Capítulo 4 - Coisas Ilícitas

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HADES AMBROGETTI

- AHHHHH POR FAVOR ME TIRA DAQUI. - grita após mergulhar mais uma vez sua cabeça no ácido, por obviamente não conseguir manter a cabeça eretra por muito tempo. -EU TENHO FILHOS, POR FAVOR.

-Responda ao que eu perguntei. - digo vagarosamente enquanto observo seu rosto muito avermelhado, evidenciando que está queimando.

-EU NÃO SEI. - diz em agonia, mas sei que mente.

-Não precisa gritar, estou do seu lado.

-Mas parece que voce não entende! EU NÃO SEI DE NADA.

-Não vai dizer, ótimo, vamos ver se sua esposa aguenta mais tempo que você. - digo me levantando.

-NÃOO, A DEIXE EM PAZ.

-Então me responda. - digo me sentando, vejo a guerra interna dentro dele, seu olhar agonizante, ele vai me dizer tudo que eu quero, eu sei que vai.

-Eu vou dizer, mas me tira daqui.

-Não, primeiro você me diz o que sabe, e se eu perceber que não está mentindo, aí eu posso te ajudar.

-Eu não estou conseguindo mais sustentar. - diz de olhos arregalados olhando para o tanque embaixo da sua cabeça. -AHHHHH. - mergulha a cabeça.

-Eu quero nomes, vamos não tenho a noite toda.

-Eles queriam uma vantagem, então pediram para eu dizer a hora e o local da reunião. Eu precisava do dinheiro, minha filha está doente.

-Quem te pediu isso? Quero nomes, stronzo.

-O Cortez, foi ele que pediu. - diz e sorriu de lado, todos falam, é só preciso um pouco de jeito.

-Onde se encontraram?

-Na rua atrás do parque, eu estava com minha filha, ele me abordou.

-Incluir sua filha no relato, não vai fazer com que tenha pena de você. - digo amargo. Tem sido assim desde que minha filha morreu, quando vou torturar, eles sempre tentam ir para esse lado.

-Mas eu quero que entenda que eu não tive escolha. - diz olhando em meus olhos.

-Eu não me importo, apenas relate o que quero saber. - respondo e ele desvia seu olhar do meu.

-Sim, senhor... ele pediu e eu disse o que ele queria saber, eu só disse isso o local e a hora, e eles me pagaram pela informação.

-E quem te ajudou aqui dentro?. - contrariado ele responde.

-Soldado Martins, apenas ele. Isso é tudo. - diz, me levanto estou usando luvas apropriada para o ácido presente no tanque.

Seguro sua cabeça pelos cabelos, ele chora, parece já perceber quais são minhas intenções.

-Não, por favor, eu não menti, isso é tudo!- diz exasperado.

-Eu sei que não mentiu, mas isso não importa, voce traiu a famiglia. - digo por fim e mergulho sua cabeça no tanque e faço pressão para que continue submerssa. Ele grita e se remexe loucamente tentando retirar a cabeça, continuo a pressionar até que ele para de resistir e sei que morreu, solto e sua cabeça continua no mesmo lugar.

-O que fazemos com o corpo senhor? Devemos entregar a família? - questiona o soldado.

-Não, cortem a cabeça e entregue ao Cortez, como um aviso que ele será o próximo.

-E o resto do corpo?

-Queime. - digo retirando as luvas e as descarto.

Olho mais uma vez o corpo dele e saiu da sala. Sinto-me até mais leve depois do que fiz, estava muito perturbado pensando na Sofi.

HADES - Atração Perigosa (LIVRO III) Onde histórias criam vida. Descubra agora