Hayley Still.
— Então Jeon, o que você faz no tempo livre? — pergunto, enquanto o mesmo toma um refrigerante de sabor duvidoso.
Ele me fita e dá um sorriso de canto.
— Eu trabalho — é a minha vez de rir.
— Ah tá — ironizo, ele me olha fixamente — que tipo de trabalho?
— Boto fogo em igrejas, mato pessoas... esse tipo de coisa — assume de forma natural, como se já soubesse que eu sei.
— Revelador — dá de ombros.
— mas e você, Hayley? — pergunta, e eu suspiro relaxada.
— Ah...eu gosto de brincar de caçar incendiários no tempo livre — falo e o mesmo sorri de forma natural, como se eu não tivesse dito que estou o caçando.
— Achei que gostava de incendiários — franzo o nariz — surpreso? Não — debocha.
— O que faz aqui? — pergunto e o mesmo pega o cigarro de meus dedos, que ofereci — tenho certeza que não me deixou descobri-lo por nada — faz sinal com a cabeça de que tenho razão.
— A máscara incomoda — zoa com minha cara e relaxa ao encostar as costas na parede — largue a máfia, ou seja lá como chama essa brincadeira de gangster sua, Hayley — manda em tom ameaçador e eu dou risada sarcástica.
— E por que deveria fazer isso? — pergunto e o mesmo passa a língua pela parte de dentro da bochecha.
— Sua vida está correndo perigo, já está na hora de parar de brincar de chefe, não acha?
— E se eu não quiser? — atiço, seu olhar muda para raiva — sou a princesa da máfia, não é? — falo de forma sarcástica, por ele me chamar de princesa.
— Desculpa, mas não posso te chamar assim de novo — um sorriso estranho brinca em seus lábios e eu franzo o nariz confusa.
— E quem te impede? — ele sorri de canto e desvia o olhar.
— Boa tentativa. Se eu fosse idiota e você menos lerda, conseguiria sua resposta.
— Fazer o quê, eu tentei — provoco, ele tomba a cabeça para o lado.
Lerda, por que lerda? O que não estou entendendo?
— Saia da minha área Jeon e leve seu amiguinho também, se não quem vai correr perigo é vocês — ameaço e o mesmo suspira.
— Você está avisada — diz, se levantando.
— Digo o mesmo a você! — retribuo a ameaça e ele se vira, saindo em passos largos.
O vejo sumir por completo e bufo. Alec e Ivi saem de trás do painel, me fazendo revirar os olhos, claro que eles estão aí.
— Que fazem aqui? — questiono e os mesmos sorri amarelo.
— Não íamos te deixar aqui sozinha, com um maluco, desconhecido — Alec.
— Vai que ele te atacasse — Ivi diz, preocupada.
— Obrigada, mas sei me virar sozinha — digo e eles me abraçam — por que tem sempre que ter abraços? Odeio toque físico — eles me abraçam ainda mais e eu bufo, retribuindo.
— Você ama a gente, só aceita — Ivi diz e eu sorri.
— Tá — digo e eles sorriem —agora desgruda e vamos.
— Tá bom, Srta mandona — Alec diz e caminhamos até os armários, que são uns do lado dos outros.
Vou até meu armário e abro vendo mais um bilhete, escrito: " está avisada, princesa! ". Ai que raiva desse idiota. Amasso e jogo no lixo.
Eu vou ter o prazer de acabar com a sua raça.
— Teremos um lugar em específico para irmos — início e Ivi me olha sem entender e eu balanço o bilhete entre meus dedos — descobriremos quem é o filha da puta do segundo mascarado — sorri macabramente e fecho à porta do armário.
— Tem certeza que é uma boa ideia? — Alec pergunta medroso e eu cruzo os braços — já tem gente os caçando, Gabriel por exemplo, nem dorme direito, ele está vivendo para isso, Hayley.
— Sei disso. Reforçarei as buscas, colocarei mais capangas e procurarei um por um — falo e ele franze o nariz — farei uma caçada, quem conseguir, ganhará 10.000.000 de dólares!
— Hayley, não acha que está exagerando? — Ivi.
— Não, só estou começando!
•••
— Quero que distribuam fotos de suas máscaras, a do que nós não sabemos vale o dobro! Quero cada miserável dessa cidade os caçando, queime casa, depósito, loja, qualquer coisa que eles tenham. Quero a cabeça deles!
Olho para os mais de sessenta homens e mulheres à minha frente e cerra o maxilar.
— Quem me trazer as máscaras, ganhará 10.000.000 de dólares em dinheiro, sem taxas — ouço gritos e aplausos sedentos — Vão e espalhem a notícia, vocês tem até dia nove de janeiro. Que comece a caçada!
Todos saem da sala apressadamente e eu gargalho da situação, é excitante. Quero ver até onde isso vai, será que esse mascarado é bom o suficiente, ou pelo menos, se esconde bem? Terei a resposta dentro de três dias.
— isso é uma atitude e tanto! — Gabriel fala e eu o olho fixamente — poucos têm essa coragem, eles são as pessoas mais procuradas do momento, mas colocar a cabeça deles a prêmio, é colocar a sua também! — avisa.
Por que não um desafio? Um desafio nos torna mais resistentes e o dinheiro nos impulsiona à fazer coisas horríveis.
— Acha que fiz errado, Gabriel? — pergunto, acendendo um cigarro.
O mesmo me olha fixamente e franze a testa. Gabriel é plenamente sábio e não desobedece minhas ordens, piorou me questionar por algo desde que tomei a gangue que matou sua família, acho que é gratidão ou, algo do tipo. Independente, ele é um bom conselheiro.
Gabriel sorri de canto e acende seu cigarro também, observo ele atentamente, que parece preocupado.
— Jamais, você só agiu como uma chefe — dá uma tragada.
— Mas? — falo soltando a fumaça.
— mas eles também irão nos caçar, está preparada?
Penso sobre sua resposta e a única coisa que vem em minha cabeça é um...
— Com certeza! — Gabriel me olha e sorri.
— Você se tornou um monstro, Hayley! — fala e eu sinto uma facada no peito, principalmente por ser verdade — quem te tornou assim? — dou risada.
— Sempre fui, só precisei de um gatilho!
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Alma Em Vermelho
FanficMe apaixonar pelo filho da minha madrasta, não estava em meus planos, quando o conheci sem saber quem ele era, vi apenas um ser humano, não o mostro que montava em minha cabeça. Quem diria que eu viveria um filme, onde se é apaixonada pelo capitão d...