31- febre.

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Hayley still

Abro a porta da casa e ando pela sala, sem sinal de Josh, que sempre vem ao meu encontro — Josh, meu amor, cheguei — chamo em sua espera e nada do mesmo aparecer.

Subo até o quarto de Nick e não vejo nem Josh e nem Nick, o que me preocupa. Meu Deus, o que tá acontecendo? Pego meu celular para ligar para ele, enquanto caminho até meu quarto. Entro em minha suite, enquanto disco o número de Nick, mas paro ao ver uma das cenas mais fofas que já vi em toda minha vida.

Nick está deitado ainda em minha cama, junto a Josh. Os dois dormem serenamente juntinhos — que fofo —abro a câmera e tiro uma foto dessa cena tão linda. Pai e filho, cinco anos depois e ainda se amam.

Foco Hayley!

É estranho Nick estar dormindo ainda, ele nunca foi de dormir muito, que eu saiba. Me aproximo do mesmo e coloco as mãos em sua testa, me assustando com a temperatura, está queimado em febre, de forma anormal. Ele está muito, muito quente.

— Nick? — balanço seu corpo, tirando a mão rapidamente e sinto ardendo. Merda me queimei. O mesmo abre os olhos, completamente pretos e dou um passo para trás, assustada, mas relaxo ao ver o quão sonolentos e alheio a dor estão seus olhos — cheguei — digo e ele me olha fixamente — você está queimando em febre. Está tudo bem? — pergunto e o mesmo assente.

— Está sim, desculpa não ter saído da sua cama, apaguei — senta-se e eu paro-o, antes que saia da cama.

— Não há problemas, mas estou preocupada com você, você está doente — observo o óbvio e ele me olha nos olhos.

Seus olhos estão frios e sem vida, nem parece o mesmo Nick.

— Eu não fico doente, Hayley —  arquei a sobrancelha. Ele raramente me chama de Hayley sem estar bravo, que merda está acontecendo?

— Se isso não é ficar doente, realmente não sei o que é, mas independente de você aceitar, ou não, vou cuidar de você! — aviso e ele cerra o maxilar.

— Não precisa! — me levanto.

— Não saia daí — ordeno, indo até o banheiro.

Vou até o banheiro, ligando a banheira e colocando para encher em água gelada. A deixo enchendo e vou até o closet, passando por Nick que me olha curioso, mas não fala nada, o que na minha opinião é estranho. Ele calado é um poeta.

Entro em meu closet e troco minha roupa, já que ainda estou com a da faculdade.

— Nikolas? — chamo-o.

— Fale — diz na mesma hora, parado na porta, encostado no batente de braços cruzados. Desde quando ele está aí?

— Me ajuda aqui? — peço, apontando para a toalha em cima de meu guarda roupas.

Por um momento ele fica em silêncio e não faz nada — não creio que ele vai se recusar a me ajudar — Ele me lança um olhar questionador e vai em direção, pegando a tolha e me entregando a mesma.

Estranho, ainda não teve nenhuma piada, comentário ou tentativa de algo.

— O que pretende? — pergunta em tom frio, me olhando atentamente.

— Você vai tomar banho! — mando e o mesmo sorri de canto — é sério, tira a roupa.

— E você vai me ajudar? — dúvida maliciosa em sua voz.

— Não é isso, é que você vai ter que ficar em uma banheira de gelo — arqueia a sobrancelha.

— Não há necessidade — diz e eu cruzo os braços.

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