Capítulo 66

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-Responda-me, Natasha!

-Estou farta! Você precisa desapegar do passado, olhe para mim, Arthur! -Bati a porta. -Eu sou real!  Eu! -Esqueça a maldita alma dessa plebeia, Aliça foi reduzida a nada!!! Você escutou? Escutou bem?

-Cale-se, Natasha! Chega! -Ele empurrou-me sobre a cama.

-Não! Já aguentei muito! -Gritei.

-Olha aqui! Mas preste atenção! Essa vai ser a última vez que você não leva consequências cabíveis! Nunca mais! Nunca! Se meta nas minhas decisões! -Empurrou meu braço e saiu. Extremessi com o barulho da porta batendo.

-Ahhhr! Que droga! -Gritei para todo o palácio ouvir. Queria gritar para o mundo ouvir, e mandar a memória de Aliça para o inferno.

Que insulto! -A raiva que sentia era inalterável, se ela estivesse viva, eu mesma mataria ela nesse exato momento.

-Arthur? -Corri pelos corredores chorando. -Arthur? -Abri a porta de seu quarto e ele não estava. Desci as escadas, gritei seu nome na frente de todos. Ele falava com Mit, perto do gabinete. -Arthur? -Por favor! Por favor! -Me joguei em seus pés. -Perdoe-me! Por favor! -Eu só conseguia chorar, meus cabelos estavam molhados, grudados por toda parte.

-Natasha.. Suba! Por favor! -Ele tirou minhas mãos de seus pés, calmamente.

-Não! Preciso que me perdoe! -Chorei.

-Levem ela para o quarto! -Ele ordenou. Os dois guardas próximos me tiraram do chão, e me dirigiram para escada.

Já não sabia o que fazer, para que tudo ficasse bem.

Arthur não se importava com meus sentimentos, me sentia totalmente só.

Sentei na porta do meu quarto e abracei minhas pernas.

-Maldita vida!

Fechei os olhos. Maldita vida!

∞∞∞∞∞∞

Acordei no quarto, com Arthur ao lado, juntamente com um dos advogados da família.

-Se recomponha, Natasha!

-Art... Tudo bem! -Disse levantando sem entender. Arrumei o cabelo e sentei novamente na cama.

-Iremos casar em uma semana.

-Você realmente adiantará?

-Sim!

-Mas... -Me perdi. -Agora pouco você...

-Não terei obrigação sexual com você, preciso que assine um documento a favor dessa decisão.

-O que?

-Natasha, não sinto mais vontade de estar na sua companhia, tudo que você fez foi trair a confiança que depositara em você.

-Mas pedi desculpa. -Justifiquei. Ele pegou o frasco de perfume que estava no fim, sobre o criado mudo. E deixou cair. -O que há? -Assustei-me. O barulho dos cacos quicando no chão era horrível.

-Peça desculpas para ele. -Pediu olhando para mim e em seguida para os cacos de vidro.

-Você esta louco? -Arfei. O advogado olhava a cena, próximo à janela.

-Faça o que ordenei.

-Desculpas! -Falei para os vidros.

-Ele voltou ao normal? As desculpas adiantaram?

-Não! Olhei para o lado, um tanto constrangida.

-Assim foi a confiança que depositei em você. Não ha palavras que a reconstrua novamente.

-Arthur?

-O documento está ai, os deixarei à sós, faça sua decisão. -Olhou-me.

Pensei...

-A senhorita não precisa se assustar, você pode o desdobrar com um tempo. -Deu de ombros.

-Você acha? -Questionei.

-Mas é claro.

-Onde assino?

-Aqui. -Ele andou até onde eu estava, e deu-me o documento, poucas cláusulas havia nele, dei de ombros.

-Uma semana! -Limpei o excesso de lagrimas no rosto. Deixei escapar um leve sorriso. -Uma semana, Arthur!

∞∞∞∞∞∞

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