21- máscarados

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Cinco anos depois

Hayley Still.

06 / 01/2023

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— Victor, você é uma piada! — falo e o mesmo finge se magoar.

— Que isso gatinha, não tem sentimentos?

— Não, eu só não me importo com você, em específico — dou uma tragada e o mesmo me olha puto.

— Você não vai estragar meu esquema.

— Se eu fosse você, não duvidaria — aviso e o ele me olha sério — não estou afim de me estressar hoje, então, se não quer acabar em um caixão preto, recomendaria não vender mais essas merdas para menores.

— você não tem coragem de me machucar — me desafia.

Dou um sorriso pisicopata, em sério humor nele achar isso, coloco a mão em minha arma e o mesmo dá um passo para trás.

— Se eu fosse você, não duvidaria — aviso. Seu olhar apavorado encara a janela, então vem sua conclusão:

— Tá bom, mas vou continuar vendendo para veteranos.

Cerro o maxilar e olho em seus olhos.

— Não interessa o que vai fazer, só não desobedeça minhas ordens. A não ser, que não queria continuar vivo.

— Sim, majestade — veneno em seu tom.

— Agora vaza! — mando, ele revira os olhos e some em direção aos corredores da grande mansão.

Me sento na poltrona, desabotoando a jaqueta. Bufo irritada. Maldito dia que me envolvi nessas merdas.

— Hayley? — Alec chama, entrando na sala.

— O quê é? — resmungo, sem paciência.

— Relatório, gata — fala e eu faço sinal para o mesmo prosseguir.

— Houve notícias dos caras que estão aterrorizando a cidade — inicia e eu massageio minhas têmporas doloridas.

Esses malditos mascarados andam me aterrorizando ultimamente, queimando boates, matando gangues rivais e ameaçando todos os chefes por diversão. Não sei como não chegaram até mim. Estranho, mas melhor assim!

— Hum...esses intrusos são persistentes — reclamo — descubra quem é e traga até mim, se não forem passivos mata!

— Não sou seus capangas que sai matando, Hayley — lembra e eu olho-o. Sem mais delongas, senta-se ao meu lado e me fita sério — que foi? — pergunta — está com problemas?

— Não, estou bem! — sorri com deboche.

— Sou seu melhor amigo, desde sempre. Se acha que consegue me enganar, está realmente maluca.

— Como ousa me chamar assim? — falo sério e o mesmo me olha, como se tivesse sua confirmação

— Acha que agora que assumiu os negócios e controla a cidade vai me intimidar, Hayley? — diz em puro veneno e meu sangue ferve — está perdendo tempo, querida. Agora pare de se esconder atrás do seu disfarce de chefe de gangue e me conta tudo que está te incomodando.

— Ah, não tem medo? — pergunto, apontando a arma para sua cabeça — se fosse você, eu teria — digo e o mesmo desdenha, nem um pouco intimidado — deixa eu ter minha pose de bandida mal — faço biquinho, guardando a arma e o mesmo me abraça.

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