Capítulo 32

1K 146 53
                                    

Ao terminarem o serviço sujo, aqueles garotos  desconhecidos fugiram antes que alguém chegasse, deixando Minho e Jisung, ambos feridos no chão. Por serem pegos desprevenidos e estarem em quantidade menor, nem ao menos tiveram condições de se defenderem.

Com certa dificuldade, Minho levantou-se e caminhou devagar em direção à Jisung que gemia de dor. 

— Você está bem? Consegue ao menos se lembrar de ter sido espancado?

— Claro que eu lembro. 

Minho ajudou-o a se levantar colocando o braço dele em volta de seu ombro e  assim caminharam lentamente até o carro. Mesmo ainda sentindo seu corpo dolorido e as feridas arderem, Minho dirigiu até sua casa e quando chegou entrou com Jisung.

Ele o deixou sentado em seu colchão e foi buscar a maleta de primeiros socorros, que graças à mãe paranóica e com preocupação excessiva, nunca faltam medicações necessárias. Voltando à sala, ele se agachou em frente a Jisung para começar a cuidar de todos os seus ferimentos.

— Eles passaram totalmente dos limites desta vez. Eles precisam aprender que... não podem machucar alguém que é tão importante para mim. Me deixe fazer seu curativo.

Ela sentou-se pegando um dos algodões molhando com soro fisiológico para limpar a ferida.

— Dói muito? 

— Não tanto. Meu rosto ficou muito destruído? Com certeza levarei uma bronca da capitã de torcida.

— Você é tão você! Depois de levar uma surra, o que importa para você é sua aparência. Vire.

Segurou no queixo do Han e virou o rosto dele para o lado, chegou perto e começou a passar o algodão no canto de sua boca. Jisung fez uma careta sentindo o contato do algodão molhado com o local machucado.

— Desculpe.

Minho continuou a passar o algodão cuidadosamente e em seguida o moveu para um pouco acima de seu nariz, em seguida indo para o ferimento da maçã do rosto.

— Vai doer um pouquinho. Espere um pouco.

Após isso, jogou o algodão na bolsinha de lixo e pegou  a pomada colocando uma boa quantidade no dedo.

— Este aqui vai queimar. Pronto? 

Jisung assentiu e Minho encostou o dedo com a pomada no canto de sua boca, o garoto fez careta outra vez.

— Desculpe.

Passou acima do nariz e na maçã do rosto. Jisung se mexia desconfortavelmente.

— Desculpe. Falta só mais um pouquinho.

Terminando, ele se afastou e olhou em seus olhos.

— Você poderia... ficar comigo esta noite? 

— Eu te disse. Eu não trouxe nada comigo para passar a noite aqui.

— Sobre isso... Eu comprei tudo que você precisa. E então? Problema resolvido agora?

— Você comprou tudo isso?

— Sabonete, creme dental, escova de dentes, shampoo, condicionador, barbeador, creme de barbear... e cueca. 

Jisung não soube o que falar. Ele apenas arregalou levemente os olhos, parecia que realmente queria que ele dormisse em sua casa. Minho só queria que passassem mais tempo juntos, e poder acordar do lado do Han.

— Irei aceitar isso como um "sim", você não pode voltar agora. Está tarde e é perigoso. Certo?

Jisung não teve como recusar, então acabou aceitando. 

2gether - Minsung Onde histórias criam vida. Descubra agora