Lealdade & Ambição - Legados de Sangue / Ominis Gaunt

Prólogo

            Setembro, 1891.

A primavera tinha chegado, com sua abundancia de odores, fragrâncias, com a chegava no novo ano e a animação dos alunos. A primavera viera e se fora, a vida tinha seguido, até mesmo seus amigos tinham seguido, mas ele não conseguia. Hogwarts simplesmente não parecia a mesma sem ela. O verão fora a mesma coisa, quente, animado, alegre, mas ele continuava distante disso. Sebastian ocasionalmente partilhava do seu sentimento, mas ele sabia que o amigo tinha seguido em frente.

Ele não conseguia evitar de pensar nela, em quão o mundo parecia frio sem a sua energia quente e exorbitante. Todos seus esforços de contatá-la tinham sido em vão, ninguém estava disposto a enviá-la suas cartas e os meios menos "ortodoxos" também tinham o falhado. Liana tinha simplesmente desaparecido, e o que incomodava, não era o silêncio para com ele, mas com Poppy e Anne. A Liana que ele conhecia não teria simplesmente abandonado suas grandes amigas, ele sabia como ela as estimava, mas nem Poppy ou Anne tinham ouvido notícias dela. Anne parecia a mais arrasada das duas, talvez pela sua condição, Anne sentia com mais força o distanciamento. Certa vez, durante uma visita, Anne confessou que estava arrasada, que Liana tinha a prometido que manteria contato, mesmo que seu relacionamento com Sebastian não durasse. Poppy tinha sempre Garreth para distraí-la, um casal que perseverou mais do que ele esperava. Garreth era dedicado de corpo e alma à Poppy, e ela parecia tão apaixonada quanto ele.

A "matadora de trolls" logo virou algo parecido com uma lenda, um conto para assustar os primeiro anistas. Foi durante uma festa da sonserina, na qual todos estavam fazendo um jogo de "verdade ou desafio" que ele ouviu pela primeira vez. Alguém escolheu desafio, e um rapaz do sétimo ano dissera " Duvido você falar o nome da matadora de trolls". Aparentemente, o nome dela virou um tipo de maldição, como se alguém o dissesse em voz alta ficaria amaldiçoado, porque ela levou desgraça por onde passou, porque ela matou um professor. Foi quando Ominis se levantou e pisou no meio da garrafa, a quebrando.

" O nome dela é Liana Dixon, e ela não é maldição nenhuma. Vocês deviam ter vergonha, ela protegeu a escola, lutou por vocês, perdeu uma pessoa querida e vocês a transformam numa espécie de conto de terror. Talvez ela devesse ter deixado Ranrok invadir a escola, afinal".

Sebastian veio acalmá-lo depois, o puxando para longe, mas aquilo tinha o deixado irado demais. Tão irado que ele começou a beber. Ele bebeu demais naquele dia, ficando com os sentidos completamente entorpecidos. Ele estava caminhando na direção da mesa para pegar mais bebida quando alguém passou por ele, bateu de leve no seu ombro, e Ominis sentiu um cheiro forte de baunilha. O cheiro perpassou seu corpo e alma, o atingindo em cheio. Ominis largou o corpo e se virou na direção dela, desesperado. Ele a reteve pelo cotovelo e encarou a energia afoito. Ele não conseguia se concentrar, mas o cheiro de baunilha era tão forte, Ominis segurou-a pela nuca e afundou o nariz no seu pescoço, ele se jogou no cheiro e seu corpo virou chama.

_Li-

Uma boca encontrou a sua antes que ele pudesse falar, e fosse pelo cheiro tão familiar, pelo entorpecimento, ele se jogou no beijo, no abraço, nas mãos que subiam por suas costas. Sem pensar, a reteve pela cintura e a puxou para cima da mesa que estava por perto, jogando seu corpo ali. Um beijo se tornou todos os beijos, todas as vezes que ele tinha perdido o controle sob o toque quente dela, sob sua dualidade fascinante, sob sua energia quente. Ele nunca foi capaz de se conter, ele sempre quis devorá-la.

Ominis sentiu que ele começou a ouvir aplausos e assovios, sentiu o puxão violento pela camisa.

_Cacete Ominis! – era a voz de Sebastian – Acho que você bebeu, demais meu amigo.