HADES - Atração Perigosa (LIVRO III)

Capítulo 20 - Sequestro

HADES AMBROGETTI

Já se passou mais de 12h desses que constatei que a Esmeralda foi levada, desde então como um louco eu tento me concentrar para encontrá-la, mas é como se tudo fosse inútil, novamente me sinto completamente de mãos atadas, todo meu poder na máfia parece ineficaz agora, e cada minuto que passa eu começo imaginar o que eles podem estar fazendo com ela.
Entro no escritório quando sou avisado que o Apolo chegou, estou no bunker desde cedo.

- A mãe dela contatou a polícia. - avisa assim que entro. - Ela estranhou o fato da filha não atender o celular e ainda não ter chegado em casa, o delegado acabou de me contar. - me sento na poltrona e passo a mão no cabelo.

Apolo, conversou com o delegado mais cedo, ele é um dos nossos aliados, então já estava ciente que não foi um sequestro qualquer.

-Eu não sei o que faço Apolo, estou desde cedo procurando alguma pista, alguma coisa que me leve até ela. - digo exasperado.

-Porque não me contou sobre ela? Eu te perguntei Hades, questionei se tinha mais alguém sem ser a Jolie.

-Não tinha como ser ela, tudo indicava a Jolie, era a lógica.

-Não era tão lógica assim, cazzo Hades, você negou, nem cogitou a possibilidade.

-Eu sei, mas fui na minha percepção, quando voltei com a Jolie, foi justamente quando começaram as cartas, e eu e a Esmeralda não temos nada sério, nada que levasse alguém a sequestra-la.

-Subestimamos nossos inimigos. - responde irritado.

-Eu preciso encontrá-la. - falo atordoado.

-Vamos esperar eles nos contatarem, estamos no escuro, sinto muito meu irmão.

-Não vou ficar parado esperando por eles.

-Não estamos parados, nossos soldados estão por aí em busca de alguma pista. Aparentemente pegaram ela assim que desceu do ônibus, e as cameras dali perto não conseguiram gravar nada. E o celular dela bem... não existe mais.

-Não posso ficar parado. - digo ficando de pé.

-Para onde vai? - indaga quando vou em direção da porta.

-Atrás de informações. - não entro em detalhes, se o fizer ele vai tentar me impedir.

-Não faça nada estúpido, se colocar em perigo não vai ajudar em nada.

-Minha segurança não importa agora, não vou permiti que a matem também.

-Ela é importante. - afirma e viro para encará-lo.

-Ela é inocente, deveria ter protegido ela, mas me afastei tarde.

-Não me diga que é só por isso.

-O que mais seria? Essa conversa nem tem lógica!

-Tudo bem, quando tudo isso passar conversamos. - diz e enrugo a testa.

-Não tem o que se conversar. Falo com você mais tarde.

-Hades, você não percebe? Está atordoado, use a lógica, não a emoção, se quer mesmo ajudar essa garota, seja o capo-regime que é!

- Eu só não quero que ela se machuque, eu sou como uma praga Apolo. - digo de ombros baixos.

-Não diga isso. Infelizmente pessoas inocentes também sofrem, são machucadas não queira o crédito disso.

-Ela não deve tá entendendo nada, nunca machucou ninguém, e está nessa situação por culpa minha, então... os créditos são realmente meus. - digo e saiu sem me importar que ele me chama irritado.