16- sobreviver é lucro.

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Nikolas Black.

Se uma palavra me define, é ódio. Desde que Hayley me provocou e simplesmente foi embora, só restou ódio e tesão. Porra, eu nunca desejei tanto uma mulher em minha vida quanto a desejo e ela simplesmente me provoca e vai embora.

Taco um jarro de vidro na parede e quebro minha mesa, em uma onda que estremece a casa.

Quem ela acha que é? Eu quem dito as regras, não ela. Ninguém nunca teve a audácia de fazer isso, ainda mais sabendo o que eu sou e o que posso fazer. Isso me irrita, isso me irrita MUITO.

Ela me deixou tão duro que sinto que vou explodir, como ninguém nunca me deixou. Vê-la em cima de mim, é uma cena que jamais sairá da minha memória. Sinto meu pau pulsar, somente em lembrar.

Vou até o banheiro, ligo o chuveiro. Fecho os olhos fortemente, sentindo a agonia, a vontade de ultrapassar os limites, obrigá-la a terminar e torturar seu corpo enquanto possuo também sua alma. Sinto o chiado da água esfriando meu corpo, apagando a chama que ronda minha pele e a fumaça se espalha. Meu pau fisga, com a lembrança de seu olhar perverso. Não sou de fazer isso, mas não tenho escolha.

Envolvo meu pau, acariciando lentamente em movimentos de sobe e desce, acelerando aos poucos com a imagem de Hayley sobre mim, me fazendo ficar com ainda mais tesão. Sua boca quente chupando meu pau, com auxílio de suas mãos pequenas. Gemi necessitado, ofegante, pulsando entre os dedos.

— Hayley...— grunhido seu nome, vendo-a quicando em meu pau. Mordo os lábios com prazer ao acelerar minhas mãos, enquanto ela está cavalgando em mim, como se fosse a última coisa que fosse fazer no mundo.

— Nick? — Adrian bate na porta.

— Saia! — ordeno firme e o mesmo obedece, sem questionar.

Continuo meus movimentos e sem demorar muito, gozo, desesperado por amparo de sua buceta quente e apertada, explodindo minha porra na parede com força. Passo as mãos em meus cabelos e respiro fundo.

Hayley consegue me tirar de mim, como nenhuma jamais fez. Isso me deixa furioso.

Termino meu banho normalmente e me deito na cama, pensando no nível precário que cheguei. Nunca precisei fazer isso.

•••

Acordo com o Sol batendo em meu rosto, aparentemente havia esquecido de fechar a cortina. Estalo os dedos e a mesma se fecha.

Bufo encarando o teto, me lembrando, droga, é meu aniversário.

Se tem um dia que odeio, é essa droga de dia. Tudo nesse dia me faz voltar para dor de saber que há 20 anos atrás, minha mãe colocou eu no mundo e meu pai nos abandonou, como se fossemos nada.

Eu o odeio com todas às minhas forças, ele é o culpado de eu ser assim, mesmo assim, nunca nem sequer se importou em me ajudar a lidar com isso.
Ele é o único que poderia ter me ensinado a usar meus poderes, sem que eu precisasse matar a única irmã que eu tinha.

Odeio esse dia!

Hayley Still.

Esta noite, eu não dormi nada. Apenas fiquei me questionando o porquê fiz aquilo, justo um dia antes de seu aniversário, o dia que ele mais odeia. Culpa, isso que sinto, mesmo que não sabia sobre.

Passo pela porta de seu quarto, mas não tenho coragem de bater. Eu quero saber como ele está, o porquê dele odiar tanto hoje.

Escuto barulho de coisas quebrando e faço menção de bater, mas um arrepio toma meu corpo. Respiro fundo, rezando o pai nosso e bato na mesma. Um silêncio horripilante se forma e bato novamente, sem resposta.

Passo a mão na maçaneta, incerta.

— Vá embora! —  sua foz está 100% modificada, assustador. Seu timbre é aterrorizante, a voz mais grossa que o normal e transmite uma áurea...demoníaca.

Novamente puxo uma grande lufada de ar e abro a porta, me deparando com a pior cena da minha vida.

Nick está de costas, pelado, rodeado por chamas, chifres enormes, asas pretas ainda maiores do que de costume e uma calda da mesma cor; marcas escritas por seu corpo, em uma língua que não sei. Ouço sussurros bizarros, mas não dele. Me ar se prende a garganta e um sufoco repentino me atinge.

— Ni...Nikolas? — chamo, sentido minha voz falhar e me aproximo à passos lentos.

Ele solta uma curta risada sem humor avassaladora, ao me ver gaguejar, o que confesso ter me dado vontade de correr para tão longe, que meus pés iriam virar pó.

— Eu te avisei, deveria ter medo de mim — observa o óbvio em tom frio e sombrio.

Puxo o ar.

— Nikolas Black, olhe para mim — mando, tentando não fraquejar e sinto um calor imenso ao chegar perto do fogo.

— Não se aproxime! — ordena.

— Olhe para mim — peço e o mesmo inclina a cabeça para o lado, logo depois se vira, como pedi.

Fito seus olhos, que diferente de sua outra versão, são vermelhos e transmitiam tanta dor que dou uma vontade de chorar repentina. Não só por tristeza, medo e maldade também exalam.

Adentro as chamas e o beijo, de forma tão sincera que eu mesma me surpreendi. O fogo irradia, esquentando todo meu corpo, queimando minha pele, mas não ligo. Sinto o fogo desaparecer e Nick me agarra pela cintura e a outra mão em meus cabelos.

Ele me beija de forma que nunca vi antes, sua língua penetrando minha boca de forma necessitada e incrível. Nunca vi um beijo tão quente como aquele, mas ao mesmo tempo sereno e sincero.

Empurro o mesmo para sua cama, ficando em cima dele, beijando seu pescoço, sedenta por cada pedacinho seu. Passo a mão por seu corpo nú, o explorando, e ele agarra meu ombro, os empurrando para trás sem intenção de machucar, mas sua força está anormal, quase deslocando meu ombro. Olho em seus olhos que estavam apenas pretos novamente, sua cabeça sem sinal de chifres. Sinal bom, não?

— Se estiver me provocando, de novo, garanto que vai se arrepender! — sua voz é normal novamente, mas não menos horripilante e profunda.

Ignoro sua fala e beijo seus lábios, o provando que não estou brincando.

— sério Hayley, não vou conseguir ter controle o suficiente para ser carinhoso com você na sua primeira vez. Eu posso te machucar de verdade...— diz enquanto beijo seu pescoço, seus olhos se tornam azuis novamente, demonstrando uma vunerabilidade em seu olhar.

Sei que vou me arrepender muito, mas se for ajudar, que eu me foda.

— Sei disso — declaro e o beijo novamente, fazendo uma pausa segundos depois, para olhar em seus olhos que estavam pretos novamente. O que para mim é um bom sinal, por não serem vermelhos.

Antes que eu raciocine, ele se vira por cima de mim.

— Desculpa — surra e eu fecho meus olhos, forte. Naquele momento, sabia que se eu sobreviver é lucro.

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Autora onn.

Gente, não esqueçam, é um dark romance, então não julgue os personagens.

O próximo capítulo é hot!

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