26- sozinhos mais uma vez.

1.2K 89 0
                                    

— Tchau pessoal, até mais — me despeço, acenando para os que estão indo embora.

— Já vamos também, Hayley — Adrian diz, acompanhado de Jeon, Ivi e Alec — até mais — todos me abraçam e saem.

Fecho a porta e vou até a sala, vendo Kátia e meu pai descendo as escadas com as malas, havia esquecido que eles iriam viajar hoje novamente.

— Hayley, nós já estamos indo também. Desculpa não podermos ficar o resto do dia com você — meu pai fala passando a mão em meu rosto.

— Tudo bem, pai. Já fizeram uma festa para mim, não tenho o que reclamar — digo sorrindo. Sei que eles adiaram a viagem para hoje à noite, só para conseguir passar a maior parte do meu aniversário comigo.

— Espero que tenha gostado mesmo do presente que demos querida — Kátia suspira me abraçando.

Katia e meu pai, me deram uma moto nova que custa no mínimo duzentos mil, eles sabem que me amarro em motos. Então é impossível não gostar ainda mais sendo preta, minha cor favorita.

— Com certeza, eu amei — sorri — mas agora vão logo, se não vão atrasar — digo e eles assente.

— Se precisar de alguma coisa peça a Nick, ou nos ligue — meu pai fala e eu assinto, me segurando para não revirar os olhos — toma cuidado e tranca a casa, está tendo muito assassinato ultimamente — eu olho para Nick que sorri de canto, ainda olhando concentrado o celular — beijos filha, ao sairmos tranca a porta! — Eles vão até a porta e saem pela mesma, desaparecendo de meu campo de visão.

Me viro novamente e vejo Nick sentado no sofá, mexendo no celular. Passo pelo mesmo e pego minhas sacolas de presente, bom, pelo menos uma pequena parte deles.

Subo as escadas e coloco no chão do meu quarto, para organizar todos em meu closet e fito a bota que Nick me deu. Por orgulho iria jogar fora, mas que se foda, foi o meu presente favorito, junto a moto e um moletom, não vou jogar fora só porque foi um babaca que deu.

Guardo a mesma junto as minhas botas favoritas e saio do closet, me deparando com todas as sacolas em cima da minha cama, acompanhadas da presença de Nikolas, deitado na mesma, de forma tranquila enquanto mexe no celular.

Paro em frente a ele e cruzo os braços — vaza! — mando e o mesmo ergue um pouco o pescoço, me fitando.

— Não, estou bem aqui, valeu — fala tranquilo e eu bufo.

— Ah, não vai sair? — falo e o mesmo concorda com a cabeça — já que não vai sair, trata de me ajudar a guardar as coisas — recebo um olhar incrédulo.

Vamos ver se ele não sai agora, com certeza não vai servir de meu empregado pessoal...

— Sim Sra, onde guardo? — pergunta, pegando uma sacola e levantando-se, eu o encaro com sangue nos olhos e o mesmo me olha ainda em questionamento sereno.

Que raiva desse babaca, olho-o fixamente sem responder e ele arqueia a sobrancelha. Merda, esse filho da puta ainda é o mesmo pé no saco de cinco anos atrás, só que agora, consegue estar ainda mais insuportável.

— E então? — questiona, me tirando de meus pensamentos e fito o vestido preto curto em suas mãos — vou colocar em qualquer lugar, se Warter não devolver sua língua.

— Gaveta três. Cuidado, é separado por cor — explico e ele assente indo em direção ao closet — Warter? — Franzo o nariz e ele me dá um olhar humorado — que caralhos é isso, Nikolas?

— Nada não — o olho desconfiada. É um demônio? — sim, um demônio. Come línguas e blá blá blá — dita e segue para o closet. Como ele sabe o que pensei?

Alma Em Vermelho Onde histórias criam vida. Descubra agora