempo com seu amigo, já que havia mais uma dúvida em sua mente.

— Nossa... Isso é muito azedo — Finney reclama e encara o moreno que comia calmamente a balinha.

— Aham, o melhor que tem o seu nome nela. Deveria se sentir representado — brinca Robin e isso tira risos de ambos os garotos.

Finney para de sorrir aos poucos e continua a observar a casa, já que estão em frente a mesma. Ele não sabe o porquê estavam ali ou porquê ambos estavam ali assistindo a casa que havia tornado-se uma cena de crime, contanto, observar a casa trazia a estranha sensação que seus pensamentos estavam brevemente organizados, e isso era reconfortante para os garotos.

— Maninho... — o loiro diz impulsivo e para por alguns segundos, depois abaixa a sua cabeça soltando um riso tímido - Te chamar desse jeito é tão estranho... Parece que eu estou chamando meu cachorro — fala encarando o mexicano e ambos riem.

— Está me chamando te cachorro, Finney Blake? — pergunta sarcástico e recebe um balançar de cabeça do loiro ao seu lado. Finney para de sorrir e depois encara o moreno, que mantinha seus olhos serenos na casa que carrega traumas incontáveis.

— Sabe... Como você... Como você falou comigo? Tipo, lá dentro do porão? — pergunta ao menino.

Essa pergunta estava rodando a cabeça do garoto fazia dias, mas ele não queria perguntar para não desencadear uma crise de ansiedade no mexicano, ainda mais quando seu amigo está tentando livrar-se dos remédios que podem lhe tornar um viciado — palavras dele. Finney entende que aquele poderia ser um assunto delicado, algo que não deveria jamais ser mexido e tentava respeitar isso, porém a sua curiosidade em certos assuntos era tamanha que nem o próprio poderia conter.

— Foi um... Golpe de sorte — fala o menino e o loiro o questiona — Os fios... Não estavam totalmente desconectados, ele mentiu para você, assim como mentiu para mim — explica o moreno — Meu irmão ele me ensinou umas coisas; coisas ilegais, mas do mesmo jeito me ensinou algo. Quando eu estava vindo para cá, parei em um lugar que tinha telefone e acabei recebendo uma chamada sua quando você discou números aleatórios; por isso, foi um golpe de sorte.

O moreno explica que aquele telefone poderia não estar conectado a rede telefônica da cidade e poderia ser de outras, por isso ficou um tempo a mais em sua parada, esperando o momento certo de ligar e falou coisas que poderia ser útil para Finney. O loiro questiona o porquê dele ter mentido dizendo que morreu e o mexicano explica que aquilo era para motivar o amigo, entende que mentir foi errado, mas aquilo era necessário para Finney.

— Que louco... — responde o loiro e a menina passa por eles — S/A! — grita Finney e recebe uma encarada do garoto ao seu lado, mas suaviza a sua expressão ao ver a mesma se aproximando.

A garota senta-se entre os meninos que deram espaço para ela e o trio começa a observar a casa comendo os doces. Eles sabiam o que sentiam, era como uma terapia, uma bem esquisita, contudo, ajudava de alguma forma eles superarem o que tinha acontecido.

Todos ali foram sequestrados, todos passaram pelas dores de uma tortura mental bem feita, todos passaram pela pressão criada pelo homem, mas todos tinham suas particularidades que lidaram naqueles tempos difíceis; eles sabiam disso. Robin não queria ter visto seus amigos sofrerem, S/n não queria ter chegado tarde demais para impedir uma tragédia, Finney não queria ter que ver seus amigos lidando com tudo isso. Aquilo era demais para eles, mas ainda assim era suportável para os jovens.

A menina encosta sua cabeça no ombro do mexicano próximo que sorriu levemente com o contato. Ela sentiu-se tranquila perto do menino, de alguma forma, ele passava uma segurança que não poderia ser descrita pela menina, mas poderia ser sentida por ela. Apenas isso era o suficiente para ela.

O loiro encara o casal não assumido e viu a menina com a cabeça encostada nos ombros do moreno, parecia transparecer tranquilidade perto do mesmo, o que fez ele sorrir vitorioso, pois conhecia os amigos estrangeiros. Finney diz que vai comprar mais balinhas e despede-se dos amigos, deixando eles aproveitarem o pequeno momento juntos.

O coração barulhento do mexicano era a música perfeita de adormecer para a menina que arrumou-se no abraço junto ao seu amigo — amado. Robin sorriu tímido e agradeceu aos céus pela mesma não ter visto, depois começou a acariciar o cabelo da mesma, feliz por ter ela ao seu lado.

•━━━━━━ END ━━━━━━•

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora