Capítulo 35 -Desaprovação.

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HADES AMBROGETTI

Assim que entro na sala de tortura da Camila já me deparo com seu choro e suas súplicas. Eu nem queria estar aqui,  mas tive que sair de perto da minha filha para cuidar desse problema. A ignoro é vou até minha mesa, e reparo que os soldados colocaram todos os itens que pedi do meu acervo.

- Por favor, Hades. Não me mate, eu sou a mãe dela, da sua filha! - bato com força na mesa, fechos os olhos por breves segundos e me viro para ela.

- Mãe? Quando foi que a gente transou? Refresque minha memória.

- Eu a tenho criado como minha a 2 anos! Ela é minha filha, independente do que diga. Não pode matar a mãe da sua filha. - diz tentando passar confiança. Sorriu de lado.

- Não posso? E quem disse isso?

- Não pode ser tão cruel. - balança a cabeça negativamente. Essa coisa a minha frente acha que me conhece? Que pode fazer afirmações sobre mim? Só pode ser piada.

- Olha Camila, minha filha teve apenas uma mãe, e ela se chamava Cassandra, e sabe o que aconteceu com ela? Eu a matei, sabe por quê? Porque ela me atrapalhava. - digo e ela parece descrente. - Eu matei a mãe biológica da Sofia, a mulher que a carregou durante 9 meses, que tive um relacionamento, louco, mas tive. E você realmente acha, que não mataria você? Uma mulher que roubou minha filha, uma surtada que perigosamente atravessou a fronteira colocando em risco a vida da minha filha. - minto um pouco, mas se não fosse a mamma eu teria realmente matado ela.

- V-Você matou a Cassandra? O Henri, esteve sempre certo então? - questiona agora assustada, sorriu abertamente, é assim que quero vê-la.

- Agora acredita no que posso fazer com você? Ou melhor, no que irei fazer. - ela engole em seco, seu medo me instiga.

- Por favor, Hades. Não faça isso, eu faço o que você quiser. A Sofia me chama de mãe! Ela me tem como mãe! Vai deixar que ela sofra? Que ela perca de novo sua mãe?

- Ela é pequena, vai se recuperar. E pela conversa que tive com a minha filha, ela não é tão apegada a você. Esse amor todo, não é recíproco, vadia. - ela chora ainda mais, reviro os olhos. Todo esse choro é para quê? Para eu sentir pena? Mal sabe ela que não sinto nada além de ódio.

- Você é um monstro. Vai arruinar a vida da Vitto. - ainda tem essa! Até nome ela deu pra minha filha, tem como ser menos odiosa?

- Quem é Vitto? - questiono debochado.

- Não destrua a vida dela, não seja pior do que já é.

-Eu sei o que é melhor para minha filha. E para isso você não pode estar viva, nem você e nem sua família de merda. Matarei todos. - ela fica calada pela primeira vez.

Volta para minha mesa com meus instrumentos, mas antes mesmo de pegar qualquer coisa sinto meu celular vibrar em meu bolso. Pego o celular, é uma chamada da mamma. Olho para a Camila, ela está pensativa. Saiu da sala, fechando a porta atrás de mim e atendo a ligação.

Chamada Iniciada:

Babbo - ouço a voz da minha figlia, e uma emoção toma conta de mim, ainda parece um sonho, e morro de medo de acordar.

Oi, meu anjo. Está tudo bem?

Sim, mas estou com saudades, o senhor vai demorar? - olho para porta, tinha planos de demorar, mas nunca colocaria nada a frente da Sofia.

Irei agora mesmo.

Eba! O senhor pode trazer doces? Por favorzinho. - ela sempre amou doces, isso ela puxou da Cassandra.

HADES - Atração Perigosa (LIVRO III) Onde histórias criam vida. Descubra agora