60- não estão bravos?

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Hayley Still.

Estou deitada na cama de Nick, com a cabeça em seu abdômen e o mesmo me rodeia com seu braço, ambos mexendo no celular. Até que então, posso ouvir
as batidas na porta.

Toc...toc...toc...

Olho para a mesma, me afastando dos braços de Nick, tempo exato para que Kátia e meu pai abram a porta.

Eles nos olham envergonhados e nós os olhamos da mesma forma, o constrangimento foi para todos.

— O que precisam? — Nick quebra o silêncio constrangedor.

Nem ligo para parte de que eles irão desconfiar, já que nós estamos deitados juntos, — acho que irmãos fazem isso, né? — E também, o constrangimento é maior para eles, não vão pensar nisso agora.

— É...eu queria ter um papo com você, Nick — meu pai fala e eu olho para Nick, com o olhar duro.

Vish, ver meu pai daquela forma, com certeza é aterrorizante, mas ver a mãe nessas circunstâncias deve ser com certeza pior.

— E você, vem comigo querida — Kátia diz, Nick me olha fixamente e assente, me permitindo ir. Me levanto, aproximando meus lábios de seu ouvido, fingindo lhe dar apenas um beijo na bochecha, carinhoso.

— Não mate meu pai! — ordeno e ele não faz nenhum sinal, sorriso, nem fala, simplesmente nada.

Me levantei da cama e saio do quarto, acompanhando Kátia até meu quarto e fechamos a porta.

Sento-me na minha cama e ela anda de um lado para o outro, como se pensasse no que falar.

— Hayley...eu sinto muito — fala de forma tensa.

— Não, não sente — me olha fixamente, é notável seu nervosismo — ninguém sente por fazer sexo, relaxa aí — falo com um sorriso e ela ri envergonhada, sentando-se em minha cama.

— Realmente, mas quero me desculpar por vocês terem visto, lá não era lugar — fala e eu seguro sua mão, tentando passar consolo.

— Tudo bem, não temos cinco anos. Além do mais, é bom ver meu pai...feliz — ela sorri.

— Às vezes, esqueço que você não é mais a menininha de 17 anos que conheci — acaricia meu rosto.

— Não mesmo — falo convencida e ela ri.

— Hayley, nunca quis tomar o lugar da sua mãe, mas com certeza te vejo como minha filha — sinto meu coração palpitar.

— Fico feliz de ter conseguido sair da "filha rebelde do marido", para só uma filha — confesso.

— Você era uma monstrinha no começo, mas gosto de você mesmo assim — diz em tom de brincadeira — posso te dizer uma coisa, queria que Nick fosse tão compreensivo como você.

— Ah é, o Nick...mas acho que ele não vai matar meu pai não — ela suspira, preocupada.

— Ele já fez com você também, não já? —  paraliso por um instante. Fez o quê?

— Sim, mas ele melhorou — suponho que ela esteja se referindo a ele matar quem nos toca.

— Se ele matar seu pai, eu não sei o que eu faço, eu realmente o amo — diz e uma lágrima escorre em seu rosto.

— Não vai, se acalme — limpo suas lágrimas e escuto um barulho de coisa caindo fora do quarto, e me desespero. MERDA Nikolas!

Nikolas Black

Alma Em Vermelho Onde histórias criam vida. Descubra agora