26- happy birthday for my.

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Hayley Still

Acordo com Josh me lambendo, mulando em cima de mim, abraço o mesmo que parece mais eufórico do que nunca. Solto um grunhido de dor, à minha cabeça lateja e eu passo as mãos pela mesma.

Adoro festa, mas a ressaca é um inferno.

Me levanto e pego o remédio para dor de cabeça ao lado da minha cama, junto a um copo de água. Kátia deve ter deixado e saído, ela já fez isso.

Engulo fazendo uma careta desgostosa e me levanto, vou até o banheiro, escovo os dentes e penteio o cabelo. Troco de roupa e desço.

— Foi só um sonho, Hayley! — digo a mim mesma, tentando me convencer.

Aquela peste ter voltado não vai te afetar, não é porque ele está botando o terror na cidade que você vai ser aterrorizada também, eu dito as regras, não ao contrário!

Desço as escadas e vejo Kátia e meu pai, tomando café da manhã. Me sento junto aos mesmos.

— Bom dia! — falo apertando os olhos, sentindo o eco da minha voz devastar meus neurônios por dentro, latejando minha cabeça.

— Bom dia filha, feliz aniversário.

— Bom dia querida, parabéns.

— Obrigado gente — agradeço pegando um copo de suco — passa o pão para mim, pai? — peço e o mesmo faz.

— EAI filha, tá tudo bem? — meu pai diz e eu assinto.

— Está sim, só estou com um pouco de dor de cabeça e muita ressaca — assumo e o mesmo assente — mas graças a gentileza de Kátia de ter me deixado remédio, já tomei e vou melhorar — falo sorrindo minimamente para ela em agradecimento e a mesma me fita, confusa.

— Mas eu não deixei remédio no seu quarto — olho confusa.

— Se não foi você, quem foi? — pergunto, mesmo já sabendo a única resposta possível, já que só moramos nós três. Olho para meu pai, óbvio.

— Fui eu! — a maldita voz familiar surge  atrás de mim, paralisando-me por um instante e me recuso a olhar.

O mesmo senta-se à minha frente e eu o fito incrédula, com certeza não foi um sonho.

— Filho, você já chegou — Kátia diz animada e deposita um beijo na bochecha do mesmo.

— É bom tê-lo novamente com nós, Nick — meu pai diz, ganhando um sorriso mínimo agradecido.

Esse sorriso com covinhas nojentas, não acredito que o cretino tem a coragem de aparecer como se nunca tivesse sumido do nada.

— Feliz aniversário, Hayley — me fita com a cara mais lavada e seus olhos azuis parecem me sufocar.

— Obrigado, Nick — meu deboche  não passa despercebido — diferente deles, não estou feliz em te ver, então se me der licença, vou para o meu quarto — me levantando e indo para o meu quarto em passos largos, sem mais avisos.

Falso do caralho, ele acha que é quem para sumir durante cinco anos e voltar fingindo que nada aconteceu? Fecho a porta do meu quarto e deito em minha cama, me afundando em cobertas quentinhas. Não creio que vou ter que olhar para a cara daquele babaca todo dia novamente.

toc...toc...

Ouço batidas na porta.

— Vai embora! — fala seca, já sabendo quem é.

Como se minha opinião não valesse nada, a porta se abre e vejo Nick na mesma, nada surpresa. Ele entra e fecha a porta atrás de si.

— Você é surdo, ou burro? — pergunto, com falsa inocência e o mesmo se aproxima.

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