11- 200 metros do chão

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Hayley Still

— Quer apostar? — pergunta, em tom ameaçador.

— Ah, mas eu quero! — falo e percebo a merda, quando o mesmo sorri de forma macabra e dali em diante foi oficial, essa é a maior merda que fiz na vida, desafiar Nikolas Black.

Ele abre as grandes asas pretas e vem em minha direção, foi tão rápido que só o senti me agarrar e impulsionar para trás. Dentro de dois segundos, já estavamos em um...

— aí caralho, é um prédio — ofego, aterrorizada.

Nikolas me segura pelo pescoço, beira um arranha-céu. Sinto a brisa no meu rosto e olho rapidamente para baixo, pior decisão. Eu tenho pavor de altura.

— ainda dúvida de mim, princesa? — posso jurar que o mesmo sorri sadicamente, mas não quero arriscar abrir o olho para olhar.

— Nikolas me solta, eu tenho pavor de altura, seu psicopata — choramingo.

— Que pena. Quer ir para baixo, meu amor?

— Sim. Sim, me solta — puxo a coragem e abro meus olhos. Fito seu rosto, os olhos frios e pretos, antes de vê-lo curvar os lábios em um sorriso sútil, mas diabólico.

— Você quem pediu! — me solta.

— Nikolas...— grito, despencando do prédio.

O vento forte bate contra meu corpo, esvoaçando meus cabelos, prendendo meu grito contra o peito, desaparecendo meu ar e a pressão do vento dói. Fecho meus olhos ao ver o chão, já não tão distante, aceitando meu destino.

Braços agarram minha cintura,  reduzindo a velocidade da queda e depois subindo rapidamente. Tontura me atinge, completamente alheia ao que aconteceu tão rápido. Abro meus olhos, quando sinto uma superfície sobre meus pés. Meu estômago embrulha, levo a mão a boca, engolindo o bolo que se formou. Olho ao redor, vendo que estamos em cima do mesmo prédio, mas dessa vez longe da ponta. Puxo o ar com força, queimando meus pulmões.

Aí meu Deus.

— já pode me soltar — diz e eu percebo que estou agarrada igual sanguessuga ao seu corpo.

Dou uma joelhada em suas bolas e o mesmo se afasta, caindo de joelhos no chão — seu arrombado do caralho, você me jogou de um prédio — falo em puro ódio — ai meu Deus, você me jogou mesmo de um prédio — desespero.

— ahh — grunhi — porra...— geme em dor — essa doeu! — se levanta, afetado.

— Eu vou te deixar aleijado na próxima — digo, em puro ódio.

— Quer que eu faça de novo, só que dessa vez sem a última parte? — pergunta, se aproximando e eu me afasto.

— Você não é nem doido!

— Ah, eu sou — diz sério — você não vai para casa de outro cara! — agarra meu pescoço e fico na ponta dos pés, tentando respirar.

-— Por que se importa tanto, está com ciúmes? Acha que vou dar para ele? — provoco. Em sinal de que consegui, o mesmo aperta ainda mais forte meu pescoço. O olho com raiva, tentada a irritá-lo ainda mais — e você tem razão, vou sentar neles até não aguentar mais...

Sou interrompida por seus lábios. Sua língua pede passagem à minha, como se dependesse disso para viver. Concedo e o mesmo adentra minha boca de forma gostosa, logo nossas línguas entram em perfeita harmonia, me fazendo arfar. Seguro seu pescoço, subindo para os cabelos, invadindo seus fios lisos com os dedos, explorando-o.

Sua mão aperta minha cintura, enquanto a outra adentra meus cabelos, fechando a mão em meu couro cabeludo, dando um puxão firme para trás, liberando passagem por todo meu pescoço e o chupa de forma necessitada e quente. Um gemido escapa de meus lábios, quando ele deposita um chupão abaixo de meu lóbulo e a mão aperta minha bunda.

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