Capítulo 25 - Distância

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HADES AMBROGETTI

Seu carro foi na frente, ela foi levada para o hospital para ser examinada. Não conseguir ir com ela então pedi para a Shantal ser a sua acompanhante até sua família ser avisada. Ela está muito machucada, malditos sejam, tem vários roxos na pele e certamente está toda dolorida, uma raiva tomou posse de mim assim que a vi.
Quando a encontraram ela estava desacordada, e permaneceu assim até sair daqui, ela estava delirando por causa da febre, falava coisas desconexas.

-Calma, ela ficará bem. - diz Ramsés assim que o carro sai, mas isso não me acalma.

-O desgraçado fugiu. - comento com as mãos em punho.

-Conseguiu ver ele? - balanço a positivamente.

-Brevemente, mas sou capaz de identifica-lo se vê-lo novamente. - apesar de ser a noite e a distância que me encontrava, minha memória é excelente, quando vejo um rosto, não esqueço.

- Senhor, achamos alguns papéis no escritório, devemos levar? - pergunta um soldado..

- Coloque tudo em uma sacola, levaremos para o bunker.

- E quanto a esses que sobreviveram? O que fazemos?

- Delegado? - o chamo, ele está perto da sua viatura.

-Sim?

- Como prometido, os traficantes ali são seus. - digo e ele balança a cabeça em um gesto de agradecimento e vai até os cinco homens.

Os soldados já olharam pela casa, eu também e já vimos tudo que tinha pra se ver, não há mais nada a fazer aqui. Apesar de não termos pego que fez tudo isso, o importante é que a Esmeralda agora está longe das mãos dele, isso já fez tudo valer a pena.

◆◆◆

ESMRALDA DEL CASTRO

Ouço um barulho estranho, abro os olhos e vejo que não estou mais na minha cela. Faço menção de me sentar, mas meu corpo todo dói muito. Fecho os olhos em uma tentativa da dor mininuir, mas não funciona. Dio santo!

Suspiro, e abro os olhos novamente e concluo que estou em um hospital, mas quem me trouxe? O que aconteceu? Minha última memória é daqueles homens me batendo.

-Graças a Deus! - ouço e vejo minha... mãe? É minha mãe!

-Mãe. - a chamo e não consigo controlar a emoção, começo a chorar e ela vem até mim e me acolhe em seus braços.

-Minha filha, como eu orei por isso. - diz e beija minha testa.

-Eu tive tanto medo mamãe. Parece um sonho estar aqui. - ela limpa minhas lágrimas.

-Quanto tempo eu dormi?

-Eu cheguei não faz nem uma hora, foi resgatada hoje, quando cheguei a Shantal estava aqui.

-Shantal? - questiono e mamãe aponta para a porta e lá esta ela, então foi ele que me resgatou.

Hades, foi atrás de mim. Ele não me abandonou lá, essa a única razão pela amiga dele estar aqui.

-Olá Esmeralda, eu estava aqui visitando um parente quando vi você chegando com os policiais. - diz mas não acredito em nenhum palavra. - Fico feliz que esteja bem.

-Obrigada, alguém foi preso?

-Não filha, quem fez isso com você fugiu. Graças a Deus a polícia agiu e conseguiu te salvar. - porque não acredito nisso?

Talvez seja porque agora sei quem ele é, o que a família dele faz. Mas não quero me importar com isso agora, meu corpo todo dói assim como minha cabeça, eu só quero ficar abraçada com a minha mãe, sentindo seu amor e carinho. Esses últimos dias foram um inferno, só quero esquecer pelo menos por hoje.

HADES - Atração Perigosa (LIVRO III) Onde histórias criam vida. Descubra agora