-Quem é? -Reclamei. O sono era enorme, me sentia totalmente drogada. Grog.
-Srt. Hamkins? Você tem apenas uma hora de tempo antes da chamada à sala estúdio.
-An?
-Srt. Hamkins? Abra a porta.
-Ahhhh. Me deixa dorm...
-Senhorita? Irei abrir a porta.
-Ah! Faça o que quiser. -Virei e puxei o edredom sobre meu rosto. A porta bateu e um barulho de passos atravessou o quarto.
-O que você tomou?
-Nada. -Respondi de olhos fechados.
-Você sabe que bebida alcoólica pode resultar em expulsão?
-Sim. Não. Não é isso. Quero dizer.
-Tenha coerência srt. -A mulher ordenou. Só então abri os olhos. Ela usava uma roupa estilo secretária na cor bege. O cabelo extremamente liso e preto.
-Quero dizer que não bebi nada. Só o remédio. Só ele. -Virei e voltei a fechar os olhos.
-Você consegue sentar?
-Sim. Mas pare de me incomodar. Preciso dormir.
-Já chega, srt! -Ele alterou a voz. -Soldado Becker?
-Pois não.
-Entre no quarto.
-O que precisa senhora?
-O que a srt. Hamkins tomou ontem. A última refeição.
-Apenas uma cartela de remédios para dormir, senhora.
-Quantas cápsulas?
-Seis.
-Onde está a cartela, srt.Hamkins?
-Ah. Não sei.
-Procure a cartela, soldado.
-Aqui está. -Ouvi ele andar pelo quarto.
-Apenas um restante? -Ela arfou incrédula. -Chame a direção médica, soldado.
-Sim senhora. Algo mais?
-Traga um café. Que seja quente e amargo. De preferência bem forte.
-Não tomo café! -Contestei.
-Não importa. A essa altura, você não tem muitas opções. -Ela disse. Era nítida a repulsa e raiva que ela sentia por algo sair do contexto.
-Tudo bem. Ajude-me levantar. -Pedi. Ela me deu a mão e ajudou-me a ficar de pé. Eu ainda usava a roupa que estava no dia anterior.
-Podemos entrar? -O soldado que estava de guarda em minha porta perguntou. Ele estava acompanhado de um outro senhor de jaleco e calça branca e uma servente com uma garrafa térmica e xícaras.
-Você pode levá-la até a banheira, srt. Louise?
-Sim. Venha, srt. Hamkins! -Ela puxou em minha mão esquerda e andou comigo até o banheiro. O médico veio atrás.
-O senhor vai ficar aqui? No banheiro?
-Não. Só quero me certificar de que a água estará na temperatura mais gelada possível. -Ele disse dando um passo à frente e checando a água que saia da torneira. -Pronto! -Ele saiu batendo a porta e nos deixando a sós.
-Tire as roupas! -Ela ordenou. -Não contestei. Abri a blusa e comecei tirar a calça.
-Entre na banheira, srt.
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Império
AléatoirePara provar que sua classe social não conta o que o futuro lhe reserva. Em um século XX onde o mundo é dividido em quatro. O livro começa com a morte do rei, deixando o país e todo povo em estado de choque, mas nada comparado com o estado de Arthur...