HADES - Atração Perigosa (LIVRO III)

Capítulo 7 - Novos jogos

HADES AMBROGETTI

E se o barulho que ouvi noite passada não tiver sido culpa do gatinho? E se quem deixou a caixa cair foi uma... gatinha curiosa?
Sento-me na poltrona enquanto o Ramsés tagarela sobre alguma coisa que não dou importância.
Cazzo! Será que ela me viu matando o Manolo? Merda, mas pensando melhor seu olhar não era de alguém que viu um assassino. Era como se seu medo tivesse outro significado, talvez medo de ser pega, que alguém descubra alguma coisa que não deveria saber. Droga, sou um mafioso, não posso ficar em achismos, preciso tirar essa história a limpo.

-Preciso resolver um problema. - digo me levantando.

-Posso saber que problema é esse? Você tá muito pensativo, nem ouviu nada do que eu disse.

-Talvez, a empregada tenha visto o que não devia ontem.

-O que você fez noite passada Hades?

-Matei o Manolo. - digo e ele arregala os olhos.

-Cazzo! Você só pode ter enlouquecido.

-Eles que enlouqueceram, quando acharam que podiam mudar um acordo firmado.

-Ele vai vim atrás de você.

-Não, não vai, a não ser que queira morrer também.

-Por acaso está tentando se matar?

-Acho difícil deles conseguirem, mas agradeço a preocupação, agora se me der licença, preciso descobrir se a empregada viu demais ou não.- digo me virando de costas e saindo do escritório.

◆◆◆

Pacientemente vejo as imagens da câmera de segurança de ontem a noite, em específico a câmera da saída inativada, que foi a qual usei para sair e ir conversar com o Manolo.
Acelero um pouco e me vejo nas gravações, acelero mais um pouco, até que vejo uma cabeleira loira que reconheço de imediato, sorriu de lado, ela está em um maldito vestido preto que se moldou perfeitamente em seu corpo, adoraria vê-la nele pessoalmente.
Ela sai pela mesma porta que eu, troco as imagens para a câmera de fora, ela fala no celular por breves minutos, depois que desliga ela faz menção de entrar por onde saiu, mas algo a impede, e ela se volta para a direção contrária ao qual deveria seguir, mas que droga.
Sua curiosidade, a leva para próximo de onde estou e ela como uma maldita curiosa observa-me conversar com o Manolo, é possível ver sua reação de surpresa, obviamente ela me reconheceu, ela fica espiando até que algo a assusta e ela desastrada bate em uma caixa que cai, justamente o barulho que acreditei ter sido feito pelo gatinho. Após isso ela corre entrando novamente na passione, e depois eu apareço achando o gatinho.

Ela não viu, não me viu matando o Manolo, garota de sorte, se fosse o contrário eu teria que fazer uma visita que ela não iria gostar muito, não a mataria, isso é ser extremista, mas teria que amedronta-la, ameaça-la, e por algum motivo eu apreciou não ter que fazer isso, o que não é muito comum para mim.

◆◆◆

Alemanha, Berlim 16:50 p.m

-Você está muito louco, não podemos voltar para a Itália! - diz exasperada. - Se quer tanto ir, então vá sozinho!

-Você que não entende! Não temos escolhas, estamos afundados aqui, e o desgraçado daquele alemão vai vim nos matar, não é só a mim.

-Isso tudo é culpa sua! E eu não vou colocar em risco a minha filha por sua culpa também.

-Olha aqui. - diz segurando de forma rude o braço da mulher a sua frente. - Você vai fazer o que eu estou dizendo! Precisamos resolver um problema de cada vez. - diz e a mulher puxa seu braço do aperto que o homem faz.