Após ter enfrentado Ranrok e salvado Hogwarts, Liana é feita prisioneira. Em uma mansão cheia de pessoas perigosas, ela precisa encontrar um meio de fazer aliados e escapar. Entre sessões de tortura e interrogatórios ela precisa encontrar forças par...
*****Atenção, capítulos com possíveis gatilhos******
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_Ele vai ficar bem – a enfermeira Gwen a assegurou.
Mas mesmo as afirmações da enfermeira não ajudaram com sua ansiedade, apesar de estar adormecido, limpo, em roupas limpas e completamente medicado, ela podia ver as olheiras fundas nos seus olhos, podia ver a ruga entre suas sobrancelhas como se ele não conseguisse descansar mesmo no sonho.
O braço tinha sido restaurado, as feridas terríveis de presas já quase desaparecendo graças a mágica curativa habilidosa de Gwen. Anne acompanhou tudo, a forma como ele perdeu sangue no caminho, mesmo com Gwen agindo o tempo todo. Teseu que já era pálido parecia um maldito fantasma, os lábios meio azulados e o corpo frio mesmo com todo tratamento. Segundo Gwen ele precisaria ficar em observação por alguns dias, mas que com tempo recuperaria toda saúde e vigor de sempre.
_Eu sei o que vai dizer – Gwen suspirou – E a resposta é não.
Anne se encolheu.
_Mas...não quero deixá-lo sozinho.
_Então fique brava com sua amiga Liana, é por causa dela e de Ominis que eu não permito mais. Assim que eu viro os olhos vocês adolescentes viu...
Essa era uma história que ela não conhecia!
Não era possível que aqueles dois...
Pensando bem, era muito possível.
_Eu vou cuidar dele – Gwen a assegurou – É meu trabalho, sabe? – Gwen girou o pulso para olhar seu relógio – Hm, preciso voltar e ver se um dos dois campeões precisará de atendimento imediato também. Aproveite esse tempo.
Dizendo isso ela rapidamente girou e saiu correndo de volta na direção do Grande Salão. Anne puxou a poltrona branco para o mais perto possível da maca e o observou em silêncio. Ele estava coberto por um lençol branco, mas seus olhos atravessavam o tecido na direção do seu braço.
Cicatrizes terríveis. Como se alguém tivesse tentado mais de uma vez matá-lo.
Pior, como se ele tivesse tentado...
Anne engoliu o choro que subiu por sua garganta.
Parando para pensar, ela não sabia nada sobre ele. Sabia, por puro acaso, que era filho de uma família nobre e puro sangue, e que tinha se tornado órfão, assim como ela. Mas, com exceção disso, não sabia nada. Nem mesmo que tipo de comida ele gostava ou quais eram seus hobbys. Como ela podia exigir dele que olhasse para ela quando ela mesma não estava olhando para ele, não de verdade.
Mas ela queria saber...tudo.
Suas dores e suas alegrias.
Como seus pais morreram? Quanto ele tinha sofrido com isso? Seria esse o motivo pelo qual tentara...
