Você acaba descobrindo que seu pai é o sequestrador e acaba recebendo um último pedido de uma das vítimas - 3
━━━━━━ NARRADORA ━━━━━━
A MENINA CUMPRIMENTA BREVE O SEU AMIGO, mas algo chama a sua atenção no rosto do loiro. O menino estava com uma expressão triste em seu rosto, uma expressão que lhe deixou preocupada, ela sentia vontade - muita vontade, de perguntar o que acontecia, contudo, não queria parecer uma intrometida e não queria arriscar saber da vida pessoal conturbada do seu amigo.
Finney não conseguiu contar para sua amiga o que tanto lhe incomodava, por acusa do sinal da sua escola que o interrompeu. A dupla adentra o espaço escolar, mas antes deles poderem entrar em suas salas, os alunos foram orientados a ir ao ginásio para um breve comunicado, o que deixou muitos desinformados curiosos, isso também incluía a menina que apenas deu de ombros e caminhou para o lugar dito.
- Hoje vamos prestar a nossa solidariedade para a família do nosso aluno, Robin Arellano. Ele infelizmente não apareceu em sua casa ontem há noite e nem foi visto por vizinhos no amanhecer do dia, então... O mesmo está desaparecido.
A garota parou por um momento ao ouvir a frase que o seu amigo, ou melhor, sua paixão secreta estava desaparecida. Isso fez a mesma engolir seco em pensar que ele estava debaixo da sua casa; sofrendo as torturas do seu pai e as suas torturas internas causadas pela sua mente; além que mais ninguém sabia aonde ele estava, somente ela sabia.
A garota respira profundamente e saí do local, atraindo os olhares dos outros alunos para a mesma, contudo, isso foi ignorado pela menina preocupada com seu amigo.
Ela não podia acreditar, quer dizer, uma pequena parte dela não conseguia acreditar que o mais velho tinha sequestrado mais alguém, mesmo depois de saber que sua filha tem o conhecimento das suas práticas imorais. Ela não conseguia encarar a ideia; digerir e aceitar tudo aquilo, uma parte da sua mente esperançosa negou-se acreditar que foi o grisalho, porém uma sua parte mais racional sabia que aquilo era a realidade; a cruel realidade.
A garota chega em casa e nota seu pai sentado observando a TV desligada, ela queria fingir não ter visto ele ali, contudo, o mais velho chamou a mesma. Várias opções aparecia na mente da menina confusa; ignorar ele? Fingir não ter ouvido? Fingir que aquilo não era real e apenas um pesadelo?
Essas opções pareciam viáveis, mas irreais demais para ele acreditar, por isso, optou por fingir que não sabia do sequestro do moreno, já que sua cabeça também pensava que para conseguir fazer seu pai pagar pelos seus atos, a mesma também precisaria da sua confiança.
- Aquele garoto que estava te abraçando... - inicia o mais velho - Quem ele era? - pergunta.
- Ah... O Robin... Ele é um conhecido meu, na verdade, ele nem foi para a escola hoje... - a menina procura sinais no rosto do homem, alguma coisa que pudesse usar contra ele ou que gritasse por arrependimento dos seus atos cruéis, contudo, ele apenas bebe mais um gole da sua cerveja calmamente.
- Sabe que não foi eu, não é...? - pergunta e a mesma assenti hesitante - Eu nunca irei machucar nenhum dos seus amigos minha filha querida. Nunca irei fazer mal as pessoas que te fazem bem... Esse garoto te faz bem? - questiona e ela concorda - Então... Daqui uns dias ele deve voltar.
Mentira, aquelas palavras eram mentirosas, todas as que ele já falou em sua vida são mentirosas, falsas, ensaiadas, planejadas para agradar. O homem brinca com a vida das pessoas - com a vida das crianças; brinca com as mesmas, como se fosse um jogo realista, como se fosse apenas mais uma das suas peças e que não alteraria em nada, pois seria guardado em uma caixa e poderia recomeçar do lugar aonde parou, mas não era assim, não era desse modo que funcionava.
S/n concorda com o seu pai, sabia que não poderia fazer nada além disso enquanto ele estivesse em casa, ela precisava achar um jeito do mais velho sair do espaço, ir comprar alguma coisa, ela precisava libertar Robin, precisava fazer ele sair dali.
[...]
- Pai... - chama o mais velho fingindo estar sonolenta. Estava de noite, então ele acreditaria na mesma... Não é?
- Diga querida - fala analisando alguma coisa em sua mesa, parecia um cartão de contas, um recibo que não interessava a menina - Precisa de algo?
- Uhum... Quarta vamos ter que apresentar uma maquete... E eu me esqueci de falar, sinto muito - diz a menina e é puxada por seu pai para um abraço.
Na mesma hora, a garota sentiu vontade de se afastar. A lembrança da sensação do sangue molhar a sua roupa; a imagem de Bruce morto em seus braços que sua cabeça reproduzia com perfeição o momento que passou, contudo, ela teria que conquistar a confiança do mais velho, fazer tudo voltar como era antes, voltar a fantasia, o teatro que era. A menina retribui o gesto.
- Está tudo bem meu amor, eu posso comprar agorinha se quiser - fala e a menina tenta disfarçar, como "está tarde, tem certeza?", contudo o mais velho já havia decidido comprar os materiais para a sua filha - Vá dormir e não abra a porta para ninguém - pediu para a mais nova sorrindo.
Havia momentos - breves e ligeiros momentos; que a menina repensava sobre a ideia de estragar a vida do seu pai, pelos sentimentos paternos que nutre por ele e a sua empatia, mas era apenas uma pequena parte da raiva que a consumia por saber que todos os meninos que se aproximou um dia, foram mortos pelo mais velho.
Ela sabia dos riscos quando resolveu ajudar suas vítimas, quando o último pedido foi direcionado a ela...
A mesma aceitou todos os riscos, e iria até o fim para ajudar todos eles.•━━━━━━ END ━━━━━━•
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𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ᵐⁱᵍᵘᵉˡ ᶜᵃᶻᵃʳᵉᶻ/ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒ
FanfictionUm pouquinho de ilusão para vocês que precisam disso, eu sei que vocês precisam disso. Eu nem sei pq tô fazendo isso. ʚ Nada de hot, sério, se você ler isso com pessoas de menor ou que explicitamente pediram para não serem sexualizadas, deveria proc...