Capítulo 36 - Visita indesejada

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ATENA AMBROGETTI

Seguro firme minha foto de casamento com o Sebastian, estavamos felizes, acima de tudo eramos melhores amigos. Limpo meu rosto, sempre que penso nele a emoção toma conta de mim, as lágrimas logo surgem.

- Meu amor, agora seus figli dizem que vamos nos juntar aos Günther, lembro dos embates que teve com essa família, o quanto os desprezava e acima disso me lembro do juramento que fez que nunca nenhum de seus filhos se casaria com alguém dessa família. - coloco o porta-retrato na mesinha de cabeceira e suspiro. Mas não desvio minha atenção da foto, dele.

-Não se preocupe querido, não permitirei que seu juramento seja quebrado. Mas também não posso causar mais problemas para nosso filho, terei que ter paciência.

Ouço batidas na porta, eu a traquei, então me levanto da cama e abro a porta, é Nefertari, a deixo aberta e volto a me sentar.

-Ouvi o final de sua conversa com a Esmeralda, o que pretende mamma? - indaga, não recriminando, seu tom é de curiosidade, sorriu de lado.

-Apenas que minha neta fique confortável, serei recriminada por isso? - ela ri de lado e se senta a minha frente.

-Irei fingir que acredito que é apenas isso. Mas mamma, tome cuidado a Esmeralda pode sair machucada, fisicamente e mentalmente, não a sacrifique. - alerta. Ela está certa, mas não posso me atenta nela, tem coisas mais importantes.

-Dei um caminho a ela, se ela resolver seguir por ele, a culpa não é minha. - dou de ombros.

-Certamente não, mas mesmo assim não a entregue de bandeja, ou ela será comida viva. - diz como um lembrete.

-Não me tome como vilã, eu gosto dela. - sorriu de lado, e não minto, mas além de gostar dela, eu amo meu filho.

-E não a vejo assim, mas podemos nos tornar quando estamos tentando proteger quem amamos. - fala sabiamente, e balanço a cabeça concordando, mas mudo de assunto.

- Tem razão, terei cuidado. Mas mudando de assunto, diga-me quando trara meus netos para conhecer a prima? - ela balança a cabeça negativamente enquanto sorrir pela mudança de conversa.

-As férias deles estão proximas, eu já contei sobre ela e eles estão animados para conhcê-la.

-Eu odeio que vocês vivam tão longe.

-As vezes eu também, mas é necessário. A proposito terei que voltar antes do esperado, na proxima segunda.

-Aconteceu alguma coisa?

-Nada grave, é o jogo escolar do Aquiles, mudou a data, e não posso faltar, ele tem se dedicado muito e quero estar presente.

-Faz bem minha filha, se eu pudesse iria com você.

-E porque não pode? Deixe seus planos de lado por uma semana. Seus netos ficarão muito felizes.

-Isso é jogo baixo.

-Só pense nisso.

-Pensarei, minha filha.

-Agora eu vou domir, hoje foi um longo dia. - diz e seu olhar se perde por alguns segundos, nada passa despercebido por mim. E lembro que ela esteve com a Camila.

-Como está a cagna? - seu olhar muda, fica intenso e maldoso.

-Viva... por hora. - responde com um sorriso travesso e beija minha testa e sai do quarto.

Todos os meus filhos herdaram a pitada de maldade, será que o mesmo ocorre com meus netos? Sempre dizem que o sangue fala mais alto, e não a como negar isso na minha família.

HADES - Atração Perigosa (LIVRO III) Onde histórias criam vida. Descubra agora