10- demônio.

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Hayley Still

Chegamos em casa e fui direto para o meu quarto. Troquei de roupa já que estava com a do funeral ainda...meus olhos enchem de água ao lembrar.

— Foco Hayley, você tem que superar, ele vai continuar vivendo no seu coração — digo a mim mesmo, tentando evitar mais um ataque de choro de 40 minutos.

Pego meu sorvete que já está um pouco derretido e começo a tomar.

•••

Barulho de celular tocando e vejo que é Victor.

Ligação onn

— Oi, Hay — diz com a voz triste — sinto muito, pela morte do Liam. Como você está? — a voz de Victor é triste.

— Sinto sua falta — digo com meu peito doendo — mas não quero me afundar na tristeza, ele não iria querer.

— Verdade. E não iria querer que você fique sozinha na primeira noite depois que ele se foi.

— não se preocupe, eu vou ficar bem — digo sem saber se é verdade.

— Vem para cá essa noite, Brandon e o Haven vão estar aqui também — ouço ele dizer, enquanto desço as escadas.

— tudo bem — falo, enquanto vejo Nick parado no balcão, de forma sinistra — que horas?

— Às oito!

— Ok, bjs.

Ligação off

Me viro para Nick novamente e o fito, me perguntando o porquê dele estar com a cara fechada e me olhando como se eu tivesse cometido um crime.

— vai a algum lugar? — pergunta, com um tom de voz macabro e confesso que me dá um pouco de medo.

— Sim. Por que está me olhando assim?

— Assim como? — pergunta, sinicamente.

— Como se fosse um demônio obsessor e não quisesse que eu saísse — confesso e o mesmo sorri de canto, de forma macabra — meu Deus, você é estranho!

— vai para onde?

— Não que seja da sua conta, mas vou dormir fora — seu olhar fica ainda mais intenso.

— Homem ou mulher?

— Homem... por que quer saber? — pergunto confusa, enquanto o mesmo se aproxima e dou passos para trás, até bater minhas costas no balcão e não ter mais para onde fugir.

— porque você não vai! — diz, tão perto que posso sentir sua respiração.

— Ah tá, e por que não? — pergunto, desafiado-o.

Quem ele pensa que é, para poder falar para onde eu vou ou não?

— porque eu estou falando que você não vai! — diz simplesmente, em tom ameaçador.

— Sai de perto de mim, seu babaca. Você não é meu pai e piorou meu namorado para dar ordens — rosno em puro ódio e o mesmo me olha com desdém — se afasta agora!

— Ou o quê? — pergunta, se aproximando ainda mais. Fico com a cabeça totalmente erguida, devido seu tamanho. Olho a olho.

Pegou a faca no balcão atrás de mim e a coloco em seu pescoço.

— Quer mesmo descobrir? — questiono, tentando não gaguejar e o mesmo sorri de forma sádica.

— Vamos, tente. Quero ver se tem coragem — fala com um tom desafiador.

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