-San? -Aliça apertou meu rosto entre suas mãos.
-Pare! -Ela gritou.
-Aliça? Meu irmão!
-San? Ele está bem. Vou procurar por alguma notícia, mas você precisa se acalmar.
-O que houve? Ouvimos os gritos lá da cozinha.
-Sandy teve um mau pressentimento, mãe.
-Venha Filha. -Josh me abraçou e empurrou-me para dentro de casa.
-O que há? -Sentei no sofá ao lado dele. Aliça olhou mais uma vez para mim e então foi saldar Yan e Karoline Simas.
-Preciso saber de Arthur, Josh. -Botei firmeza na voz embargada. Se você é da realeza, você não tem direito de esbanjar emoções.
-Yan acaba de chegar. Vou conversar com ele. Moça?
-Diga, Josh.
-Confie em Arthur. Ele não vai abandonar você.
-Não sou uma criança! Eu sei que Arthur não tem poder sobre nada que possa vir acontecer com ele.
-Não. Você não é mais uma criança. –Ele levantou. -Yan! Senhorita Karoline!
-Princesa. -Karoline fez reverência.
-Olá Karoline.
-Posso falar com você, Yan?
-Claro. -Yan olhou-me e seguiu Josh em direção à cozinha.
Vi quando mais uns sete funcionários do Palácio chegaram até à porta. O lugar parecia pequeno, mas sentia-me protegida a cada par de olhos que chegavam até à casa.
Não havia outro jeito. Eu teria que engolir o pressentimento e aceitar que Arthur estivesse bem. Eu só esperava que ele realmente estivesse. Levantei do sofá e fiquei de pé.
Abracei todos os meus funcionários igualmente. O Barulho Não me fazia sair do transe. Às 21h, todos já estavam no jardim dos fundos da casa de Aliça.
Abraços, risos. O alvoroço entre as batidas das músicas. Karoline abraçava Yan perto da mesa de som. Os pais de Aliça brindavam na porta e sorriam. Aliça me abraçava. Talvez ela estivesse tentando me reconfortar. Mas eu já havia aceitado que fora só um pressentimento.
-Aliça? -Gritei. Apesar de ela estar atrás de mim, o barulho era alto.
-Diga, San!
-Vou pegar o caderno Dourado. Quero registrar tudo para lembrar com detalhes daqui ha anos. -Forcei um sorriso.
-Não demore!
-Certo! -Tentei chegar até à porta, as pessoas me abraçavam, uma aglomeração branca. Devido as roupas. Colares coloridos e as luzes das lâmpadas em contraste com o céu. A porta parecia inalcançável.
Toquei na maçaneta e me puxei através de alguns funcionários. Enfim na cozinha. Corri até o quarto de Aliça. O dourado ainda estava de baixo do colchão. Demorei um pouco até alcançar a caneta. Assim que peguei saí do quarto e em seguida da casa.
Um helicóptero sobrevoava o terreno de Aliça. O alívio tomou conta de meu rosto. "Apesar da festa, ver esse helicóptero foi a melhor parte da noite".
Escrevi na primeira linha e fui em busca de Aliça. Percebi que Yan e o resto dos agentes se espalharam. Não havia símbolo Real algum sobre o helicóptero. Ouvi tiros vindos da entrada da casa e em segundos os espasmos de gritos e alvoroço. Aliça gritava por mim, mas eu não ouvia som algum de sua boca.
A música era alta.
Yan falava no fone ao lado da orelha. Uma troca de tiros se iniciou assim que pessoas desconhecidas cruzaram à cozinha. Corri para a oficina de brinquedos. Tiros desciam do helicóptero e em segundos mais quatro helicópteros apareceram.
"Arthur? Não consigo chegar até Aliça eu nem mesmo a vejo de onde estou Yan e os agentes que estão por aqui atiram contra pessoas que eu desconheço. Ha sangue por todo lado. Eu estou com muito medo. Eu não vejo mais Aliça. Eu nao feji."
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Império
RandomPara provar que sua classe social não conta o que o futuro lhe reserva. Em um século XX onde o mundo é dividido em quatro. O livro começa com a morte do rei, deixando o país e todo povo em estado de choque, mas nada comparado com o estado de Arthur...