HADES AMBROGETTIEstou terminando o treinamento com o Aquiles, quando sou informado que um dos membros do conselho árabe veio para uma visita, e pediu que eu fosse chamado. Não sei se isso é bom.
- Por hoje é só, vai para o banho ragazzo. - digo bagunçado o cabelo do meu sobrinho que ri.
- Sim senhor. - diz em tom de brincadeira e sai da sala de treinamentos. Sorriu com sua energia.
Saiu também da sala e vou até a sala de estar que é onde o convidado está.Para minha surpresa nem minha sorella e nem meu cunhado estão com ele, então a conversa é comigo, interessante. Assim que me ver o homem se levanta, eu já o vi antes, de longe, Said, mas nunca nos falamos.
- Soube que temos mais um Ambrogetti em nosso território, então vim por cordialidade. - diz o velho se dirigindo para mim. Suas mentiras saltam de seus lábios.
- Soube certo, Hades Ambrogetti. - digo e ele sorri com satisfação.
- É um prazer, conhecer pessoalmente o famoso Hades, ou devo chamá-lo de squartatore (estripador)? - diz com um maldito sorriso no rosto.
- Não gosto desse apelido.
- E porque não? Sua fama vai longe meu rapaz.
- Hm. - respondo não dando importância, na verdade não gosto de puxa sacos. E esses elogios certamente vem com algo a mais. - E minha irmã? Meu cunhado? Achei que estariam aqui.
- Pedi para conversar com você, a sós. Além disso, se não queria a fama não deveria agir como age. Sua tortura é uma arte que adoraria ver. - diz e seguro a vontade de revirar os olhos.
- Não está aberta a público. - respondo sarcástico.
- Tudo bem, mas vim aqui por algo além da cordialidade. - diz mudando seu olhar para mim, passo a ficar interessado. - Digamos que preciso de sua ajuda.
- O conselho pede ajuda a um estrangeiro?
- Você não é qualquer estrangeiro. Não seja modesto, e além disso não venho em nome do conselho.
- O que você quer?
- Eu preciso do homem que matou um ser humano usando o um dos piores método de tortura, o escafismo. Eu preciso desse homem, que é indiferente, e que não se importa de sujar as mãos da maneira que for pra obter suas respostas.
- Eu não sou um assassino de aluguel, e muito menos seu subordinado. - respondo.
- Pago o que for, me diga o que quer, eu te darei. - diz e balanço a cabeça negativamente. - Mulheres? Poder? Território? Vamos, me de seu preço.
- Você não tem nada que me interessa. - digo apesar de ser tentador, isso seria uma boa forma de pegar novas rotas para minhas mercadorias.
Mas odeio o fato de ser subordinado, apenas sigo meu irmão, ninguém mais. E o sigo porque o respeito, confio nele de olhos fechados.
- Será mesmo? Farei uma pequena confraternização essa noite, sua irmã e cunhado estão convidados e agora eu estendo o convite a você também. - diz me passando o convite.
- Tudo bem.
- Ótimo. Nos vemos mais tarde, e tenho certeza que mudará de ideia. - diz misterioso, e seguro a vontade de revirar os olhos.
Quando eu decidi matar o Henri por meio do escafismo, eu fui em um lado meu que nunca tinha ido, um lado profundo, foi como abrir a porta para um lado mais sombrio meu. Em nenhum momento senti pena dele, pelo contrário a prática do escafismo apesar de cruel me trouxe satisfação, nunca tinha feito algo tão... cruel, uma tortura tão profunda, levando até o último limite do corpo humano, da sanidade humana.
Os 14 dias até a morte do Henri, foi onde vi a dor física mais profunda, seu olhar com o passar dos dias se tornou opaco, era como se já estivesse morto por dentro. Antes de morrer, mesmo sem forças, ele ainda falou "logo estarei morto, mas você já esta" mesmo suplicando que eu o matasse logo, ele ainda tinha ousadia em me dizer isso.
Por mais que eu o odeie com todo meu ser, ele tinha razão, eu já me sentia morto, eu já estava, e uma parte minha sempre estará.
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HADES - Atração Perigosa (LIVRO III)
Romance↠Quadrilogia Ambrogetti - Máfia Italiana ↠Livro 3 - Atração Perigosa Hades Ambrogetti, ja fez coisas que o fez duvidar da sua humanidade, no sangue ja carrega um peso enorme por ser um Ambrogetti, sua família é conhecida a décadas no meio da máfia...