Lealdade & Ambição - Legados de Sangue / Ominis Gaunt

Capítulo XIX

O magnífico castelo de Ilvermorny ficava no topo do Monte Greylock, escondido do mundo trouxa (não mágico) por encantamentos. A arquitetura do castelo combina influências européias e nativas americanas, refletindo a diversidade cultural da escola e sua conexão com a herança mágica do continente. Andar pelo castelo era como navegar por uma tapeçaria cultural. A escola que tinha crescido muito em pouco tempo hoje era refúgio de muitos buxos jovens, principalmente daqueles em situações vulneráveis. E, depois de uma noite de festividade, no outro dia Liana e os outros alunos foram chamados para uma Cerimônia das Casas. Ela ficou impressionada em como Ilvermorny refletia tanto de Hogwarts, e a diretora a disse que não era impressão sua. A fundadora, Isolt Sayre, nunca estudou em Hogwarts, mas tinha crescido com histórias da famosa escola de bruxaria na Escócia, e, quando construiu sua escola, a fez com o que conhecia sobre Hogwarts em mente. Mas era obvio que, embora Isolt tivesse evocado Hogwarts, não era como se fosse uma cópia, a escola era completamente diferente, os uniformes não diferenciavam as casas. Todos vestiam robes de um tom azulado cobalto, com listras avermelhadas ao redor. Ela percebeu que as casas também não eram separadas como as de Hogwarts. Enquanto cada casa de Hogwarts era uma entidade própria e completa, as casas de Ilvermorny representavam partes de um todo. A mente era representada pela Serpente Chifruda, que favorecia aos estudiosos e pesquisadores; O corpo, pela Pumaruna, que favorecia aos guerreiros; O coração, pela Pukwudgie, que favorecia aos curandeiros; e a alma, pelo Pássaro-Trovão, que favorecia aos aventureiros. Mas, independente de qual casa fosse selecionado, os alunos de Ilvermorny estavam conectados as outras casas. Também diferentemente de Hogwarts, as casas não foram criadas em tributo aos fundadores, mas sim aos seus animais e criaturas mágicas preferidos.

O hall principal do castelo também era diferente, parecia um imenso anfiteatro e ficava aberto na floresta. Eles não comiam no hall como em Hogwarts, apenas se reuniam ali para cerimônias, palestras, discursos e apresentações. Talvez seja pelo fato de ter crescido com o tempo, expandindo-se conforme a demanda, que Ilvermorny parecia mais uma vila do que um castelo. As alas do castelo eram separadas e afastadas, por isso ela tinha visto tantas torres lá de cima. Eram, na verdade, uma composição de pequenos castelos. A principio ela imaginou que cada casa tivesse uma área, mas estava enganada, as alas eram dedicadas a cada matéria-curricular. Pelo que Gertrude a disse, eles construíam uma nova ala toda vez que adicionavam uma disciplina ao currículo, o que acabou resultando nisso. Mas era incrível, era como uma cidade, os alunos passeavam de um lado para o outro, havia tanto espaço, jardins que se perdiam de vista, caminhos de pedras azuladas que brilhavam. Corujas sobrevoavam aos montes por cima, assim como outras criaturas mágicas caminhavam naturalmente pelo campus aberto. Como ocorreria a Cerimônia das Casas, eles foram guiados até o anfiteatro. Ela ficou impressionada com seu tamanho, como dava conta de todos alunos. Liana e os demais foram colocadas em fileiras próximas ao centro, e Gertrude se posicionou no centro.

_Boa tarde e bem-vindos meus alunos e alunas – ela exclamou, sua voz ecoando por todo anfiteatro.

Gertrude estava vestida nas cores da escola, um lindo vestido azul com rendas rosadas. Os cabelos volumosos estavam presos em um coque alto, mas madeixas caíam por seu rosto.

_Depois de um dia lindo de celebração, é hora de voltarmos aos nossos deveres e estudos. E, para isso, precisamos que nossos novos alunos sejam selecionados para suas Casas.

E, com um pequeno aceno da varinha, fendas começaram a se abrir no chão de pedra do anfiteatro, e, de dentro, imensas estátuas de granito surgiram. Liana reconheceu as criaturas das casas. As estátuas faziam um círculo envolta de uma linda pintura que ficava bem no meio do anfiteatro. Ela a imagem de um sol e uma lua, unidos como um.

_Pedirei que, um a um, vocês caminhem até esse ponto – ela sinalizou para a pintura – E esperem. As estátuas farão o resto. – ela abriu um sorriso de satisfação, e olhou para eles – Os mais novos primeiro.