Após ter enfrentado Ranrok e salvado Hogwarts, Liana é feita prisioneira. Em uma mansão cheia de pessoas perigosas, ela precisa encontrar um meio de fazer aliados e escapar. Entre sessões de tortura e interrogatórios ela precisa encontrar forças par...
O baile fora mágico do começo ao fim, e tinha acabado rápido demais. No outro dia o castelo ficou vazio, com os estudantes voltando para suas casas para o recesso de natal. Incrível como as coisas podiam mudar de um dia para o outro. Apenas algumas horas atrás o castelo estava vibrando com vida, com música, com as pessoas rindo e dançando, e agora estava vazio. E Liana estava simplesmente contente de não precisar ficar sozinha, como tinha acontecido no seu primeiro ano em Hogwarts. Na verdade...de agora em diante ela não estaria mais sozinha. A sensação era...sublime.
No outro dia, quando todos se encontraram no pátio antes de partir para a casa de Teseu, foi absolutamente caótico. Anne gritou tanto que Liana temia que até Hogsmade pudesse ouvir. Poppy também estava frenética e elas se juntaram sobre Liana, meio rindo meio aos prantos. Sebastian tinha dado um abraço igualmente eufórico em Ominis e, curiosamente, chorava mais do que todos. Garreth também comemorou e Teseu conseguiu colocar um "Parabéns!", em palavras. Liana se emocionou ao ouvir a voz do amigo, em ver como ele vinha superando cada vez mais seu medo.
E foi nesse espírito animado que todos se reuniram e partiram.
A casa de Teseu ficava num vilarejo ao nordeste de Hogwarts, pouco mais de uma hora de carruagem. A viagem fora tão rápida que Liana mal percebera, pois adormeceu no ombro de Ominis e acordou quando já estavam lá. Ominis a ajudou a descer da carruagem e ela tentou disfarçar quando se deparou com a mansão. Era óbvio que todos, com exceção do próprio Teseu pareciam admirados a casa.
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_Pelas barbas de Merlim – exclamou Sebastian.
_Não tenho nem roupa para isso – acrescentou Liana, igualmente pasmada.
Anne parecia até um pouco assustada. Liana conseguia entendê-la, a riqueza desproporcional deixada para Teseu era um pouco amedrontadora. Podia causar uma sensação de distanciamento, como se ele fosse de outro universo. Como se também soubesse disso, Teseu deu um passo à frente e agarrou a mão de Anne. Os dois trocaram um olhar longo e Liana viu a expressão de Anne amenizar.
Teseu explicou que os quartos já tinham sido preparados de antemão para cada um. Conforme subiam o lance de escadas em direção aos quartos, com as bagagens, Sebastian disse:
_Espero que tenham me colocado num quarto longe dos casais – ele disse para Teseu, mais como uma súplica.
Teseu riu e assentiu.
Aquela visão dele rindo vinha se tornando cada vez mais frequente e aquecia o coração de Liana.
O quarto dela e o de Ominis ficava na ponta de um longo corredor. Eles combinaram de descansar um pouco antes de se reunirem para jantar e Liana foi direto em direção a cama enorme, se esparramando nos lençóis macios. Ominis vinha logo atrás, acomodando as malas. Ele foi na direção da enorme varanda, observando a paisagem. A luz do sol acariciou seu rosto e Liana observou a expressão dele, que parecia um misto de paz e admiração.
