Capítulo 60

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Se eu pudesse escolher, com toda certeza não safária a vida de desconhecidos, em troca da vida de uma única pessoa que amo. Parece clichê de mais, sair de um lugar seguro, deixar a família, e ir defender o futuro de gente que nem mesmo se conhece. Arthur agora é tudo que tenho, só desejava que ele nunca tivesse saido daqui. Por um momento chego a sentir raiva de todo esse povo, que assim como levaram a vida de toda a família de Arthur, vão acabar por levar a sua também.

O carro em que Nicole estava, entrou no estacionamento do hotel, logo seguimos.

-Vista isso, senhorita. -O guarda que vinha ao meu lado no carro, entregou-me um casaco preto, puxou o capuz sobre minha cabeça e me guiou pelo caminho, cujo eu só via o chão.

-Por que devemos entrar por aqui? -Perguntei enquanto indicava o elevador de serviço.

-Venham! -Nicole entrou juntamente.

-O que há com ela? -Questionei.

-A senhorita está com a temperatura alterada. Vamos! -Ele me disse, e novamente protegeu Nick em seu colo, envolta do mesmo casaco preto em que eu estava.

O Elevador parou, corremos pelo corredor. As duas senhoras que passaram por nós, pareciam está totalmente assustadas com a cena.

O guarda olhou algo no cartão, e abriu a porta do quarto que estava à esquerda. Trancou todas as portas a seguir com o molho de chaves que estava em sua mão. E desceu. Provavelmente ficaríamos sós no andar em que estávamos.

-Entre! Um dos outros dois homens reais ordenou. Passei na frente, Nicole entrou carregada por Hugo, o nome estava destacado na plaquinha dourada, com o pequeno brasão Norte Americano.

-Você ficará aqui? -Perguntei, enquanto ele deitava Nick na cama.

-Sim!

-Posso ligar a tv?

-Não!

-Preciso de notícias. Onde está meu aparelho celular?

-Está seguro. -Foi a única resposta.

-Entregue-me! -Ordenei.

-Tenho ordem para mente-las longe de qualquer preocupação, senhorita.

-Eu, Estou, acima, de, você! -Falei olhando em seus olhos. -Passe-me o celular! Agora! -Ordenei.

-A senhorita está sob ordens, no mesmo nível em que estou. -Explicou. -Todos devemos seguir as instruções deixada. Colabore! -Pegou no rosto de Nicole, como quem previa temperatura e partiu, fechando a porta.

-Nick? -Chamei.

-Arthur... Arthur está... -Incapaz de completar, ela nitidamente delirava.

-Nicole? Acorde!

-Deixe-a, senhorita Natasha! -Hugo entrou novamente, trazendo três pessoas. -Ela não poderá sair daqui.

-Está bem! Me parece que não ha gravidade, de qualquer forma... não será necessário internação. -Olhou-me. -Essas são as infermeiras Gláucia e Estefânia, elas ficarão aqui até que vocês retornem à província estado. -Avisou.

Os devidos cuidados foram tomados com Nicole, ela já estava viva, e sentada à meu lado. As enfermeiras estavam na sacada, os guardas na porta, na sacada, fora do hotel. Amsterdã estava pequena para tantas pessoas. Fomos servidos no quarto, pontualmente às 23h. Nick ruía as unhas, e eu a olhava, procurava sinal de que realmente estivesse bem. Todos esperavamos. O telefone local do quarto tocou. Hugo tomou a frente e conferiu o número.

-Senhorita Nicole? -Fez sinal para o aparelho.

-Onde está o papel? -Ela sussurrou.

-Aqui! -Desenrrolei rápido e entreguei.

Ví ela caminhar até o telefone, olhando o papel. Nada se ouvia, Nick estava calada, apenas ouvia, quem quer que estivesse do outro lado.

-Você pode me dizer sobre o senhor Adams? -Foi a primeira frase dita. -Fred Adams! -Ela entregou o nome e sobre nome de alguém. -Eu confio. Não irei. -Entregou o telefone para Hugo, e andou direto para a sacada. Corri até lá. Encostei-me no parapeito de ferro, Nick estava de cabeça baixa, os cabelos lisos me impediam de ver seu rosto. Todos estávamos calados. As enfermeiras nos olhavam, e os guardas não demonstravam emoções alguma. Percebi que eramos duas, somente eu e Nicole.

-O que houve? Você precisa falar. -Sacudí seu braço, lentamente ela olhou-me, seu rosto estava molhado em lagrimas.

Meu coração ficou do tamanho de um grão de arroz, e as lagrimas desceram sem nem mesmo eu saber o que realmente teria acontecido.

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