Capítulo 42

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Cada um tirou um papelzinho de dentro da caixa novamente. Para a infelicidade de Minho, Jisung pegou o mesmo número que Hyunjin, e no final ele acabou tendo que ir com Chan. Todos pegaram suas lanternas e iniciaram a caminhada sinistra até onde iriam rezar para o Espírito do Pinheiro.

Jisung e Hyunjin prosseguiram um pouco mais à frente. Ao lado de Bangchan, Minho observava tudo de braços cruzados e com a maior cara de bunda, ele estava preparado pra cair em cima de Hyunjin se ele tentasse qualquer coisa com Jisung.

— Você tem medo de mim? — Hyunjin perguntou. — Os garotos que te bateram são meus amigos, mas eu já cuidei deles. Eu não vou deixar mexerem com você de novo.

— Eu disse que sinto muito. O que mais você quer de mim? — Chan repetiu pela milésima vez, já não aguentando mais Minho reclamando a cada minuto que se passava.

— Tire ele de perto do meu namorado. Ele está dando em cima do Jisung lá.

— Este é um momento muito ruim para paquerar. Você vai ver. Ele vai ficar envergonhado na frente do seu garoto.

Eles caminhavam tranquilamente, até que Jisung moveu seu olhar para o ônibus e tomou um baita susto ao ver uma boneca assustadora de branco encostada na porta.

— Merda! — gritou.

Jisung ligou sua lanterna e a colocou na cara daquela figura estranha, ficou mais calmo.ao ver que era apenas uma boneca.

— Está tudo bem. É de mentira. — Hyunjin se aproximou e colocou o braço em volta do ombro de Jisung.

— Ele está segurando o ombro do meu namorado. — Minho resmungou.

Não demorou muito para eles chegarem ao local no meio da floresta, pararam em frente a uma pequena casinha de madeira sobre um banco, aparentemente velho, e também de madeira.

 Dentro dessa casinha havia alguns objetos estranhos, mas não questionaram sobre o que era ou pra que servia. Todos acenderam suas velas, juntaram suas mãos para orar pelo Espírito do Pinheiro e fecharam seus olhos.

— Rezo para você, espírito dos pinheiros... — Hyunjin falava baixinho.

— Fechem os olhos! — Chan alertou.

Somente Bangchan e Minho se manteram de olhos bem abertos. Minho olhou irritado para Chan, que lhe lançou uma piscadela e sorriu como se estivesse prestes a aprontar.

— Por favor, realize o meu desejo. — Hyunjin se curvou e num ato rápido, Chan se aproximou e abanou sua vela fazendo-a apagar. — Por favor, torne ele realidade. — Hyunjin abriu seus olhos e os arregalou ao ver que sua vela havia apagado do "nada".

Atrás dele, Minho mantinha sua expressão séria, enquanto Chan sorria tentando se controlar para não gargalhar. Jisung abriu os olhos e se assustou vendo a vela apagada de Hyunjin.

— Ei! Por que apagou? 

Hyunjin retirou um isqueiro do bolso e acendeu sua vela novamente.

— Feche seus olhos. — Hyunjin e Jisung obedeceram. — O espírito não gosta quando você ora com os olhos abertos.

Chan levou seu indicador e o polegar até sua boca, os molhando, e em seguida apagou a vela de Hyunjin com os mesmos, fazendo uma careta e os sacudindo logo após. Hyunjin olhou para Chan que fechou seu sorriso e disfarçou.

— O que diabos você está olhando? — Ligeiramente, Hyunjin virou-se de volta para a casinha. Jisung viu a vela apagada dele e arregalou os olhos.

— O que? Não tem vento por aqui. Como que apagou de novo? — Jisung  ficou perplexo. — É por causa do espírito dos pinheiros? — Chan e Minho morderam os lábios tentando não rir.

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