-Responda-me, Natasha!-Estou farta! Você precisa desapegar do passado, olhe para mim, Arthur! -Bati a porta. -Eu sou real! Eu! -Esqueça a maldita alma dessa plebeia, Aliça foi reduzida a nada!!! Você escutou? Escutou bem?
-Cale-se, Natasha! Chega! -Ele empurrou-me sobre a cama.
-Não! Já aguentei muito! -Gritei.
-Olha aqui! Mas preste atenção! Essa vai ser a última vez que você não leva consequências cabíveis! Nunca mais! Nunca! Se meta nas minhas decisões! -Empurrou meu braço e saiu. Extremessi com o barulho da porta batendo.
-Ahhhr! Que droga! -Gritei para todo o palácio ouvir. Queria gritar para o mundo ouvir, e mandar a memória de Aliça para o inferno.
Que insulto! -A raiva que sentia era inalterável, se ela estivesse viva, eu mesma mataria ela nesse exato momento.
-Arthur? -Corri pelos corredores chorando. -Arthur? -Abri a porta de seu quarto e ele não estava. Desci as escadas, gritei seu nome na frente de todos. Ele falava com Mit, perto do gabinete. -Arthur? -Por favor! Por favor! -Me joguei em seus pés. -Perdoe-me! Por favor! -Eu só conseguia chorar, meus cabelos estavam molhados, grudados por toda parte.
-Natasha.. Suba! Por favor! -Ele tirou minhas mãos de seus pés, calmamente.
-Não! Preciso que me perdoe! -Chorei.
-Levem ela para o quarto! -Ele ordenou. Os dois guardas próximos me tiraram do chão, e me dirigiram para escada.
Já não sabia o que fazer, para que tudo ficasse bem.
Arthur não se importava com meus sentimentos, me sentia totalmente só.
Sentei na porta do meu quarto e abracei minhas pernas.
-Maldita vida!
Fechei os olhos. Maldita vida!
∞∞∞∞∞∞
Acordei no quarto, com Arthur ao lado, juntamente com um dos advogados da família.
-Se recomponha, Natasha!
-Art... Tudo bem! -Disse levantando sem entender. Arrumei o cabelo e sentei novamente na cama.
-Iremos casar em uma semana.
-Você realmente adiantará?
-Sim!
-Mas... -Me perdi. -Agora pouco você...
-Não terei obrigação sexual com você, preciso que assine um documento a favor dessa decisão.
-O que?
-Natasha, não sinto mais vontade de estar na sua companhia, tudo que você fez foi trair a confiança que depositara em você.
-Mas pedi desculpa. -Justifiquei. Ele pegou o frasco de perfume que estava no fim, sobre o criado mudo. E deixou cair. -O que há? -Assustei-me. O barulho dos cacos quicando no chão era horrível.
-Peça desculpas para ele. -Pediu olhando para mim e em seguida para os cacos de vidro.
-Você esta louco? -Arfei. O advogado olhava a cena, próximo à janela.
-Faça o que ordenei.
-Desculpas! -Falei para os vidros.
-Ele voltou ao normal? As desculpas adiantaram?
-Não! Olhei para o lado, um tanto constrangida.
-Assim foi a confiança que depositei em você. Não ha palavras que a reconstrua novamente.
-Arthur?
-O documento está ai, os deixarei à sós, faça sua decisão. -Olhou-me.
Pensei...
-A senhorita não precisa se assustar, você pode o desdobrar com um tempo. -Deu de ombros.
-Você acha? -Questionei.
-Mas é claro.
-Onde assino?
-Aqui. -Ele andou até onde eu estava, e deu-me o documento, poucas cláusulas havia nele, dei de ombros.
-Uma semana! -Limpei o excesso de lagrimas no rosto. Deixei escapar um leve sorriso. -Uma semana, Arthur!
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Império
RandomPara provar que sua classe social não conta o que o futuro lhe reserva. Em um século XX onde o mundo é dividido em quatro. O livro começa com a morte do rei, deixando o país e todo povo em estado de choque, mas nada comparado com o estado de Arthur...