HADES - Atração Perigosa (LIVRO III)

Capítulo 34 - Sensações

MORGANA GÜNTHER

Então eles saíram daqui com uma mulher e uma menina, interessante. Quem pode ser elas? Será essa mulher um empecilho? Pelas fotos que os soldados mostraram parecia que esse assunto pessoal se recaia mais para o Hades.

Hades Ambrogetti, que acabo de descobrir que possui uma grande fama por sua tortura, principalmente pelo que fez com o homem que matou sua filha. A maldade em suas torturas é magnífica, ele age friamente e não se importa nenhum pouco em sujar suas mãos, pelo contrário, parece preferir assim. Saber disso me gerou um grande interesse em vê-lo agindo pessoalmente.

-Papai, iremos a Itália. - comunico assim que ele senta a mesa para tomar o café da manhã.

-Como é?

-Isso que ouviu, quero ver meus pretendentes com a mão na massa. - respondo sorrindo, meu pai balança a cabeça negativamente.

-Tudo bem, mas não poderei acompanhá-la. Leve sua mãe.

-Por quê?

-O conselho que uma reunião, portanto, não poderei me ausentar por algumas semanas, a não ser que queira esperar. - reviro os olhos.

-Não espero ninguém.- respondo arrogante.

-Por isso disse logo que não iria. - odeio ter que esperar, prefiro que me esperem, no meu ver é mais justo. - Já tem preferência por um?

-Talvez. - dou de ombros, como se não me importasse muito.

Pelo que vi do Ramsés, assim como seu irmão a tortura também faz parte do que gosta de fazer, mas cada um com seus métodos. Ele é mais refinado, Hades é mais bruto. Gosto dos dois jeitos. Ao meu ver, não saiu perdendo de nenhuma forma, e de certa forma isso me gera uma leve ansiedade.

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HADES AMBROGETTI

Ainda estamos abraçados, não quero soltá-la e parece que ela compactua desse mesmo pensamento.

-Meu anjo, eu senti tanto sua falta, eu morri todos esses anos sem te ver. Acreditei que tinha te perdido para sempre. - digo emocionado e ouço seu soluço, seu choro se intensifica, fico confuso e desfaço o abraço para olhar em seu rosto. - Shiii, ta tudo bem meu amor, agora está segura. - Limpo suas lágrimas.

-O senhor nunca me abandonou, não é?- questiono com os olhos avermelhados e é como se alguém me desse um soco.

-Nunca! - mas também não a procurei, mas como? Eu a enterrei! Mas me sinto culpado, eu deveria ter percebido, sentido, não sei. Minha filha sofreu, enquanto eu também sofria, e ambos sofremos pela ausência, mas por ironia não estamos tão longe um do outro, apenas algumas horas, nada comparado com a distância que eu acreditava que existia.

-Por que demorou tanto para me achar? O senhor não me procurou? - sinto minha garganta ficar seca.

-Filha, o que te contaram sobre mim? - tento entender e também fugir da resposta.

-A Camila dizia que o senhor tinha ido embora, lá para cima. - diz apontando para o teto, mas sei que é para o céu. - Depois dizia que tinha ido embora, mas eu não acreditei, ela também falava que seu marido era meu pai, mas eu sabia que não era! Nunca o chamei assim. - diz com o rosto muito sério. - Mas no final ela cumpriu o que disse, cadê ela? - diz com os ombros baixos pensativa.

-Como assim cumpriu o que disse?

-Ela falou que estávamos fugindo para me proteger, e eu disse que o meu babbo iria nos proteger, e ela concordou, disse que me levaria para o senhor. - diz sorrindo.